segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Tema 303: Desafios para incentivar a prática da leitura desde a infância.

 

A leitura é um hábito que se cria, e como todo hábito deve ser cultivado no dia a dia das crianças para se tornar uma rotina comum e familiar. Os pequenos geralmente aprendem a ler por volta dos cinco anos, mas precisam ser inseridos no mundo da leitura antes dessa idade. Para isso, devemos aproveitar o comportamento infantil natural de observação e imitação das atitudes dos pais, além de relacionar a atividade a outras atrativas e divertidas.  O primeiro passo é tornar os livros mais atraentes, e aí entra o papel fundamental dos pais ou responsáveis. “Para as crianças se apaixonarem pelos livros, não é preciso saber ler. Isso pode acontecer sem que elas sejam alfabetizadas. Elas precisam ser estimuladas a ter contato com a leitura antes mesmo de completarem um ano. É necessário que o educador passe um tempo lendo para a criança. A leitura infantil pode ser feita de inúmeras maneiras, mas o ideal é que seja de modo lúdico. Vale apostar em encenações teatrais, fantasias, fantoches e contar com a ajuda de algum instrumento musical que o leitor saiba tocar, sempre estimulando e incentivando a participação do pequeno na brincadeira”, sugere Ramicelli (Paulo Ramicelli, assessor da diretoria do Instituto EDP, entidade responsável pelo projeto “Ler é uma Viagem”).

Leitura infantil no Brasil

 

A educação e sua qualidade estão ligadas diretamente à leitura. O aperfeiçoamento do vocabulário e da escrita contribui para a criatividade do leitor, portanto, cabe aos pais e professores orientar e buscar maneiras de desenvolver tais habilidades.

Contudo, a realidade da leitura infantil no Brasil é preocupante. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro em 2012, que entrevistou 93% da população brasileira com cinco anos ou mais, cerca de 85% das pessoas afirmaram que nas horas vagas gostam de assistir à televisão. Apenas 28% citaram a preferência por ler um livro. Em média, o brasileiro lê pouquíssimo: apenas quatro livros por ano, e dois desses ainda por partes. A importância do estímulo externo fica nítido pelos dados da pesquisa. Cerca de 87% dos entrevistados não leitores (que não leram nenhum livro nos últimos três meses anteriores ao levantamento) nunca foram presenteados com livros. Aproximadamente 63% nunca viram a mãe lendo, número que sobe para 68% quando se trata do exemplo paterno. Fonte: https://drauziovarella.uol.com.br/pediatria/como-incentivar-a-leitura-nas-criancas/

 


A partir dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: "Desafios para incentivar a prática da leitura desde a infância.” Apresente  proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


domingo, 2 de outubro de 2022

Tema 302: Caminhos para aceitar e enfrentar o luto.

 Texto I

Após a Segunda Guerra Mundial, multiplicaram-se as pesquisas sobre o estresse pós-traumático e o luto. É possível que a pandemia do novo coronavírus produza uma nova leva de estudos sobre esses temas, além de provocar uma grande mudança social, na medida em que o rompimento de vínculos humanos ganhou atenção.

Mas, afinal, o que é o luto?

Para o grande teórico da psicologia John Bowlby, o luto é um processo natural que ocorre em reação a um rompimento de vínculo. Dessa forma, o processo de luto abarca situações relacionadas ao contexto de perda em geral, seja o falecimento de um ente querido, a mudança de um papel social ou a perda de uma possibilidade de futuro. É a sensação de que “algo nos foi tirado”, algo que era tão nosso e que não deveria, absolutamente, ter sido tomado de nós. (...).  Um levantamento recente sobre o tema, diante de outros surtos de doenças infecciosas, como a cólera e o ebola, aponta que o isolamento dos doentes e a impossibilidade de realizar os rituais pós-morte, específicos a cada cultura, causam impacto negativo no processo de luto de uma comunidade. Ainda não temos estudos robustos sobre o real efeito do novo coronavírus nesse quesito e no chamado luto complicado — quando esse processo se torna um problema de saúde. Mas algumas pesquisas sugerem um aumento na intensidade e no prolongamento dos sintomas vivenciados pelo luto. Como familiares, a sensação de impotência é devastadora. Aos profissionais de saúde, cabe o desafio de viabilizar a manutenção da saúde mental e a dignidade dos pacientes e familiares ao criar estratégias para o contato remoto por meio de chamadas de vídeo ou áudio, cartas… A inovação e a humanização também são ferramentas do cuidar. (...) Os rituais fúnebres desempenham um papel importantíssimo nesse contexto, com todas as suas variabilidades sociais, históricas e culturais. E não devemos nos esquecer que o processo do morrer interfere no enfrentamento do luto. Uma morte em meio à restrição de recursos terapêuticos, com sofrimento — o que pode acontecer em regiões onde há perda do controle do coronavírus — é mais difícil de processar.

