quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Tema 266: OBESIDADE E PANDEMIA: DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS.

A partir da leitura dos textos motivadores  e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema:  OBESIDADE E PANDEMIA: DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS. Lembre-se de apresentar  de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

A indústria do alimento, do entretenimento e da obesidade

Quem é mais culpado pelo consumo de exagerado de sal, açúcar e gordura? A indústria de alimentos, o consumidor…?

Certamente há alguma responsabilidade de nossa parte enquanto consumidores. Mas essas são grandes empresas, com muitos recursos, e por isso coloco a maior parte da culpa neles. E não apenas por causa da epidemia de obesidade, mas também por causa da diabetes e de outras doenças ligadas aos alimentos que assolam o mundo. As empresas fazem seus produtos com engenharia de precisão para serem irresistivelmente doces, salgados e gordos. E usam o marketing, também preciso, para nos levar a não apenas gostar deles, mas a querer mais e mais. Fazem isso sabendo que pessoas se tornarão cada vez mais dependentes de seus produtos, mesmo tendo funcionários habilidosos e recursos para fazer versões verdadeiramente saudáveis de seus alimentos. Porém, para maximizar suas vendas, escolhem continuar a fazer os mesmos produtos. Não vejo a indústria de alimentos processados como má, ou como tendo a intenção de nos deixar muito acima do peso ou doentes. Ela faz o que todas as empresas querem fazer, que é ganhar o máximo de dinheiro possível vendendo mais produtos.

Na sua opinião, por que as taxas de obesidade nos EUA não se reduzem significativamente?

Temos desenvolvido uma dependência profunda e um hábito de consumir alimentos processados que é muito difícil de quebrar. E o governo federal ainda supervisiona um programa em que a indústria de laticínios levanta dezenas de milhões de dólares a cada ano para promover o consumo de queijo fundido, em grande parte como ingrediente dos alimentos processados.

Hoje, é mais fácil ter acesso a informações sobre alimentos? O consumidor sabe o que está comprando?

Sim e não. Alimentos que você compra no supermercado precisam ter informações nutricionais em seus rótulos. E os restaurantes de fast food de Nova York, por exemplo, devem informar as calorias em locais visíveis. Mas, as pessoas que mais precisam de ajuda para controlar e melhorar a sua dieta são as menos aptas a prestar atenção nesses avisos e informações. Ou por falta de educação, ou por falta de tempo, ou ambos. E, claro, tentar montar uma dieta saudável baseada em alimentos embalados é muito difícil até para consumidores experientes. Ou seja: a informação ao consumidor, sozinha, é ineficaz.

O que achou da recente determinação do governo dos EUA de banir a gordura trans nos alimentos?

Fantástica. Alguns anos atrás, o governo exigiu que as empresas revelassem que usavam gordura trans, e nos livramos de 85% dela. Mas a proibição me parece necessária para se conseguir o restante. E mesmo que isso não seja fácil ou barato (o custo estimado é de US$ 6 bilhões), se livrar das últimas gorduras trans vai economizar US$ 130 bilhões por ano em custos médicos.

Que tipo de processado você come mais? Seus filhos também comem?

Gosto de batatas chips, pizza e cachorros-quentes, em casa ou num jogo de beisebol. Doces, refrigerante e biscoitos não me seduzem. E, claro, penso sobre a pesquisa que fiz. Lembro como a junk food é projetada para me fazer querer mais. Mas sou sortudo e posso comer um punhado de batatas chips e não ficar tentado a comer o saco inteiro. Meu objetivo com a junk food é não evitá-la completamente, mas ter controle em relação a ela. Não a bani da minha vida ou mesmo da dieta dos meus dois meninos. Nós apenas tomamos cuidado para não comer muito, e a consideramos como um prazer ocasional.

Fonte: O Globo

Texto 2

obesidade infantil é um reflexo da forma da nossa sociedade ocidental, onde se privilegiam as atividades intelectuais (saudáveis ou não) em detrimento das atividades físicas, onde se estimula constantemente o consumo de bebidas e guloseimas cheias de açucar e fast-foods, e onde o entretenimento vazio (fútil) é a mola que impulsiona a hipnose coletiva.

Essa parece uma crítica amarga, mas apenas serve de alerta para as escolhas, direcionamentos e os rumos que viemos tomando enquanto sociedade globalizada e suas consequências contra o desenvolvimento saudável das pessoas.

