segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Tema 260: A PRÁTICA DO CULTO AO CORPO E À APARÊNCIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

 

Texto 1

O culto à aparência, no mundo contemporâneo, constitui a busca por um físico perfeito, no contexto de aceitação social. Com as redes sociais, a questão foi potencializada.

Mas são muitas as consequências geradas e que podem ser carregadas na vida adulta.

As crianças e adolescentes, em especial, podem desenvolver diversos distúrbios. Entre eles, estão os alimentares, como é o caso da bulimia e anorexia, que podem afetar tanto o crescimento corporal, quanto mental.

A psicopedagoga especialista em educação inclusiva, Ana Regina Caminha Braga, explicou quais as implicações da busca pro padrões estéticos em crianças e adolescentes e quando se deve procurar ajuda. Fonte: https://cbncuritiba.com/culto-a-aparencia-pode-influenciar-criancas-e-adolescentes

Texto 2

Há nas sociedades contemporâneas uma intensificação do culto ao corpo, onde os indivíduos experimentam uma crescente preocupação com a imagem e a estética.

Entendida como consumo cultural, a prática do culto ao corpo coloca-se hoje como preocupação geral, que perpassa todas as classes sociais e faixas etárias, apoiada num discurso que ora lança mão da questão estética, ora da preocupação com a saúde.
Segundo Pierre Bourdieu, sociólogo francês, a linguagem corporal é marcadora pela distinção social, que coloca o consumo alimentar, cultural e forma de apresentação – como o vestuário, higiene, cuidados com a beleza etc. – como os mais importantes modos de se distinguir dos demais indivíduos.

Nas sociedades modernas há uma crescente preocupação com o corpo, com a dieta alimentar e o consumo excessivo de cosméticos, impulsionados basicamente pelo processo de massificação das mídias a partir dos anos 1980, onde o corpo ganha mais espaço, principalmente nos meios midiáticos. Não por acaso que foi nesse período que surgiram as duas maiores revistas brasileiras voltados para o tema: “Boa Forma” (1984) e “Corpo a Corpo” (1987).

Contudo, foi o cinema de Hollywood que ajudou a criar novos padrões de aparência e beleza, difundindo novos valores da cultura de consumo e projetando imagens de estilos de vida glamorosos para o mundo inteiro.

Da mesma forma, podemos pensar em relação à televisão, que veicula imagens de corpos perfeitos através dos mais variados formatos de programas, peças publicitárias, novelas, filmes etc. Isso nos leva a pensar que a imagem da “eterna” juventude, associada ao corpo perfeito e ideal, atravessa todas as faixas etárias e classes sociais, compondo de maneiras diferentes diversos estilos de vida. Nesse sentido, as fábricas de imagens como o cinema, televisão, publicidade, revistas etc., têm contribuído para isso.

https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-influencia-midia-sobre-os-padroes-beleza.htm


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:   A PRÁTICA DO CULTO AO CORPO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA.

Se escrever na modalidade ENEM, lembre-se de  apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PARA ESCREVER SEU TEXTO, PESQUISE, LEIA, ANOTE IDEIAS.

Tema 259: A LÍNGUA PORTUGUESA E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIOCULTURAL.

 Texto 1

kkkkk blz TBm naUm pOXXU fALaH nD eU sOw AxXxiM..................nAum GoxXxTow??!?! pROBLEmah seU,ti gaRaNtu Ki NAuM vOw mUDAH poR IXXu!!!!! =D


+ kra eu keru flar tiops c prof comofas/ min imsina tbm neh kra. formeim 1 corpo docemte d tiops e qems abe asim vo6 noa espaliem esa limgua digna pelo mudno heim/ qq 6 achao

M45 p4r4 qu3 v0c3 qu3r f4|4r |337? Qu4|qu3r n00b 54b3 f4|4r 4551m h0j3! P0rqu3 p3|0 m3n05 3 m3|h0r qu3 710p35 3 m16ux35!