PAVANI, Natalia. Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/luto-em-tempos-de-pandemia-o-que-muda-ao-dizer-adeus/

 

 

Texto II

Com tantas perdas Brasil afora, nós estaríamos experimentando um luto coletivo? Possivelmente, sim. Estamos  coletivamente em luto, mas é diferente. Luto coletivo não ocorre quando muitos de nós lamentamos nossas mortes ao mesmo tempo, e sim quando todos compartilham uma dor em comum.

Talvez seja isso que tenha ocorrido com a morte do Paulo Gustavo. Com sua simpatia, ele cativava o país inteiro. (...) Sua morte aglutina, de alguma maneira, todas as outras, nos levando a um luto coletivo: todos juntos lamentando a mesma perda. (...)

BARROS, Daniel Martins de. Disponível em: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/morte-de-paulo-gustavo-simboliza-o-sofrimento-de-um-pais-inteiro,613ab6cc35792ecd0edb0e0e5d23d330ba3gqvao.html. Acesso em 6.jul.2022.

 

 

Texto III



 

A partir dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos para aceitar e enfrentar o luto.” Apresente  proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 


Esta proposta foi retirada da plataforma redigir e adaptada pela profa. Marileia

terça-feira, 20 de setembro de 2022

Tema 301: a mineração urbana como alternativa para reduzir o lixo eletrônico

 

    Texto motivador 1

Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos (ou REEE) é o nome dado aos rejeitos resultantes de equipamentos que demandam energia para o seu funcionamento e que, quando descartados, contam com uma bateria ou um plug. Feitos com alta tecnologia, esses resíduos podem conter substâncias tóxicas e metais pesados, como o chumbo, mercúrio, cromo e cádmio por exemplo, capazes de contaminar o solo, a água e os alimentos – impactando tanto o ambiente quanto a saúde humana. 

            “A reciclagem de aparelhos eletrônicos têm mais potencial do que só reduzir os impactos do descarte de resíduos. É também uma alternativa à mineração convencional que pode gerar novos modelos de negócio gerando empregos, contribuindo para uma economia circular e para controlar a emissão de gases de efeito estufa”, disse Lúcia Helena Xavier, pesquisadora do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) em entrevista à National Geographic.  Dados apontam que apenas um quinto dos REEE gerados no mundo é coletado e reciclado.

Como acontece a reciclagem de eletrônicos

O processo de reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos tem como objetivo fazer com que os materiais usados voltem para a cadeia produtiva novamente. Porém, “Os resíduos eletroeletrônicos são muito complexos. Você vai ter – além dos metais – plástico e outros tipos de polímeros misturados naquele equipamento. É uma reciclagem difícil”, explica Ellen Cristine Giese, especialista em bioquímica aplicada e pesquisadora de Processos Metalúrgicos e Ambientais do Cetem. 

            Devido à essa complexidade, a especialista conta que os REEE são separados em oito categorias: eletrodomésticos (fogão, geladeira), eletroportáteis (ventilador, liquidificador), monitores, tecnologia da informação e telecomunicações (celulares, computadores), fios e cabos, pilhas e baterias, iluminação e painéis fotovoltaicos. O processo para reciclar um eletrônico começa quando é determinado o fim da vida útil deste aparelho.
            A reciclagem não passa por “processos simples. É necessária uma mão de obra qualificada e capacitada – não no sentido acadêmico, mas sim em saber como manusear esses resíduos com segurança, extraindo o máximo de material valioso”, diz Ellen Giese. “Por isso, e pelo alto valor agregado dos metais recuperados, a reciclagem de eletrônicos também é uma alternativa na geração de emprego e renda.”

