segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Tema 238: a publicação de imagens trágicas representa a banalização do sofrimento ou é uma forma de sensibilização?

 

Embora publicado em 1885, o conto machadiano A causa secreta (para ler: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000182.pdf>), por meio do personagem Fortunato, aborda um tema universal e atemporal: a falta de empatia, o comportamento sádico. A racionalidade que rege essa conduta pode ser enquadrada na atualidade, visto que é extremamente entristecedor e preocupante o quadro atual de menos valia que a humanidade está atribuindo ao sofrimento do outro no ato, apático e cético, de publicação e compartilhamento de imagens trágicas.

Com a consolidação da internet, não só como fonte de informação, mas também como ferramenta para a produção e a disseminação de conteúdo, mudou-se o modo de fazer jornalismo, o que provocou um questionamento sobre o comportamento da mídia. A prática sensacionalista desses meios transforma as notícias em objetos de espetacularização, supervalorizando aspectos emocionais em detrimento de uma informação e, consequentemente, comove a opinião pública principalmente quando imagens de pessoas mortas são veiculadas. Como exemplo de situação trágica exposta, tem-se a foto que registrou um grupo de banhistas se divertindo, na praia, ao lado dos corpos de duas vítimas do desabamento de parte da ciclovia Tim Maia.

Em contraposição a esse tipo de atitude, o site Vox Media, por exemplo, acredita que a publicação de uma imagem violenta contém aspecto viral e acarreta uma superexposição desnecessária em vez de promover compaixão e empatia. Nesse sentido, na busca por audiência fácil, o sensacionalismo atiça a curiosidade das pessoas, que, por sua vez, buscam mais informações. A relação entre o público e o grotesco deixa evidente a perda de sensibilização diante dessas imagens, o que configura a banalização da dor, do horror e da angústia, garantindo a indiferença das massas frente a esses aspectos e até mesmo o conformismo da sociedade brasileira diante das tragédias. (Larissa coelho/2016).

A partir do texto de apoio e de tuas vivência, escreve um texto dissertativo-argumentativo, entre 20 e 30 linhas, em prosa, sobre o tema:  a publicação de imagens trágicas  representa a banalização do sofrimento ou  é  uma  forma de sensibilização?

 

 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Tema 237: O CÂNCER E IMPORTÂNCIA DE CUIDAR DA SAÚDE

 

Com base nos textos de apoio e em suas vivências, escreve um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:   O CÂNCER E IMPORTÂNCIA DE CUIDAR DA SAÚDE.

Texto 1

A mais recente estimativa mundial, ano 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer (17 milhões sem contar os casos de câncer de pele não melanoma) e 9,6 milhões de óbitos (9,5 milhões excluindo os cânceres de pele não melanoma). O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo (2,1 milhões) seguido pelo câncer de mama (2,1 milhões), cólon e reto (1,8 milhão) e próstata (1,3 milhão). A incidência em homens (9,5 milhões) representa 53% dos casos novos, sendo um pouco maior nas mulheres, com 8,6 milhões (47%) de casos novos. Os tipos de câncer mais frequentes nos homens foram o câncer de pulmão (14,5%), próstata (13,5%), cólon e reto (10,9%), estômago (7,2%) e fígado (6,3%). Nas mulheres, as maiores incidências foram câncer de mama (24,2%), cólon e reto (9,5%), pulmão (8,4%) e colo do útero (6,6%) (BRAY et al., 2018).

Nos países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), as taxas de incidência foram de duas a três vezes maiores que as dos países de médio ou baixo IDH. Em homens, os cânceres de pulmão e próstata apresentaram as maiores taxas, independente do IDH. Logo após, apresenta-se o câncer de cólon e reto para os países com alto IDH e os de lábio/cavidade oral nos países de médio e baixo IDH, especialmente, por conta do alto impacto desse tipo de câncer na Índia. Nas mulheres, as taxas de câncer de mama predominam independentemente do IDH. O câncer de cólon e reto apresenta as maiores taxas ajustadas nos países com alto IDH; enquanto, nos países com baixo e médio IDH, o segundo mais incidente é o câncer do colo do útero (BRAY et al., 2018).

Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). O cálculo global corrigido para o sub-registro, segundo MATHERS et al. (2003), aponta a ocorrência de 685 mil casos novos.

Os tipos de câncer mais frequentes em homens, à exceção do câncer de pele não melanoma, serão próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%). Nas mulheres, exceto o câncer de pele não melanoma, os cânceres de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,5%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%) figurarão entre os principais. O câncer de pele não melanoma representará 27,1% de todos os casos de câncer em homens e 29,5% em mulheres.

As taxas de incidência ajustadas por idade, à exceção do câncer de pele não melanoma, tanto em homens (215,86/100 mil) quanto para mulheres (145,00/100 mil) são consideradas intermediárias e compatíveis com as apresentadas para países em desenvolvimento. Os cânceres de próstata e mama feminina apresentaram as maiores taxas ajustadas para todas as Regiões geográficas do país e sua magnitude é cerca de duas a três vezes maior que a segunda mais frequente, exceto na Região Norte onde as taxas ajustadas para mama e colo do útero são muito próximas.

