domingo, 27 de dezembro de 2020

Tema 243: os desafios para elevar a qualidade da alfabetização e combater o analfabetismo em todo o território brasileiro.


A partir da leitura dos textos motivadores e de seus conhecimentos de mundo,  reflita e escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você discorra sobre o seguinte tema: OS DESFIOS PARA ELEVAR A QUALIDADE DA ALFABETIZAÇÃO E COMBATER O ANALFABETISMO EM TODO O TERRITÓRIO BRASILEIRO.

Texto 1

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação, e apropriação do sistema de escrita, e pressupõe a compreensão do princípio alfabético, indispensável ao domínio da leitura e escrita.  Fonte: Wikipédia

Texto 2

Segundo o Inep (O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), 1/4 dos alunos do 2º ano tem dificuldades de escrita.  Este é um resultado de avaliação aplicada pelo Inep a alunos de 8 anos  que indica ainda que 17 Estados ficaram abaixo da média em Língua Portuguesa

Um em cada quatro alunos do 2º ano do ensino fundamental (8 anos) não sabe escrever uma palavra de três sílabas a partir de um ditado. Esse e outros dados fazem parte dos resultados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), divulgados em novembro/2020, pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)

A avaliação de Português e Matemática, feita de modo amostral com 5,6 milhões de estudantes, apontou que 27,5% estão nos níveis 1, 2 e 3 de desempenho (em uma escala de 1 a 8) ou abaixo até do nível mínimo. 17,8% dos alunos alcançaram o nível 4 - em que são capazes, por exemplo, de escrever palavras trissílabas ou localizam informações explícitas no final de um texto muito curto - e 55% estão nos níveis de 5 a 8 (de maior desempenho em leitura e escrita).

Só 5% chegaram ao nível 8, o mais avançado, em que o aluno é capaz de inferir informações em textos longos. Os resultados foram divulgados por níveis de proficiência, mas não foram indicados quais patamares são considerados adequados. A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) define que a alfabetização das crianças deverá ocorrer até o segundo ano do ensino fundamental.

Já em Matemática, a conclusão é de que metade está nos níveis de 1 a 4 (em uma escala de 1 a 8) ou abaixo até do nível mínimo. Alunos com esse desempenho não são capazes, por exemplo, de identificar, em um calendário de determinado mês, o dia da semana em que esse mês se inicia.

Os dados evidenciam também desigualdades em relação às zonas rurais e urbanas e às regiões do Brasil. Em Língua Portuguesa, 10 Estados tiveram resultados acima da média nacional, de 750 pontos. Esses Estados são: Ceará, São Paulo, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Goiás. Os demais ficaram abaixo da média.

Há uma diferença de 52,76 pontos na avaliação entre o Estado com a maior média em Português (Ceará) e o Estado com a menor (Amapá). Centro-Oeste, Sudeste e Sul também predominam entre os melhores desempenhos de Matemática no 2º ano do ensino fundamental.

Fonte: https://www.terra.com.br/noticias/educacao/inep-14-dos-alunos-do-2-ano-tem-dificuldades-de-escrita,736def022b1534aea0a6ec8891abfa33pqzr8mam.html

 Texto 3

 Outros dados preocupantes são o do analfabetismo entre pessoas 15 anos ou mais, conforma aponta o gráfico abaixo. 


Ao escrever seu texto, lembre-se de identificar uma problemática que envolva o tema proposto e aponte propostas de intervenção para esse problema. Para defender sua tese, seja claro e coerente, e use argumentos consistentes.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Tema 242: caminhos para combater o capacitismo no Brasil.

 

A partir da leitura dos textos motivadores e de seus conhecimentos,  reflita e escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você discorra sobre o seguinte tema: caminhos para combater o capacitismo no Brasil.

O capacitismo é o que o preconceito, a discriminação e a opressão contra pessoas com qualquer tipo de deficiência. O termo vem do inglês ableism ou disablism, que faz referência à palavra deficiência em inglês (disability). O capacitismo caracteriza as pessoas com deficiência como inferiores, incapazes de estudar, trabalhar, se relacionar, e fazer tantas coisas naturais às pessoas. O capacitismo pode atingir as pessoas com deficiência de diversas maneiras. Ele vai desde uma agressão verbal ou tratamento de piedade até uma arquitetura inacessível, por exemplo. 