Os números do lixo eletrônico  

O Monitor Global de Lixo Eletrônico 2020 da ONU registrou um recorde de 53,6 milhões de toneladas de resíduos eletrônicos gerados em todo o mundo em 2019. Trata-se de um aumento de 21% em apenas cinco anos. De acordo com o relatório, a Ásia gerou o maior volume de REEE naquele ano, cerca de 24,9 Mt, seguido pelas Américas (13,1 Mt) e Europa (12 Mt), enquanto a África e a Oceania geraram 2,9 Mt e 0,7 Mt, respectivamente.

            A América Latina e o Caribe, segundo relatório da ONU, o Monitor Regional de Lixo Eletrônico para América Latina 2021, mostrou que a geração de lixo eletrônico aumentou 49% em nove anos, de 0,9 Mt em 2010 para 1,3 Mt em 2019.  Dessas verdadeiras montanhas de lixo eletrônico, o relatório mostra que o mundo coletou e reciclou apenas 17,4% dessa quantidade em 2019. Na América Latina, só 2,7% do total de resíduos eletrônicos foram coletados e gerenciados de maneira ambientalmente correta.

O que é a mineração urbana?

            Ainda de acordo o relatório global da ONU sobre o tema, a quantidade de lixo eletrônico descartado incorretamente em 2019 significou US$57 bilhões em ouro, prata, cobre, platina e outros elementos de alto valor que foram, em sua maioria, despejados ou queimados em vez de serem coletados para tratamento e reutilização. Segundo Xavier, os materiais valiosos recuperados pela reciclagem incentivam a mineração urbana, como é chamada a obtenção de matérias-primas tendo como fonte os resíduos eletrônicos. “Nesses resíduos você tem ouro, prata, cobre, alumínio, que podem ser coletados e vendidos para reuso na fabricação de novos produtos. Então, você deixa de extrair da fonte primária, em jazidas do minério, para recuperar metais já trabalhados que seriam descartados.”

            A pesquisadora exemplificou o possível impacto da mineração urbana comparando com a mineração feita em uma jazida de cobre. Segundo ela, a cada uma tonelada de cobre são gerados 300 vezes mais rejeitos. “Com a reciclagem, deixamos de explorar a natureza e gerar essa quantidade absurda de rejeito. É possível ter um processo mais circular, mais eficiente e, da mesma forma, não descartar um resíduo perigoso no ambiente”, acrescentou a pesquisadora, que enfatiza a ligação da mineração urbana com os conceitos de economia circular. 

Lixo eletrônico: um setor econômico

Já para a química Ellen Cristine Giese, se olharmos para a gestão de resíduos eletrônicos como um setor econômico, podemos encontrar mais benefícios nos resultados da mineração urbana, principalmente considerando o cenário econômico e político internacional. “Vimos o fechamento de fronteiras na pandemia e por conta de conflitos internacionais. A mineração urbana configura reservas de metais para o país, sem que seja necessário a extração da fonte primária e de forma independente de outras nações.” 

            Para Carlos Alberto Mendes Moraes, engenheiro metalúrgico e professor do programa de pós-graduação em Engenharia Mecânica da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), no Rio Grande do Sul, o interesse econômico por trás da mineração urbana é um dos principais fatores que incentivam a atividade. 

Porque reciclar eletrônicos é bom para o meio ambiente

    Do ponto de vista ambiental, a alta geração de resíduos de equipamentos eletroeletrônicos atrelada às baixas taxas de reciclagem a nível mundial demandam maior necessidade de extração de matérias-primas primárias e consequentes maiores níveis de emissões de gases de efeito estufa (GEE). Além disso, o descarte inadequado desses resíduos também configura um enorme perigo de contaminação do solo, água e alimentos devido aos componentes químicos e metais pesados presentes nos equipamentos. A mineração urbana, surge como uma alternativa para mitigar tais problemas, pois apresenta significativamente menos danos ao meio ambiente do que a mineração tradicional. Em 2019, o descarte de refrigeradores resultou na emissão de 98 milhões de toneladas (Mt) de CO2, representando 0,3% do total das emissões globais do setor energético, segundo dados do Monitor Global de Lixo Eletrônico 2020 da ONU. 

