domingo, 2 de outubro de 2022

Tema 302: Caminhos para aceitar e enfrentar o luto.

 Texto I

Após a Segunda Guerra Mundial, multiplicaram-se as pesquisas sobre o estresse pós-traumático e o luto. É possível que a pandemia do novo coronavírus produza uma nova leva de estudos sobre esses temas, além de provocar uma grande mudança social, na medida em que o rompimento de vínculos humanos ganhou atenção.

Mas, afinal, o que é o luto?

Para o grande teórico da psicologia John Bowlby, o luto é um processo natural que ocorre em reação a um rompimento de vínculo. Dessa forma, o processo de luto abarca situações relacionadas ao contexto de perda em geral, seja o falecimento de um ente querido, a mudança de um papel social ou a perda de uma possibilidade de futuro. É a sensação de que “algo nos foi tirado”, algo que era tão nosso e que não deveria, absolutamente, ter sido tomado de nós. (...).  Um levantamento recente sobre o tema, diante de outros surtos de doenças infecciosas, como a cólera e o ebola, aponta que o isolamento dos doentes e a impossibilidade de realizar os rituais pós-morte, específicos a cada cultura, causam impacto negativo no processo de luto de uma comunidade. Ainda não temos estudos robustos sobre o real efeito do novo coronavírus nesse quesito e no chamado luto complicado — quando esse processo se torna um problema de saúde. Mas algumas pesquisas sugerem um aumento na intensidade e no prolongamento dos sintomas vivenciados pelo luto. Como familiares, a sensação de impotência é devastadora. Aos profissionais de saúde, cabe o desafio de viabilizar a manutenção da saúde mental e a dignidade dos pacientes e familiares ao criar estratégias para o contato remoto por meio de chamadas de vídeo ou áudio, cartas… A inovação e a humanização também são ferramentas do cuidar. (...) Os rituais fúnebres desempenham um papel importantíssimo nesse contexto, com todas as suas variabilidades sociais, históricas e culturais. E não devemos nos esquecer que o processo do morrer interfere no enfrentamento do luto. Uma morte em meio à restrição de recursos terapêuticos, com sofrimento — o que pode acontecer em regiões onde há perda do controle do coronavírus — é mais difícil de processar.

PAVANI, Natalia. Disponível em: https://saude.abril.com.br/coluna/com-a-palavra/luto-em-tempos-de-pandemia-o-que-muda-ao-dizer-adeus/

 

 

Texto II

Com tantas perdas Brasil afora, nós estaríamos experimentando um luto coletivo? Possivelmente, sim. Estamos  coletivamente em luto, mas é diferente. Luto coletivo não ocorre quando muitos de nós lamentamos nossas mortes ao mesmo tempo, e sim quando todos compartilham uma dor em comum.

Talvez seja isso que tenha ocorrido com a morte do Paulo Gustavo. Com sua simpatia, ele cativava o país inteiro. (...) Sua morte aglutina, de alguma maneira, todas as outras, nos levando a um luto coletivo: todos juntos lamentando a mesma perda. (...)

BARROS, Daniel Martins de. Disponível em: https://www.terra.com.br/diversao/cinema/morte-de-paulo-gustavo-simboliza-o-sofrimento-de-um-pais-inteiro,613ab6cc35792ecd0edb0e0e5d23d330ba3gqvao.html. Acesso em 6.jul.2022.

 

 

Texto III



 

A partir dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: “Caminhos para aceitar e enfrentar o luto.” Apresente  proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

 


Esta proposta foi retirada da plataforma redigir e adaptada pela profa. Marileia

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