 

No acordo aprovado pela Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da Organização das Nações Unidas (ONU), promulgado pelo Brasil, a discriminação por motivo de deficiência é definida como:qualquer diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, com o propósito ou efeito de impedir ou impossibilitar o reconhecimento, o desfrute ou o exercício, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas, de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais nos âmbitos político, econômico, social, cultural, civil ou qualquer outro.”.

Corponormatividade

O capacitismo parte da ideia de que existe um padrão corporal perfeito, a chamada corponormatividade. As pessoas dentro do padrão socialmente construído de corpo ideal são consideradas “normais”. Já as pessoas com qualquer tipo de deficiência, que fogem desse padrão, são vistas como “anormais” e exceções. Nessa percepção, a deficiência é vista como uma falha ou algo ruim, que pode ser corrigido ou superado.

Ao longo da história, diversos estereótipos capacitistas foram dados às pessoas com deficiência, prejudicando-as, pois contribuem com a manutenção do preconceito e da exclusão dessas pessoas. É comum, por exemplo, que as pessoas com deficiência sejam taxadas como doentes. Isso pode parecer inofensivo, porém já motivaram grandes barbaridades, como o assassinato em massa e a esterilização de milhares pessoas com deficiência durante o  regime nazista. Outro estereótipo é  o do coitado, quando o indivíduo é visto com piedade e inferioridade e suas capacidades são subestimadas. As pessoas são infantilizadas e tratadas com pureza e inocência.

Durante uma palestra no TEDxSaoPaulo, a escritora Lau Patrón, madrinha da ONG internacional Best Buddies e mãe de uma criança com deficiência, faz um panorama histórico sobre a exclusão de pessoas com deficiência (assista o vídeo na íntegra):

“Ao longo dos séculos, as pessoas com deficiência se envolveram em narrativas de abandono e rejeição. Primeiro, por não ter o mesmo ritmo quando éramos um povo nômade. Depois, por não ter o corpo perfeito, belo e forte que os gregos conceituaram. Em algum momento, as pessoas com deficiência passam a ser vistas como aberrações, castigos de Deus. E depois, rotuladas como doentes e tratadas assim, como até hoje. Então, vieram as guerras, e houve um número considerável no aumento de pessoas com deficiência por violência, e a Revolução Industrial, que colocou o valor do homem em o quanto ele consegue produzir em menos tempo. Uma competição desleal, que, de novo, dá a pessoa com deficiência o olhar de inválida”. 

Em 2015, a luta pelos direitos das pessoas com deficiência teve uma importante conquista: o Estatuto da Pessoa com Deficiência, também conhecido como Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência. Entre outras definições, a lei considera crime a prática de discriminação em razão da deficiência.  Entretanto, a legislação não basta para combater o capacitismo e promover inclusão social. É preciso que haja mais representatividade da população PcD, em todas as áreas, e mais debates sobre o tema na sociedade.

O capacitismo está intimamente ligado à exclusão das pessoas com deficiência nas instituições de ensino e no mercado de trabalho. Essa realidade mostra que a sociedade é excludente. No Ensino Superior, por exemplo, PcD ainda representam apenas 0,52% do total de matriculados em cursos de graduação, de acordo com o Censo Superior da Educação de 2018. Já no mercado de trabalho, o número de pessoas com deficiência cai para 0,9%, segundo o IBGE.






Fonte: Giovana Murça


 

Lembre-se de identificar uma problemática que envolva o tema proposto e aponte propostas de intervenção para esse problema. Para defender sua tese, seja claro e coerente, e use argumentos consistentes.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Tema 241: O PROTAGONISMO JUVENIL NO BRASIL DE HOJE

 

A partir da leitura dos textos motivadores e de seus conhecimentos,  reflita e escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você discorra sobre o seguinte tema:          O PROTAGONISMO JUVENIL NO BRASIL DE HOJE.

Texto 1

Protagonismo é o processo de protagonizar, de ser o protagonista, o figurante principal de uma apresentação.

Deriva do grego “protagonistes”, em que “protos” significa principal ou primeiro, e “agonistes” significa lutador ou competidor.

Protagonismo é um termo muito usado no teatro, no cinema, na novela etc. para se referir ao personagem principal da encenação.

No sentido figurado protagonista é a pessoa que desempenha ou ocupa o papel principal numa obra literária ou num acontecimento. Ex: A qualidade dos serviços é resultado do protagonismo dos trabalhadores e de suas incontáveis estratégias para alcançar o sucesso.