Fonte: nationalgeografic.com

Texto motivador 2

Lixo Eletrônico

A partir dos textos motivadores e de tuas leituras de mundo, escreve um texto dissertativo, entre 08 e 30 linhas, sobre o tema:  a mineração urbana como alternativa para reduzir o lixo eletrônico.  Lembre-se de apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.   Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 

sábado, 3 de setembro de 2022

Tema 299: matrizes enérgicas do Brasil: desafios para utilizá-las com responsabilidade.

Prezado(a) aluno(a), para escrever a tua redação, tu deverás ler os textos motivadores para iniciar a reflexão acerca do tema: matrizes enérgicas do Brasil: desafios  para  utilizá-las com responsabilidade. 

Texto 1

A matriz energética de um país é o conjunto de fontes disponíveis no país usadas para captar, distribuir e utilizar energia para os setores comercial, industrial e residencial. A matriz energética mundial é formada em sua maioria por recursos não renováveis, como o petróleo e o carvão mineral. 

No Brasil, as fontes de energia mais usadas são as renováveis. Com grande destaque para a hidrelétrica, a grande base de nossa matriz energética. Segundo dados de 2019 do Balanço Energético Nacional Interativo, 64,9% da energia consumida no Brasil é de fonte hidráulica. 

O Brasil usa 83% de fontes renováveis para a produção de energia, enquanto a média mundial é de 25%. Além de mais sustentabilidade, isso também gera menos custos de operação para as usinas que escolhem a energia renovável .

Além da hidrelétrica, a matriz energética do Brasil também é dividida em: gás natural (9,3%), eólica (8,6%), biomassa (8,4%), carvão e derivados (3,3%), nuclear (2,5%), derivados do petróleo (2,0%), solar (1,0%). 

O país tem grande potencial de produção de energia renovável por conta do clima, agricultura e distribuição hídrica. Nos últimos anos, a energia eólica e solar cresceram, especialmente no nordeste. Deixando a matriz energética brasileira cada vez mais limpa. Fonte: vetorlog.com.br

Texto 2

Matriz energética brasileira 1

Texto 3

Matriz energética brasileira 2

A partir dos textos de apoio e de tuas leituras de mundo, escreve um texto dissertativo, entre 08 e 30 linhas, sore o tema:   matrizes enérgicas do Brasil: desafios  para  utilizá-las com responsabilidade. No modelo Enem, lembre-se de apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.   Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 

Tema 298: o que representa o bicentenário da independência para o Brasil?

 

         Par escrever sua redação, leia os textos abaixo:

  Texto 1

            Engana-se quem pensa que a Independência do Brasil foi concebida sem luta, sem o “Braço Forte” do Exército. Apesar de o 7 de Setembro de 1822 ser considerado um momento simbólico, diferentes batalhas ocorreram em solo pátrio, até o ano de 1823. A coesão, a liderança, os valores e a ética dos militares do Exército Brasileiro (EB) colaboraram para as vitórias nas batalhas pela Independência e continuam contribuindo para que o EB se mantenha em condições de enfrentar os desafios da atualidade.

            A importante participação da Força no processo de emancipação do Brasil é mais um exemplo da sua intrínseca relação com a história do País. Em todos os grandes momentos históricos do Brasil, a Instituição mostrou-se integrada aos interesses da Nação e atuante em prol dos brasileiros.

            O Brasil deve comemorar o Bicentenário da Independência honrando seus vultos históricos e heróis anônimos, orgulhando-se de seu Exército e continuando a reconhecer o valor dos nossos soldados.

Ao longo desses 200 anos de Independência, o profissionalismo, a eficiência operacional e o permanente estado de prontidão da Força Terrestre vêm contribuindo para a soberania nacional e a dissuasão extrarregional. Fonte: http://www.eb.mil.br/bicentenario-independencia


Teto 2

O que significa o Bicentenário do Brasil neste Sete de Setembro?