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) reafirma o seu propósito de fortalecer a vigilância de câncer oferecendo as estimativas para cada ano do triênio 2020-2022, com a certeza de que essa se constituirá em uma ferramenta a ser utilizada por gestores, profissionais da saúde e de áreas afins, bem como pela sociedade em geral, no apoio à implementação das ações de prevenção e controle de câncer.

https://www.inca.gov.br/estimativa/introducao#:~:text=A%20mais%20recente%20estimativa%20mundial,c%C3%A2nceres%20de%20pele%20n%C3%A3o%20melanoma).

Texto 2

De todos os tipos de câncer, o de próstata é o de maior incidência (36,9%) entre homens de 18 anos ou mais que descobriram a doença no primeiro diagnóstico, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), divulgada pelo IBGE. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2015, 14.484 homens morreram em decorrência da doença no país.

É para mudar essa realidade que a campanha Novembro Azul foi criada em 2003, inicialmente na Austrália, e adotada posteriormente em diversos países. No Brasil, ela é apoiada pelo 
Instituto Nacional de Câncer (Inca), que lançou este ano a cartilha Câncer de Próstata: vamos falar sobre isso?, para dar mais visibilidade para a doença no Dia Nacional de Combate ao Câncer (27/11).

Em 2016, foram estimados cerca de 61.200 casos novos de câncer de próstata pelo Inca. Mesmo sendo 3.240 casos a mais que o estimado para o câncer de mama (57.960) no mesmo período, a campanha Novembro Azul ainda não tem a mesma visibilidade e alcance que o Outubro Rosa (de prevenção do câncer de mama).

Para prevenir o câncer de próstata, a cartilha recomenda uma alimentação saudável, não fumar e praticar atividades físicas. Ela constata ainda que o risco de desenvolver a doença aumenta em pessoas com sobrepeso/obesidade, com histórico de câncer na família e em idosos. De acordo com a PNS 2013, dos 408 mil casos da doença, 56,2% ocorreram em homens entre 65 e 74 anos. 

Texto 3


Texto 4


Texto 5



Texto 6



Reflita sobre o tema e busque selecionar e relacionar ideias e argumentos em defesa do seu ponto de vista. Lembre-se de apontar alternativas de intervenção para a problemática encontrada.  


segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Tema 236: A LÍNGUA PORTUGUESA DEVE SOFRER VARIAÇÕES PARA SE TORNAR MAIS INCLUSIVA?

 

A língua portuguesa sempre está em evidência, ou pelas mudanças que sofre, ou por ser uma língua com vasto repertório, ou por ser julgada como complexa... Há quem goste dela do jeito que ela é, defendendo os rigores da norma culta e exigindo que todos sigam as normas gramaticais. Porém, algumas pessoas acreditam que a língua deve evoluir conforme a necessidade das pessoas. Sobre essas questões, analise os textos motivadores antes de escrever a sua redação:

Texto 1

A comunidade LGBT+ propõe uma grande revolução na sociedade: que todas as suas partes sejam devidamente respeitadas em sua expressão de individualidade e incluídas no corpo social, sem qualquer distinção de gênero. Para alcançar esse objetivo, membros trans não binários da comunidade pensaram e elaboraram uma linguagem inclusiva, conhecida como Linguagem não binária, ou neutra, LN-B, proposta como uma solução do viés linguístico para a questão de gênero no Brasil, em que os pronomes masculinos e femininos sejam substituídos pelos neutros (Exemplo: todo, toda, tode, ou tod@, ou todx.). Fonte que embasou o texto acima: https://movimentorevista.com.br/2019/02/o-papel-e-a-funcao-da-linguagem-nao-binaria-ou-neutral-no-contexto-das-redes-online/

Texto 2

Esqueça o certo e o errado das aulas de português. Uma nova gramática colocaria de lado todas aquelas regras chatas que levamos anos para decorar na escola, e uma nova linguagem surgiria para suprir as necessidades comunicativas dos brasileiros e promovendo a inclusão de gêneros indistintamente, sem favores favorecer grupos.

 

 

 

Texto 3

Há uma gramática que oficializa nossa língua coloquial, a falada, e isso abre espaço para que o português que se estuda na escola chegue mais perto da realidade dentro de algum tempo. É isso que o novo livro tem de mais inovador. Bem diferente dos manuais cheios de regras que seus colegas costumam escrever, Ataliba passa longe de dizer o que é certo ou errado. “Não existe isso de ensinar português para quem já nasceu falando o idioma. Não precisa existir um despachante para problemas gramaticais que diga como a língua deve ser usada”, afirma Ataliba. “Adotar uma gramática que estuda o que falamos de fato vai nos curar de certos preconceitos linguísticos, como o clássico ninguém sabe falar português”, diz o linguista Renato Basso, pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

 

A partir dos textos motivadores e de suas vivências, escreve um texto dissertativo-argumentativo respondendo à pergunta: A LÍNGUA PORTUGUESA DEVE SOFRER VARIAÇÕES PARA SE TORNAR MAIS INCLUSIVA?

Para escrever seu texto, selecione ideias, informações e argumentos pertinentes para defender seu ponto de vista. E lembre-se de apontar propostas de intervenção para o problema encontrado.