Protagonismo Juvenil

Protagonismo Juvenil é uma prática educativa desenvolvida para os jovens, na qual ele é o elemento central e participa de todas as fases do processo educativo, desde a elaboração, execução e avaliação das ações propostas, com o objetivo de estimular a participação social do jovem na comunidade. O Protagonismo Juvenil foi criado pelo educador mineiro, Antônio Carlos Gomes da Costa, sendo que a participação dos jovens, nas práticas educativas, extrapola o âmbito familiar e escolar e busca espaço na igreja, nas associações, na sociedade, por meio de campanhas e movimentos. Fonte: www.significados.com.br

Texto 2

Na literatura, no cinema ou no teatro o protagonista é o personagem considerado o centro das ações, e toda a estória se desenvolve baseada em suas decisões e em seu modo de agir. O que acontece quando levamos esse conceito para dentro da realidade escolar? Essa é a ideia do protagonismo juvenil: colocar o estudante no centro do processo de ensino e aprendizagem, de forma que ele utilize seus conhecimentos para agir e participar na sociedade, ultrapassando inclusive os muros da escola. 

O protagonismo juvenil:

-Reforça o compromisso das escolas com a formação integral dos estudantes.

-Promove o engajamento dos estudantes com o conteúdo e a prática pedagógica.

-Desenvolve a autonomia, a capacidade de tomar decisões e a responsabilidade dos jovens alunos.

-Contribui para o desenho do projeto de vida e na preparação do estudante para o futuro.

-Estimula a participação dos jovens na esfera política, social, econômica e cultural.

Fonte:https://sae.digital/protagonismojuvenil/#:~:text=Na%20literatura%2C%20no%20cinema%20ou,em%20seu%20modo%20de%20agir.

Texto 3

 A escuta atenta e aberta da juventude ainda não é uma prática enraizada na maior parte das instituições políticas e sociais. Da família à escola, das igrejas ao Estado, das mídias convencionais aos organismos internacionais, poucas delas são entusiastas da participação juvenil e a maioria dificulta o acesso dos e das jovens aos espaços onde são tomadas decisões que lhes dizem respeito. Quando mobilizada em frentes de participação social, cultural e política, a juventude lança sua voz na vida pública, pressiona os poderes instituídos, quer ser considerada, reivindica o seu direito à participação democrática. Mas muitos jovens desconfiam ou desacreditam dos canais formais e, frequentemente, preferem atuar fora deles.

http://forumdasjuventudes.org.br/participacao-social-e-politica-da-juventude/

Texto 4

 

https://istoe.com.br/380009_O+QUE+OS+JOVENS+PENSAM+SOBRE+A+POLITICA/


Lembre-se de apresentar, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

domingo, 6 de dezembro de 2020

Tema 240: A BIOPIRATARIA NO BRASIL

 



A partir da leitura dos textos motivadores e de seus conhecimentos,  reflita e escreva um texto dissertativo-argumentativo no qual você discorra sobre o seguinte tema: a biopirataria no Brasil. 

Lembre-se de identificar o problema e apresentar  propostas de intervenção para amenizá-lo.

 

Texto 1

O uso dos recursos e conhecimentos genéticos e dos conhecimentos tradicionais associados tem ocorrido de forma injusta. Os países de origem dos recursos genéticos e as comunidades indígenas e locais, detentoras de conhecimentos tradicionais associados, sequer têm sido consultados pelos que se utilizam desses recursos para obter ganhos econômicos com produtos comerciais, quanto mais recebido qualquer tipo de benefício. Esta apropriação injusta, muitas vezes agravada pelo uso das patentes, corresponde à biopirataria, e vem ocorrendo ao longo de toda a história do Brasil. Fonte: Ministério do Meio Ambiente

 

Texto 2

A exploração ilegal dos recursos naturais e do conhecimento tradicional gera grandes prejuízos para um país, tanto econômicos quanto ambientais. No que diz respeito à economia, o país é prejudicado porque a comercialização dos produtos gera lucros que não são repartidos de forma justa para o país detentor do recurso e para as comunidades tradicionais. A biopirataria também causa danos ao meio ambiente, pois coloca em risco a biodiversidade de uma área. Ao explorar fortemente uma espécie, sua população diminui e, consequentemente, elevam-se os riscos de extinção. Fonte: Exato Educacional