A partir dos textos de apoio e de tuas leituras de mundo, escreve um texto dissertativo, entre 08 e 30 linhas, sobre o tema: o que representa o bicentenário da independência para o Brasil?.  Lembre-se de apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.   Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 

quarta-feira, 24 de agosto de 2022

Tema 297: dez anos da Lei de Cotas no Brasil

 

Leia os textos motivadores que seguem e desenvolva o seu texto

Texto 1

Lei das Cotas - Programa Fantástico


Texto 2

Dez anos da Lei das Cotas: o que mudou?


Texto 3

Cotas Raciais


A partir dos textos de apoio e de tuas leituras de mundo, escreve um texto dissertativo, entre 08 e 30 linhas, sobre o tema: dez anos da Lei de Cotas no Brasil.  Lembre-se de apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.   Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 

domingo, 14 de agosto de 2022

Tema 296: Desafios para a inclusão social da população refugiada no Brasil

 



Ministério da Justiça apresenta sétima edição do relatório “Refúgio em Números” e painel interativo de decisões sobre pedidos de reconhecimento da condição de refugiado desde 1985

Brasília, 21 de junho de 2022 – Desde 1985, o Brasil reconheceu cerca de 60 mil pessoas como refugiadas, a maioria delas (48.789) proveniente da Venezuela – seguido por pessoas da Síria (3.667), República Democrática do Congo (1.448) e Angola (1.363). Nessa população, cerca de 90% são pessoas entre 18 e 45 anos de idade. E, apenas em 2021, foram confirmados 3.086 pedidos de reconhecimento da condição de refugiados, sendo que pessoas da Venezuela e de Cuba foram as que mais obtiveram essa confirmação. Do total de casos confirmados em 2021, 50,4% deles foram feitos por crianças e adolescentes na faixa etária de 5 a 14 anos.

            Estes e outros dados sobre o sistema de proteção internacional de refugiados no Brasil foram atualizados pelo Ministério da Justiça ontem, 20 de junho, data em que é observado o Dia Mundial do Refugiado. A atualização se deu por meio da sétima edição do relatório “Refúgio em Números”, editado pelo Observatório das Migrações Internacionais (OBMigra), e da versão atualizada do Painel Interativo de Decisões sobre Refúgio no Brasil, produzido pelo ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) em parceria com o Conare (Comitê Nacional para Refugiados).

            O “Refúgio em Números” e o novo painel foram lançados durante o evento virtual “Migração e Refúgio no Brasil”, realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Segundo o coordenador-geral do Conare, Bernardo Laferté, o relatório é “um esforço antigo que, ano a ano, tem se consolidado como uma política de transparência ativa de números. Ele apresenta um retrato do refúgio no Brasil e os dados que são vitais para elaboração de políticas públicas efetivas”.

            O evento virtual também celebrou os 25 anos da Lei Brasileira de Refúgio (Lei 9.474, de 22 de julho de 1997), que criou o Conare e tem assegurado o funcionamento regular do sistema asilo no país, com a participação da sociedade civil e do ACNUR no comitê. A lei brasileira garante direitos básicos para as pessoas refugiadas e tem sido considerada um modelo, pois assegura o acesso das pessoas refugiadas a direitos e serviços nas mesmas condições dos nacionais, garantindo assim sua proteção.

            De acordo com o relatório “Refúgio em Números”, somente no ano passado, 29.107 pessoas solicitaram o reconhecimento da condição de refugiado no Brasil, provenientes de 117 países, sendo a maior parte venezuelanos (78,5%), angolanos (6,7%) e haitianos (2,7%). Além disso, o Conare proferiu 70.933 decisões em 2021, número considerado como o maior volume da década.

            Plataforma Interativa

            Plataforma Interativa de Decisões sobre Refúgio no Brasil compila dados referentes a decisões com e sem análise de mérito feitas pelo Estado brasileiro de 1985 (antes mesmo da criação do Conare) a 2021. Pelo painel, é possível constatar que, ao final de 2021, existiam 60.011 pessoas reconhecidas como refugiadas no país.

            25 anos da Lei de Refúgio

Lei 9.474/97. Os 25 anos da lei encontra o Brasil na ponta como pioneiro na proteção dos refugiados a nível global. A lei é uma importante peça legislativa e um marco histórico na defesa e proteção dos direitos humanos da população refugiada no país. uma lei específica sobre refugiados a qual mostra a manifestação social do Brasil de acolher quem foge de situações de conflito, violência e perseguição.