Todas essas frases, por incrível que pareça, estão escritas em português. Ou em dialetos de português para internet, se você preferir. Mas será que essa bagunça com as regras da língua não vai destruir o bom português? Ou está na verdade enriquecendo a língua e desenvolvendo o raciocínio das pessoas, ou, ainda, isso tudo não passa só uma brincadeira que vai sair de moda daqui a pouco?

Em primeiro lugar, p0r qu3 r4105 45 p355045 35cr3v3m 4551m? (por que raios as pessoas escrevem assim?)

Tudo começou com o internetês arcaico, que era simplesmente uma maneira de abreviar as palavras e frases para tornar a comunicação mais rápida. Afinal, em um chat é importante escrever rápido, e em mensagens de celular é essencial espremer o máximo de ideias em uma mensagem só (senão você acaba pagando mais caro!).

Daí surgiram milhares de abreviações como vc, q, kd, blz, etc. Mas na verdade, isso não é nenhuma novidade. A professora Mariléia Silva dos Reis, PhD em linguística e professora da Unisul, explica que abreviar a escrita é coisa que se faz desde sempre. "Na Idade Média existiam os copistas, que eram especializados em fazer cópias de livros à mão. Nesses livros veem-se muitos apagamentos de vogais, com o único objetivo de tornar a cópia mais rápida e aumentar o número de cópias por dia."

(Alias, o próprio etc. é uma abreviação da expressão em latim et cætera, que significa "e outras coisas," sabia? Você pode contar isso para a professora de português quando ela reclamar que você escreveu um "pq", ou "vc". Mas lembre que abreviações devem ser usadas com bom senso).
Fonte: https://tecnologia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2009/04/09/as-mil-caras-da-lingua-portuguesa-na-internet.jhtm

Texto 2
Quem conhece a língua portuguesa se destaca no ambiente profissional. Para obter uma boa posição no mercado de trabalho, é imprescindível ter fluência na leitura, na escrita e na comunicação oral.
Fonte: https://www.kumon.com.br/blog/8-fatores-que-mostram-a-importancia-do-portugues-no-cotidiano

Texto 3
O Museu da Língua Portuguesa acaba de ser reinaugurado, depois de um incêndio que obrigou seu fechamento por quase seis anos. Qual é a importância da reabertura do museu para a cultura e para o mundo globalizado? É justamente sobre isso que fala o professor Pedro Dallari em sua coluna desta semana. “O idioma é um fator de identidade cultural muito importante em uma sociedade. O português é falado por mais de 250 milhões de habitantes no mundo – no Brasil, em Portugal, na África e na Ásia. Se formos somar a língua espanhola, que é do mesmo tronco, serão mais de 800 milhões de falantes, mais de 10% da população mundial. É um número muito expressivo”, afirma Dallari. “Além de fomentar a identidade cultural, o uso do idioma acaba tendo repercussão social, econômica e política. Um resultado disso é a organização internacional conhecida como Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Essa organização, mesmo com seus altos e baixos em suas várias décadas de existência, foi muito importante para fomentar, por exemplo, a cooperação entre o Brasil e países da África”, relata o colunista.
https://jornal.usp.br/radio-usp/lingua-portuguesa-e-sua-importancia-no-mundo-globalizado/


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:  A LÍNGUA PORTUGUESA E SUA REPRESENTAÇÃO SOCIOCULTURAL. 

Se escrever na modalidade ENEM, lembre-se de  apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

sábado, 28 de agosto de 2021

Tema 258: A SOCIEDADE DO CANSAÇO

Leia com atenção os textos abaixo:

Texto 1

 Uma pesquisa realizada pelo Ibope, em 2013, demonstrou que 98% dos brasileiros se sentem cansados mental e fisicamente. A pesquisa mostrou que os jovens de 20 a 29 anos representam a maior fatia dos exaustos. A tendência aparece em outros lugares. De acordo com o Conselho Nacional de Segurança dos Estados Unidos, 43% dos trabalhadores do país dormem menos do que o período recomendado pela Fundação Nacional do Sono, ONG americana que promove a conscientização pública da importância do sono e dos distúrbios decorrentes da falta dele.