 

Texto 3

A legislação brasileira é totalmente desconectada com a necessidade de proteger toda a riqueza da Amazônia. Falta, além da legislação, uma política de ocupação do território, de preservação do ambiente e exploração sustentável. Por mais que essa riqueza seja incalculável, a falta de políticas de Estado e a biopirataria na Amazônia acarretam um prejuízo enorme para o País. As consequências da biopirataria são mais sentidas no terreno econômico, uma vez que empresas de outros países não só se valem do contrabando, mas patenteiam produtos nativos. Assim, o País deixa de arrecadar verdadeira fortuna com royalties sobre a matéria-prima nativa.

Por ser uma região gigantesca e sem política de ocupação, a fiscalização é insuficiente e as práticas ilegais são um problema crônico. O maior problema, além da própria questão da segurança nacional, é o que o País perde deixando de ocupar economicamente áreas riquíssimas, que poderiam levar desenvolvimento e bem-estar às populações nacionais. Fonte: FragMaq

 

Texto 4

Os povos indígenas, por exemplo, sofrem constantemente com a desregulamentação, pois muitas empresas estrangeiras tentam monopolizar e comercializar o conhecimento que eles adquiriram por gerações. Essa acaba por ser uma questão muito séria, que não envolve só o financeiro, como também mexe com a identidade de um povo. Fonte: Impacto Ambiental UNESP

A biopirataria consiste na exploração, manipulação e apropriação ilegal de espécies da fauna e da flora, de material genético e de conhecimentos das populações tradicionais de uma nação para a exploração comercial em outra, sem o devido pagamento de patente. O conceito surgiu em 1992, com a “Convenção Sobre Diversidade Biológica”, apresentada na Eco92 e é a terceira atividade clandestina que mais movimenta dinheiro, ficando atrás apenas do tráfico de drogas e armas.

Fonte: https://www.estudopratico.com.br/biopirataria-o-que-e-como-age-no-brasil-e-o-combate/

 

Texto 5

A biopirataria no Brasil teve início na época do descobrimento, quando ocorreu uma intensa exploração de pau-brasil, uma espécie de porte médio da família das leguminosas. Essa espécie, que era usada pelos indígenas para a fabricação de corantes, foi levada para a Europa pelos portugueses. Iniciou-se aí a exploração da planta e a utilização do conhecimento tradicional.

Fonte: https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/biopirataria.htm

 

Texto 6

Por ano, o Brasil perde mais de 5 bilhões de dólares com o tráfico de extratos de plantas nativas, madeira, animais silvestres, entre outros recursos biológicos. O principal alvo da biopirataria é a Floresta Amazônica, que concentra 70% da biodiversidade do planeta. Porém, há outros ecossistemas brasileiros que estão na rota do tráfico internacional — como o cerrado, caatinga, pantanal e até os manguezais remanescentes.

Além de surrupiar o patrimônio natural, a biopirataria praticada no Brasil também se apropria de conhecimentos acumulados por comunidades tradicionais, como a medicina da floresta e práticas da cultura indígena. A exploração ilegal de recursos de nossos biomas resulta em prejuízos como:

  • Perda da biodiversidade;
  • Extinção de espécies;
  • Desequilíbrio ecológico;
  • Prejuízos socioeconômicos;
  • Subdesenvolvimento da pesquisa científica e tecnológica nacional.

Fonte: https://pensamentoverde.com.br/meio-ambiente/conheca-consequencias-da-biopirataria-no-brasil-suas-solucoes-e-como-evitar/

 

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Tema 239: A TELEMEDICINA NO BRASIL

 

Diante da necessidade de isolamento social e a sobrecarga de atendimentos ocasionados pela crise de saúde por conta da covid-19, a telessaúde  (uso das tecnologias de informação e comunicação na saúde) foi regulamentada e sancionada em meados de abril deste ano no Brasil.  Porém, as discussões em torno da telemedicina são polêmicas e antigas. Um dos principais impedimentos para a regulamentação, antes da pandemia, era a resistência de médicos e pacientes quanto à eficácia dos atendimentos. https://guiadoestudante.abril.com.br/enem/enem-13-temas-de-redacao/

 

E você? Dê  a sua opinião sobre este tema:  A TELEMEDICINA NO BRASIL.