Fonte: https://www.acnur.org/portugues/2022/06/21/no-dia-mundial-do-refugiado-brasil-atualiza-dados-sobre-populacao-refugiada-no-pais/

 

            Mais de 30% dos refugiados no Brasil têm ensino superior, aponta pesquisa da ONU

 

            Refugiados que vivem no Brasil têm escolaridade acima da média brasileira, mas são mais afetados pelo desemprego e poucos conseguem revalidar o diploma no país, de acordo com um levantamento inédito feito pela Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

            O relatório, divulgado nesta quinta-feira (30), entrevistou 487 imigrantes que foram forçados a deixar seu país de origem e, agora, vivem em 14 cidades brasileiras (veja detalhes abaixo). Juntos, esses municípios concentram 94% dos refugiados sob proteção do governo federal. No Brasil, até o ano passado, o Ministério da Justiça reconheceu 10,5 mil pessoas nessa condição.

                Segundo o documento, 34% dos refugiados ouvidos na pesquisa concluíram o ensino superior, e 3% já cursaram alguma pós-graduação – especialização, mestrado ou doutorado. Entre a população brasileira acima de 25 anos, apenas 15% concluíram o mesmo nível de ensino. Os refugiados demonstram elevado capital linguístico e capital escolar acima da média brasileira, ou muito acima se considerarmos apenas a população brasileira negra e parda", aponta o documento.

            Apesar do número de diplomados vindos para o Brasil, os refugiados se deparam, contudo, com dificuldades na revalidação dos diplomas. Entre os entrevistados – pessoas acima de 18 anos –, apenas 14 conseguiram aproveitamento dos anos de estudos, contra 133 que não conseguiram.

            Além disso, 92% do total declarou falar português. Para os especialistas, a alta taxa de escolaridade é um "estímulo à continuação dos estudos no Brasil". Para esta pesquisa, no entanto, foram excluídos refugiados nascidos em Angola – por já falarem o português.

Mercado de trabalho

            Os dados mostram ainda que mais da metade (57%) dos entrevistados estavam trabalhando entre junho de 2018 e fevereiro de 2019. Neste grupo, 22% desempenham algum tipo de atividade empresarial, o que revela que entre esse público, "o empreendedorismo não é apenas um sonho, mas uma realidade", diz o documento.

            Dentre 462 refugiados que responderam a respeito, 315 (68%) não atuavam em suas áreas de formação. Para a ONU, o índice elevado pode ser resultado da "falta de informações ou pelo baixíssimo número daqueles que conseguiram revalidar seus diplomas" – apenas 14 casos.

            No outro extremo, 19%, ou 95 refugiados, estavam desempregados neste período. O índice é superior à média nacional – de 12%, em março. Além disso, ficou constatado que 25% dos imigrantes forçados recebidos pelo Brasil estão fora do mercado de trabalho, ou seja, desocupados e não procuraram emprego.

Para a ONU, o número é "bastante preocupante" por se tratar de uma população vulnerável. "Trata-se de população obrigada a deixar seu país de origem em condições de grande fragilidade e que não está conseguindo gerar renda no país de destino", destaca o documento.

                Por outro lado, 26 entrevistados (5%) declararam-se "ocupados com afazeres domésticos" e 3 refugiados (0,6%) são aposentados ou pensionistas. Por fim, 42 pessoas acima de 18 anos se identificaram como estudantes e, por isso, não estavam trabalhando nem procurando emprego.

Fonte: G1 - Por Marília Marques - 30/05/2019

A partir dos textos de apoio e de tuas leituras de mundo, escreve um texto dissertativo, entre 08 e 30 linhas, sobre o tema: Desafios  para a inclusão social da população refugiada no Brasil.  Lembre-se de apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.   Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 

 

Tema 295: DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL.

 

A mobilidade urbana é um conceito bastante discutido nas políticas públicas que envolvem o planejamento das cidades. Trata-se do modo como a população urbana se locomove pelos espaços geográficos urbanos, além de interferir diretamente no bem-estar social da população.