O filósofo sul-coreano Byung-Chul Han se debruçou sobre o tema da exaustão e produziu o ensaio Sociedade do cansaço. Para Han, os malefícios da alma surgem de um excesso de positividade presente em todas as esferas da sociedade contemporânea. Nesses discursos, predominam as mensagens de ação produtiva e as ideias de que todas as metas são alcançáveis. O autor simboliza esse fenômeno a partir do slogan da campanha presidencial de Barack Obama em 2008: “Yes, we can” e do slogan da Nike, “Just do it”.

Adriana Marino, doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo, afirma que uma característica da sociedade do cansaço é a individualização dos problemas. Ela também acredita que a sociedade do cansaço em que vivemos se deve, em grande parte, à nossa imersão no mundo digital. (https://jornal.usp.br/atualidades/excesso-de-positividade-motiva-a-criacao-da-sociedade-do-cansaco/

Texto 2

https://www.vandal.com.br/camisetas/estampa-sentimentosdela-1

Texto 3

A sociedade do cansaço é cada vez mais realidade; como se blindar?

A vida moderna naturalizou a cobrança excessiva por produtividade e positividade; com tanta pressão por perfeição, saúde física e mental pedem a conta

"Já amanheci cansada.” O meme, que circula pela internet e é ilustrado por um desenho infantil, provavelmente, foi criado por uma criança, mas faz sucesso nas redes sociais ao resumir uma sensação que domina boa parte da sociedade adulta: o de que nem boas noites de sono são suficientes para restaurar o vigor e a disposição, por isso, não raramente amanhecemos cansados.

O que pouca gente sabe é que essa sensação permanente de exaustão tem explicação na filosofia: de acordo com o filósofo sul-coreano Byung-Chul Han, vivemos na sociedade do cansaço, que naturalizou a cobrança excessiva por produtividade, pela alta performance e pelos resultados, tudo isso sob o pano da positividade. Com tanta pressão, saúde física e mental pedem a conta.

Ter um olhar crítico sobre esforços e objetivos, reconhecer-se imperfeito e buscar por tempo de qualidade longe de telas e de trabalho são algumas das alternativas para se blindar dessa patologia da sociedade moderna.

A sociedade atual valoriza o desempenho, a alta performance, o resultado, a máxima produtividade. O problema é quando essas coisas não acontecem. As pessoas tendem a se sentir frustradas, deprimidas e fracassadas”, explica a psicóloga e psicoterapeuta Ana Gabriela Andriani, doutora em educação pela Universidade de Campinas (Unicamp).

O cansaço extremo, por sua vez, na visão do filósofo, favorece o surgimento de patologias que afetam a saúde física e mental, como a hiperatividade, o déficit de atenção, o transtorno de personalidade borderline, a ansiedade, a melancolia, a depressão e a síndrome de burnout.

Outra característica marcante da sociedade do cansaço levantada pelo filósofo sul-coreano é a individualização e o isolamento. “As pessoas vivem cercadas por outras, mas estão isoladas dentro de si”, explica a psicoterapeuta.

A cobrança em excesso, somada ao surgimento de patologias e à individualização resulta ainda em um outro problema: o uso excessivo de medicamentos. “Para poder desempenhar bem seus papéis, as pessoas vêm se utilizando de artifícios químicos e medicamentos para que oscilações emocionais não aconteçam. Elas não podem ficar tristes nem desmotivadas; precisam garantir a estabilidade de humor e a alta produtividade sempre”, explica Ana Gabriela Andriani.

Para o psicanalista clínico Diego Felipe Silva Cavalcante, da clínica Kaizen, excesso de estímulos e de informações, a globalização e o avanço tecnológico, a obsessão em querer atender às expectativas geradas pela sociedade e o esforço do indivíduo em ser produtivo, autêntico e inovador são alguns dos fatores que mais contribuem com a sociedade do cansaço.