O documentário Muito Além do Peso mostra a realidade das crianças brasileiras que enfrentam o problema da obesidade: a discriminação que sofrem, a vontade de emagrecer, a sedução por parte da indústria alimentícia etc. Mostra a falta de opção por alimentos saudáveis e por uma vida saudável, devido aos ambientes sociais serem transformados pelos estímulos da indústria alimentícia.

Mostra também realidades assustadoras, como, por exemplo, que 56% dos bebes brasileiros tomam refrigerantes frequentemente antes do primeiro ano de vida – sendo que os refrigerantes contêm uma grande quantidade de açucar, além de uma série de produtos químicos artificiais; coisas que fazem muito mal para a saúde e o desenvolvimento das crianças.

De acordo com os dados do documentário, 33,5% das crianças brasileiras sofrem de sobrepeso ou de obesidade, ou seja, 1/3 da população infantil tem sido transformada em potenciais doentes a caminho de doenças degenerativas que vêm minando a humanidade contemporânea. Nas palavras do médico endocrinologista,  Amélio F. de Godoy Matos, chefe do Serviço de Metabologia IEDE: “A obesidade está relacionada com as maiores pandemias modernas…com o diabetes, que é uma pandemia moderna, e ela é a causa maior do diabetes tipo 2. Ela está relacionada com as doenças vasculares, que é uma outra pandemia – é a maior causa de mortalidade do mundo atual, e ela vem da obesidade, do excesso de peso. Ela está relacionada com a depressão, ela está relacionada com o estresse; ela está relacionada com alguns tipos de câncer. As grandes pandemias modernas têm na sua base um excesso de peso.”. Fonte: https://www.epochtimes.com.br/industria-alimento-entretenimento-obesidade/


Texto 3

Relatório culpa indústria alimentar por obesidade e desnutrição Corinne Gretler e Naomi Kresge 28/01/2019 

A Big Food, como são chamadas as grandes empresas multinacionais de alimentos e bebidas, são retratadas como a nova Big Tobacco, as maiores multinacionais da indústria do tabaco, em um relatório abrangente que liga a influência do setor a uma epidemia global de obesidade e também à desnutrição e à mudança climática. A Comissão sobre Obesidade do periódico médico-científico The Lancet considera que um setor focado no crescimento é culpado por um sistema que empanturra as populações com calorias vazias, ao mesmo tempo em que usa indevidamente terras, energia e outros recursos. Sem citar empresas, o relatório divulgado na noite de domingo pediu que a influência do setor liderado por multinacionais como Nestlé, McDonald's e Coca-Cola -- fosse restringida nas discussões relacionadas a políticas públicas. Elaborado durante três anos, o relatório ecoou acusações feitas anteriormente a setores como tabaco, álcool, energia e armas de fogo, por usar influência política para moldar leis, políticas e diretrizes de saúde. O painel composto de 43 membros apontou as proezas do lobby das empresas de alimentos como uma explicação para recomendações nutricionais que às vezes são contrárias a evidências científicas. "Embora os alimentos sejam claramente diferentes do tabaco porque são necessários para sustentar a vida humana, esse não é o caso dos alimentos e bebidas não saudáveis", disse William Dietz, professor da Universidade George Washington e um dos autores, em um comunicado. "As semelhanças com a indústria do tabaco estão nos danos que ambas provocam e no comportamento das corporações que lucram com isso." https://economia.uol.com.br/noticias/bloomberg/2019/01/28/relatorio-culpa-industria-alimentar-por-obesidade-e-desnutricao.htm?cmpid=copiaecola

Texto 3

Mariana Nakajuni

Da Agência Einstein

03/04/2021 04h00

No Brasil, cerca de 20% das pessoas com mais de 18 anos estão obesas, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde de 2019. Frente à covid-19, este cenário pode se agravar. O Nupens (Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da USP) realizou um estudo envolvendo 14.259 indivíduos e mostrou que, durante a pandemia, 19,7% deles tiveram um aumento de ao menos 2 kg em seu peso, enquanto 15,2% dos participantes viram uma redução nos números da balança.

"A pandemia do novo coronavírus complica a situação [da obesidade], pois  leva a um confinamento da população, reduzindo a prática de atividade física e aumentando a ingestão alimentar", explica Paulo Rosenbaum, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein.