A mobilidade urbana pode ser entendida como uma maneira de como as pessoas transitam nos espaços urbanos, seja de maneira individual (a pé, bicicletas, motocicletas e/ou carros), seja de maneira coletiva (ônibus, metrô, trem, etc.).



CAUSAS DOS PROBLEMAS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

Por se tratar do direito de ir e vir  das pessoas, a mobilidade urbana está diretamente ligada ao processo de urbanização das cidades, no início  na década de 1930.

PROBLEMAS E CONSEQUÊNCIAS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

Com o desenvolvimento da indústria associada ao êxodo rural, as cidades brasileiras cresceram assustadoramente nas últimas décadas do século. Para comparar, a taxa de população vivendo nas zonas rurais, no início do século passado, era de 65%, já nas urbanas era de 35%. No fim do mesmo século, a população urbana era de 80% contra 20% da população rural.

 

Esses dados revelam uma grande mudança de espaço, ocorrida durante o século XX, principalmente após 1930-40, quando foi acentuado o êxodo rural. O planejamento urbano e a evolução dos meios de transportes coletivos nas grandes cidades brasileiras não acompanharam esse crescimento urbano rápido. Com isso, os transportes coletivos ficaram aquém do esperado, o que acarretou um  aumentando do número de veículos.

O número cada vez maior de veículos nas ruas se deve vários fatores, como:

- aumento da renda média dos últimos anos;

- péssima qualidade dos transportes coletivos;

- créditos facilitados ao consumidor;

- política histórica de priorizar rodovias;

- redução de impostos sobre produtos industrializados (carros e motocicletas); entre outros.

 

MOBILIDADE URBANA SUSTENTÁVEL NO BRASIL

A mobilidade urbana sustentável deve passar por um planejamento urbano. incentivos ao uso de  transportes coletivos, caronas,  rodízios de carros e pedágios urbanos que podem melhorar até as condições ambientais.

O uso de bicicletas e carros elétricos auxiliares também contribuem com  numa mobilidade sustentável, pois evitaria, nessas modalidades, emissão de poluentes nos espaços urbanos.

 

LEGISLAÇÃO DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

A legislação brasileira garante uma política pública teoricamente eficiente quando o assunto é mobilidade urbana. Dentre as leis que auxiliam na melhoria da mobilidade nas cidades, temos:

- Estatuto das Cidades;

- Lei 12.587/12 (que rege as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana);

- Lei 13.089/15 (conhecida como Estatuto da Metrópole);

- Lei 13.683/18, que alterou pequenas mudanças nas duas leis anteriores.

As leis dos municípios constam em um Plano de Mobilidade Urbana que atende a uma série de requisitos, como ciclovias e ciclofaixas, sustentabilidade no transporte público, proteção de áreas ambientais, entre outros.

 

DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

Os grandes desafios da mobilidade urbana brasileira passam pelo trânsito das grandes e médias cidades. 

Além do trânsito, as políticas de expansão devem ser estendidas à população e às áreas cada vez mais periféricas, que são desagregadas pelo poder público em relação à mobilidade. 

SOLUÇÕES PARA A MOBILIDADE URBANA NO BRASIL

Vários geógrafos e urbanistas dedicam-se ao estudo da mobilidade urbana e, consequentemente, à mobilidade nos espaços públicos. Dentre algumas soluções, podemos citar:

- ampliar áreas atendidas pelos transportes públicos coletivos (ônibus, metrô e trem);

- diversificar o uso dos meios de transporte (carros, bicicletas, ônibus, motocicletas);

- flexibilidade no horário das atividades urbanas: comércio em uma hora, atividades escolares em outra, para distribuir a mobilidade ao longo do dia;

 

- incentivo a caronas coletivas para pessoas que vão para a mesma direção;

 

- integração entre os transportes públicos (ônibus integrado com metrô, por exemplo).

Fonte: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/mobilidade-urbana-no-brasil.htm

 

A partir dos textos de apoio e de tuas leituras de mundo, escreve um texto dissertativo, entre 08 e 30 linhas, sobre o tema: DESAFIOS DA MOBILIDADE URBANA NO BRASIL. Lembre-se de apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos.   Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.