 

Os serviços de telemedicina no Brasil tiveram início na década de 1990, acompanhando uma tendência mundial de atendimento médico e geração de laudos a distância. Além da implementação das tecnologias, o mercado brasileiro adotou inicialmente normas de ética e padrões de atendimento definidos por organizações internacionais. A partir de 2002, foram criadas normas e resoluções nacionais para guiar esse tipo de trabalho. A mais recente foi publicada em fevereiro de 2019 e entra em vigor em maio. Além de seguir as resoluções de ética médica, os prestadores de serviços de saúde a distância também devem se adequar às portarias que regem a telemedicina.

Lei 1.643 de 2002 do Conselho Federal de Medicina, que regulamenta os serviços de telemedicina como modalidade médica no país estabelece no Artigo 1º que “os serviços prestados através da Telemedicina deverão ter a infraestrutura tecnológica apropriada, pertinente e obedecer as normas técnicas do CFM pertinentes à guarda, manuseio, transmissão de dados, confidencialidade, privacidade e garantia do sigilo profissional”.

Artigo 7º define ainda o Conselho Federal de Medicina como órgão fiscalizador da qualidade dos serviços prestados, fornecendo maior credibilidade e segurança às unidades que adotam a modalidade de atendimento.


Na mais recente resolução (nº 2.227/2018), lançada em 7 de fevereiro no II Fórum de Telemedicina, a garantia de confidencialidade nas informações trocadas entre médicos e pacientes é reforçada. O documento destaca que a preservação do sigilo profissional deve ser assegurada tanto na questão ética, em respeito as normas do Conselho Federal de Medicina (CFM), quanto pela utilização de sistema de transmissão de dados seguro. O programa utilizado precisa atender integralmente aos requisitos do Nível de Garantia de Segurança 2 (NGS2) e o padrão do Instituto Nacional de Tecnologia de Informação (ICP – Brasil)

O Artigo 1º da Resolução nº 1718 de 2004, do Conselho Federal de Medicina, proíbe os profissionais da área de ensinar procedimentos privativos a profissionais não-médicos. Esses procedimentos se referem às atividades definidas pela Lei nº12.842/2013, que inclui a emissão dos laudos de exames. Na prática, significa que apenas médicos podem emitir o laudo à distância.

A resolução 2.227/2018 do Conselho Federal de Medicina reconhece o telediagnóstico. De acordo com o documento, por meio de transmissão de gráficos, imagens e dados, os médicos podem emitir laudo ou parecer sobre um paciente a distância. Para isso, precisam ter Registro de Qualificação de Especialista (RQE) na área relacionada ao procedimento.

Ética dos profissionais de telemedicina no Brasil

Assim como todos os médicos, os profissionais de telemedicina no Brasil não devem prescrever tratamentos ou outros procedimentos médicos sem realizar um exame com o paciente. É o que define o Artigo 62 da Resolução nº 1.246 de 1988 do Conselho Federal de Medicina. No entanto, a norma indica que em situações de emergência é possível realizar a prescrição sem o exame médico. Nos serviços prestados pela Portal Telemedicina, porém são gerados apenas os laudos a distância, sem a prescrição de tratamentos.  

A Resolução nº 1.246 define ainda que os médicos não devem fazer referências aos pacientes ou citar casos clínicos identificáveis em veículos de comunicação de massa, assim como realizar consultas e diagnósticos em programas de televisão ou de outras mídias. Os profissionais também não devem dar acesso às informações, prontuários e exames dos pacientes a pessoas não autorizadas.  

https://portaltelemedicina.com.br/blog/portarias-e-normas-que-regem-a-telemedicina-no-brasil

A promulgação de um complemento à Lei 13.989, de abril de 2020, que regulamentou o uso da telemedicina no Brasil durante a pandemia da covid-19.

O novo trecho passou a integrar a lei com a derrubada do veto (VET 6/2020) do Executivo pelos parlamentares, no último dia 12. Com isso, a regulamentação da telemedicina poderá ser feita pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) após o período de crise causada pelo novo coronavírus. Ao vetá-lo, o presidente Jair Bolsonaro alegou que as atividades médicas por vias remotas deveriam ser reguladas por lei após o fim da pandemia, mas os deputados e senadores não concordaram com o argumento.

O Congresso também derrubou o veto à validação de receitas médicas apresentadas em suporte digital, desde que com assinatura eletrônica ou digitalizada do médico que prescreveu.