A violência da positividade

“Não desista”, “Tudo dá certo no fim. Se não deu certo é porque ainda não chegou o final”, “Busque a felicidade a todo momento. Sempre”. Frases como essas são facilmente encontradas em perfis de redes sociais e têm como intenção servir de motivação para que as pessoas persistam na busca por seus objetivos.

O problema é quando elas mascaram a realidade, fazendo parecer que não existem objetivos impossíveis de serem alcançados, colaborando com as cobranças em excesso.

“O ritmo de vida cobrado por nossa sociedade faz com que tudo pareça ser possível de ser alcançado, o que gera em nós uma autocobrança muito grande e a expectativa de ser sempre possível alcançar os melhores resultados. Em outras palavras, é o excesso do trabalho munido do sentimento de liberdade, o que gera a chamada ‘violência da positividade’”, explica Diego Felipe Silva Cavalcante.

Neste sentido, é justo atribuir às redes sociais uma parcela da responsabilidade pelas patologias decorrentes da sociedade do cansaço. “A necessidade de se expor e se mostrar feliz o tempo todo, bem-sucedido e realizado em troca da aprovação social – que vem por meio de curtida e likes – é outro fator que contribui para nos levar à exaustão, ao esgotamento mental, uma vez que nunca ficamos plenamente satisfeitos com nossos resultados”, avalia.

Ana Gabriela Andriani concorda com o pensamento do colega e reforça: “As redes sociais reúnem momentos de felicidade, de conquista e de perfeição: são corpos esculturais, profissões de alto desempenho, relações perfeitas… Tudo isso contribui para que as pessoas se sintam exigidas a serem assim também, a buscarem a perfeição, a estarem em um alto nível de rendimento e produtividade e a serem sempre felizes, mobilizadas, motivadas e superinformadas”, acrescenta a doutora.

Como se blindar dos efeitos da sociedade do cansaço

Busque o sentido das coisas

Entender os motivos pelos quais você faz determinadas coisas ou toma algumas atitudes é o primeiro passo para não cair nas armadilhas da sociedade do cansaço.

“É preciso questionar o sentido das coisas que fazemos, de nossa atividade profissional, das atividades com as quais nos envolvemos, das nossas relações e do uso das redes sociais. Esse olhar crítico é fundamental para que possamos identificar o quanto nossas atitudes são pautadas em coisas que são, de fato, significativas pra gente ou o quanto estamos fazendo isso porque outras pessoas fazem ou porque estamos em um piloto automático”, orienta Ana Gabriela Andriani.

“A ideia é parar para refletir sobre como está conduzindo sua vida, e, mais que isso, permitir-se sentir o desconforto e o tédio. Aliás, não tente desesperadamente fugir do tédio”, orienta o psicanalista clínico Diego Felipe Silva Cavalcante.

Aprenda a lidar com suas imperfeições

Reconhecer-se como um ser humano, com falhas, é o segundo passo para quem deseja se blindar dos efeitos da sociedade do cansaço. “É preciso aprender a lidar com nossas faltas e imperfeições. É preciso entender que a gente não dá conta de estar em um alto nível de performance, rendimento e entrega no trabalho o tempo todo; que não existem relações perfeitas nem corpos perfeitos, e que não é possível estar sempre estável emocionalmente”, explica a psicóloga.

Além disso, Ana Gabriela Andriani destaca a instabilidade com que se desenrolam as situações existenciais. “A vida não acontece em uma curva de ascensão. Saber disso é importante para que a gente possa se conhecer mais e se aproximar de nós mesmos”, pontua.


Busque por momentos com qualidade de vida

Por fim, a terceira orientação dada pelos especialistas é buscar por momentos que proporcionem relaxamento e qualidade de vida, além de usar as redes sociais com moderação.