Assistência a distância

A Lei 13.989, de 2020, teve origem no Projeto de Lei (PL) 696/2020, da deputada Adriana Ventura (Novo-SP), que define a telemedicina como “o exercício da medicina mediado por tecnologias para fins de assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde”. Com a legislação, passou a ser permitido, durante a pandemia, o uso da tecnologia para o atendimento médico sem necessidade de proximidade física com o paciente. Fonte: Agência Senado

 A partir dos textos de apoio e de suas vivências, escreve um texto dissertativo-argumentativo sobre A TELEMEDICINA NO BRASIL. Busque identificar uma problemática que envolva o tema e aponte propostas de intervenção para esse problema.

 

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Tema 238: a publicação de imagens trágicas representa a banalização do sofrimento ou é uma forma de sensibilização?

 

Embora publicado em 1885, o conto machadiano A causa secreta (para ler: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000182.pdf>), por meio do personagem Fortunato, aborda um tema universal e atemporal: a falta de empatia, o comportamento sádico. A racionalidade que rege essa conduta pode ser enquadrada na atualidade, visto que é extremamente entristecedor e preocupante o quadro atual de menos valia que a humanidade está atribuindo ao sofrimento do outro no ato, apático e cético, de publicação e compartilhamento de imagens trágicas.

Com a consolidação da internet, não só como fonte de informação, mas também como ferramenta para a produção e a disseminação de conteúdo, mudou-se o modo de fazer jornalismo, o que provocou um questionamento sobre o comportamento da mídia. A prática sensacionalista desses meios transforma as notícias em objetos de espetacularização, supervalorizando aspectos emocionais em detrimento de uma informação e, consequentemente, comove a opinião pública principalmente quando imagens de pessoas mortas são veiculadas. Como exemplo de situação trágica exposta, tem-se a foto que registrou um grupo de banhistas se divertindo, na praia, ao lado dos corpos de duas vítimas do desabamento de parte da ciclovia Tim Maia.

Em contraposição a esse tipo de atitude, o site Vox Media, por exemplo, acredita que a publicação de uma imagem violenta contém aspecto viral e acarreta uma superexposição desnecessária em vez de promover compaixão e empatia. Nesse sentido, na busca por audiência fácil, o sensacionalismo atiça a curiosidade das pessoas, que, por sua vez, buscam mais informações. A relação entre o público e o grotesco deixa evidente a perda de sensibilização diante dessas imagens, o que configura a banalização da dor, do horror e da angústia, garantindo a indiferença das massas frente a esses aspectos e até mesmo o conformismo da sociedade brasileira diante das tragédias. (Larissa coelho/2016).

A partir do texto de apoio e de tuas vivência, escreve um texto dissertativo-argumentativo, entre 20 e 30 linhas, em prosa, sobre o tema:  a publicação de imagens trágicas  representa a banalização do sofrimento ou  é  uma  forma de sensibilização?

 

 

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Tema 237: O CÂNCER E IMPORTÂNCIA DE CUIDAR DA SAÚDE

 

Com base nos textos de apoio e em suas vivências, escreve um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema:   O CÂNCER E IMPORTÂNCIA DE CUIDAR DA SAÚDE.

Texto 1

A mais recente estimativa mundial, ano 2018, aponta que ocorreram no mundo 18 milhões de casos novos de câncer (17 milhões sem contar os casos de câncer de pele não melanoma) e 9,6 milhões de óbitos (9,5 milhões excluindo os cânceres de pele não melanoma). O câncer de pulmão é o mais incidente no mundo (2,1 milhões) seguido pelo câncer de mama (2,1 milhões), cólon e reto (1,8 milhão) e próstata (1,3 milhão). A incidência em homens (9,5 milhões) representa 53% dos casos novos, sendo um pouco maior nas mulheres, com 8,6 milhões (47%) de casos novos. Os tipos de câncer mais frequentes nos homens foram o câncer de pulmão (14,5%), próstata (13,5%), cólon e reto (10,9%), estômago (7,2%) e fígado (6,3%). Nas mulheres, as maiores incidências foram câncer de mama (24,2%), cólon e reto (9,5%), pulmão (8,4%) e colo do útero (6,6%) (BRAY et al., 2018).