“Aprenda a contemplar a vida, a viver o momento. Preste atenção em cada detalhe do seu dia, leia mais livros, medite. Além disso, procure deixar o celular um pouco de lado e use as redes sociais e outras interações digitais com moderação. Quando você tirar férias, tire férias de fato e desligue-se de seus afazeres”, ensina o psicanalista da clínica Kaizen.

https://www.consumidormoderno.com.br/2021/06/03/sociedade-cansaco-blindar/

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A SOCIEDADE DO CANSAÇO.
Se escrever na modalidade ENEM, lembre-se de  apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Tema 257: A invisibilidade das pessoas em situação de rua

 

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Discutir os processos de inclusão e exclusão social torna-se bastante complexo tendo em vista uma gama de autores brasileiros que estudam o tema, elencando cada um, diferentes condicionantes sobre esses processos. Ao reconhecer a linha tênue que separa incluídos e excluídos, podemos considerar que: Não há como definir um limite preciso entre o “incluído” e o “excluído”. Não se trata de um conceito mensurável, mas de uma situação que envolve a informalidade, a irregularidade, a ilegalidade, a pobreza, a baixa escolaridade, o oficioso, a raça, o sexo, a origem, e principalmente, a falta de voz (MARICATO, 1994, p.51). Já para Leal (2011), é possível dividir exclusão social, para fins analíticos, em três conjuntos, agrupados de acordo com grandes traços que se repetem nas definições dos principais autores brasileiros sobre a temática. O primeiro diz respeito à relação da exclusão social com a fragilização e/ou ruptura dos laços sociais que integram o indivíduo à sociedade, dentre os estudiosos brasileiros que mais se destacam nesta visão está Escorel, o qual define a exclusão social como “[...] um processo que envolve trajetórias de vulnerabilidade, fragilidade ou precariedade e até a ruptura dos vínculos em cinco dimensões da existência humana em sociedade” (1999 apud LEAL, 2011, p.13). Estas cinco dimensões se dividem em: econômico-ocupacional, sociofamiliar, da cidadania, das representações sociais e da vida humana. A dimensão econômico-ocupacional, relacionada principalmente a esfera do trabalho, constitui o processo de fragilização dos laços sociais operando por meio de inserções em trabalhos precários ou mesmo nos casos de desemprego, fortalecendo a ideia de que cada vez mais as pessoas são economicamente desnecessárias. Na dimensão sociofamiliar, fragmentam-se e fragilizam-se as relações fundamentais entre os familiares, com a vizinhança e comunidade, contribuindo para o isolamento e à solidão do indivíduo. Na dimensão da cidadania e da política, o poder de ação e representação é retirado, privando o indivíduo deste direito. Já na esfera das representações e dos relacionamentos com o outro, o processo de exclusão se materializa por meio das discriminações e pelos estigmas, podendo para muitos chegar ao ponto da negação da humanidade do outro. E na dimensão da vida humana, os indivíduos, aqui chamados de “excluídos”, “[...] restringem-se à busca da sobrevivência e acabam sendo expulsos da categorização dentro da humanidade tal como idealizada pela filósofa Hanna Arendt (1999), no livro a condição humana” (LEAL, 2011, p.13).

A autora chama a atenção para o entrelaçamento entre as dimensões apresentadas, no qual umas agem sobre as outras, reforçando-se mutualmente. Esse processo de exclusão social se intensifica a partir das experiências de fragilização, precarização e diversas rupturas da vida social. Leva os indivíduos muitas vezes a condições de alguém “sem lugar no mundo”, desvinculado ou ainda com vínculos muito frágeis que não lhe permitem se ver ou mesmo, ser visto como uma unidade social de pertencimento (ESCOREL apud LEAL, 2011). O segundo conjunto, que discute a exclusão social como alijamento de direitos ou como a não cidadania a relaciona com a negação dos direitos humanos e sociais considerados básicos e universais na sociedade contemporânea. Esta negação ou mesmo o cerceamento de direitos, dificulta o exercício de liberdade, dos direitos políticos, da participação na comunidade, bem como seu reconhecimento como pessoa. Baseada em Souza (1994), Leal (2011) apresenta a ideia de exclusão social como “sequestro de cidadania” ao lembrar que algumas formas de privação de direitos são consideradas legais em determinados locais, nas quais a restrição do voto feminino em algumas sociedades serve como exemplo. Por fim, no terceiro conjunto a autora apresenta a exclusão social como conjunto de privações e vulnerabilidades relacionais, em processos de contradição. Nesta dimensão são incluídas a pauperização e desigualdade social, resultantes das transformações políticas, econômicas e sociais ocorridas nos últimos 30 anos, conformando-as entre as principais manifestações da questão social contemporânea. Assim, exclusão social está relacionada à temática da pobreza, da desestabilização dos trabalhadores antes estáveis, e da perda dos padrões de proteção social (PASTORINI apud LEAL, 2011). No conjunto de privações que contribuem para o processo de exclusão social, a pobreza aparece como fator preponderante, e no olhar de Demo (2003) não está relacionada somente com a pobreza econômica. O autor enfatiza a questão política da pobreza, afirmando: [...] o cerne mais duro da pobreza é político. Exclusão social mais dramática não é só não dispor de bens essenciais. É sobretudo, não conseguir alçar-se à condição de sujeito capaz de comandar seu destino. Nega-se não só acesso material, mas principalmente a autonomia emancipatória (DEMO, 2003, p.36).

Fonte/para ler mais: https://seminarioservicosocial2017.ufsc.br/files/2017/05/Eixo_3_188.pdf Autores: Deidvid de Abreu e Lizandra Vaz Salvadori


A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema A invisibilidade das pessoas em situação de rua

Se escrever na modalidade ENEM, lembre-se de  apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. 

 

segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Tema 256: OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO NO CONTEXTO BRASILEIRO

 Antes de desenvolver sua redação leia os textos de apoio,  faça reflexões acerca do tema "OS DESAFIOS DO MERCADO DE TRABALHO NO CONTEXTO BRASILEIRO"  e faça um bom planejamento. 

TEXTO 1

A taxa de desemprego no Brasil ficou em 14,6% no primeiro trimestre de 2021, até maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 30.

O número, em relação ao mesmo período do ano anterior, é 0,1% menor. Ainda de acordo com os dados do IBGE, o número de desempregados no Brasil está em 14,76 milhões de pessoas. De acordo com o IBGE, esta foi a segunda maior taxa de desemprego da série histórica, iniciada em 2012.

Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad). As projeções compiladas pela Bloomberg variavam entre  14,2% e 15,1%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.547,00 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa queda de 3 2% em relação a igual período do ano anterior. A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 215,5 bilhões no trimestre até maio, recuo de 2,5% ante igual período do ano anterior.

O País tinha 14,795 milhões de desempregados no trimestre encerrado em maio. A taxa de desemprego passou de 14,4% no trimestre encerrado em fevereiro para 14,6% no trimestre terminado em maio.

O total de desocupados cresceu 2,6% em relação a fevereiro, 372 mil pessoas a mais em busca de uma vaga. Em relação a maio de 2020, o número de desempregados aumentou 16,4%, 2,085 milhões de pessoas a mais procurando trabalho.

A população inativa somou 75,803 milhões de pessoas no trimestre encerrado em maio, 628 mil a menos que no trimestre móvel imediatamente anterior. Em relação ao mesmo período de 2020, a população inativa aumentou em 840 milhão de pessoas, alta de 1 1%. Fonte: Revista Exame

TEXTO 2


TEXTO 3

TEXTO 4



TEXTRO 5

TEXTO 6


TEXTO 7





A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Os desafios no mercado de trabalho no contexto brasileiro.
Se escrever na modalidade ENEM, lembre-se de  apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.