Nos países com maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), as taxas de incidência foram de duas a três vezes maiores que as dos países de médio ou baixo IDH. Em homens, os cânceres de pulmão e próstata apresentaram as maiores taxas, independente do IDH. Logo após, apresenta-se o câncer de cólon e reto para os países com alto IDH e os de lábio/cavidade oral nos países de médio e baixo IDH, especialmente, por conta do alto impacto desse tipo de câncer na Índia. Nas mulheres, as taxas de câncer de mama predominam independentemente do IDH. O câncer de cólon e reto apresenta as maiores taxas ajustadas nos países com alto IDH; enquanto, nos países com baixo e médio IDH, o segundo mais incidente é o câncer do colo do útero (BRAY et al., 2018).

Para o Brasil, a estimativa para cada ano do triênio 2020-2022 aponta que ocorrerão 625 mil casos novos de câncer (450 mil, excluindo os casos de câncer de pele não melanoma). O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 mil), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 mil cada), cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). O cálculo global corrigido para o sub-registro, segundo MATHERS et al. (2003), aponta a ocorrência de 685 mil casos novos.

Os tipos de câncer mais frequentes em homens, à exceção do câncer de pele não melanoma, serão próstata (29,2%), cólon e reto (9,1%), pulmão (7,9%), estômago (5,9%) e cavidade oral (5,0%). Nas mulheres, exceto o câncer de pele não melanoma, os cânceres de mama (29,7%), cólon e reto (9,2%), colo do útero (7,5%), pulmão (5,6%) e tireoide (5,4%) figurarão entre os principais. O câncer de pele não melanoma representará 27,1% de todos os casos de câncer em homens e 29,5% em mulheres.

As taxas de incidência ajustadas por idade, à exceção do câncer de pele não melanoma, tanto em homens (215,86/100 mil) quanto para mulheres (145,00/100 mil) são consideradas intermediárias e compatíveis com as apresentadas para países em desenvolvimento. Os cânceres de próstata e mama feminina apresentaram as maiores taxas ajustadas para todas as Regiões geográficas do país e sua magnitude é cerca de duas a três vezes maior que a segunda mais frequente, exceto na Região Norte onde as taxas ajustadas para mama e colo do útero são muito próximas.

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) reafirma o seu propósito de fortalecer a vigilância de câncer oferecendo as estimativas para cada ano do triênio 2020-2022, com a certeza de que essa se constituirá em uma ferramenta a ser utilizada por gestores, profissionais da saúde e de áreas afins, bem como pela sociedade em geral, no apoio à implementação das ações de prevenção e controle de câncer.

https://www.inca.gov.br/estimativa/introducao#:~:text=A%20mais%20recente%20estimativa%20mundial,c%C3%A2nceres%20de%20pele%20n%C3%A3o%20melanoma).

Texto 2

De todos os tipos de câncer, o de próstata é o de maior incidência (36,9%) entre homens de 18 anos ou mais que descobriram a doença no primeiro diagnóstico, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2013 (PNS), divulgada pelo IBGE. Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2015, 14.484 homens morreram em decorrência da doença no país.

É para mudar essa realidade que a campanha Novembro Azul foi criada em 2003, inicialmente na Austrália, e adotada posteriormente em diversos países. No Brasil, ela é apoiada pelo 
Instituto Nacional de Câncer (Inca), que lançou este ano a cartilha Câncer de Próstata: vamos falar sobre isso?, para dar mais visibilidade para a doença no Dia Nacional de Combate ao Câncer (27/11).

Em 2016, foram estimados cerca de 61.200 casos novos de câncer de próstata pelo Inca. Mesmo sendo 3.240 casos a mais que o estimado para o câncer de mama (57.960) no mesmo período, a campanha Novembro Azul ainda não tem a mesma visibilidade e alcance que o Outubro Rosa (de prevenção do câncer de mama).

Para prevenir o câncer de próstata, a cartilha recomenda uma alimentação saudável, não fumar e praticar atividades físicas. Ela constata ainda que o risco de desenvolver a doença aumenta em pessoas com sobrepeso/obesidade, com histórico de câncer na família e em idosos. De acordo com a PNS 2013, dos 408 mil casos da doença, 56,2% ocorreram em homens entre 65 e 74 anos. 

Texto 3


Texto 4


Texto 5



Texto 6



Reflita sobre o tema e busque selecionar e relacionar ideias e argumentos em defesa do seu ponto de vista. Lembre-se de apontar alternativas de intervenção para a problemática encontrada.