Publicada na Revista de Saúde Pública, a pesquisa mostra também que o aumento de peso está associado a pessoas de escolaridade mais baixa. Uma das possíveis razões apontadas é o menor acesso dessa população a produtos frescos, além de uma maior exposição à publicidade de alimentos pouco saudáveis. O estudo também indicou que, entre pessoas que já apresentavam sobrepeso antes da pandemia, há pouca diferença entre a proporção de pessoas que ganharam e perderam peso nesse período —22,7% e 21,4%, respectivamente. "É possível que uma parcela dos participantes com essa condição tenha tido uma maior preocupação com a saúde e procurado desenvolver comportamentos mais saudáveis, com consequente perda de peso", afirmam os pesquisadores. Já o grupo que relatou aumento de peso pode ter sofrido maior impacto emocional dentro do contexto de isolamento. Fonte:  https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2021/04/03/pesquisa-um-em-cada-cinco-brasileiros-ganhou-peso-durante-a-pandemia.htm?cmpid=copiaecola

segunda-feira, 27 de setembro de 2021

Tema 265: Os desafios da saúde preventiva e da saúde pública no Brasil

 

A partir da leitura dos textos motivadores  e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema:   “Os desafios da saúde preventiva e da saúde pública  no Brasil”. Lembre-se de apresentar  de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

Texto 1

Estresse, sedentarismo, má alimentação e tabagismo. O estilo de vida levado pelo brasileiro é um reflexo direto das causas de morte mais frequentes no país. De acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde, são as chamadas “doenças da modernidade” que ocupam o topo do ranking de mortalidade, sendo responsáveis pelo maior número de óbitos de indivíduos de ambos os sexos.  
Por ordem crescente, as cinco doenças que mais matam no Brasil são as doenças hipertensivas (AVC, ataque cardíaco e aneurismas), o diabetes mellitus, a pneumonia, o infarto agudo do miocárdio e, em primeiro lugar, as doenças cerebrovasculares (AVC, derrame cerebral e aneurismas).
Parte da razão que explica a alta incidência dessas doenças está no desconhecimento em relação à importância da medicina preventiva. “As pessoas devem ir ao médico para não adoecer, não porque já estão doentes”, pontua Dr. Henrique Pasqualette, diretor do Centro de Estudos de Pesquisas da Mulher (CEPEM). Essa área médica é voltada à prevenção de doenças por meio de ações antecipadas, como programas de vacinação, exames periódicos, controle de peso e check-ups regulares.
 
A medicina preventiva é divida por quatro vertentes:
 
– Prevenção primária: Busca reduzir ou remover os fatores de risco das doenças, impedindo que ela chegue ao organismo. É o ápice da medicina preventiva. Entre os exemplos estão a imunização por meio de vacinas e o controle de hábitos de vida (evitar o fumo, o sedentarismo…).
 
– Prevenção secundária: Promove detecção precoce de doenças, ainda em estágios iniciais, para impedir a evolução do quadro. “Os exames de diagnóstico – como mamografia, densitometria óssea e papanicolau – são exemplos”, afirma Dr. Henrique.
 
– Prevenção terciária: Limita o impacto negativo da doença, impedindo que ela evolua. “É o caso de mastectomias parciais e radioterapia para remover e controlar o câncer de mama”, diz o especialista.
 
– Prevenção quartenária: Inclui métodos que evitam ou minimizam os efeitos colaterais de intervenções médicas excessivas ou desnecessárias.
 
Todas as cinco doenças que mais matam no Brasil conseguem ser prevenidas e/ou controladas previamente com a mudança na rotina, que inclui desde alteração na dieta e prática de exercícios até aumento da periodicidade dos exames de check-up. “Os fundamentos da medicina preventiva se resumem, basicamente, ao acompanhamento do paciente por meio de exames de rastreio para detecção precoce de doenças, sempre levando em conta a predisposição genética, o histórico clínico e os hábitos de vida adotados”, comenta Dr. Henrique.
Fonte: https://www.cepem.med.br/a-importancia-da-medicina-preventiva-para-a-saude-do-brasileiro/

Texto II

As noções e responsabilidades acerca da saúde das pessoas vêm passando por mudanças ao longo do tempo. Uma dessas inovações é a Saúde Comunitária, que, basicamente, pode ser entendida como iniciativas para melhorar a saúde de um determinado grupo, em vez de atenção isolada em cada indivíduo.  Entende-se que a saúde não está limitada a não existência de doenças, mas sim em um contexto maior, no qual os indivíduos apresentem uma qualidade de vida superior. Nesse campo, a gestão da saúde ganha um patamar mais elevado do que a gestão de doenças. A Saúde Comunitária busca a resolução de problemas que influenciam na vida das pessoas, que incluem o contexto geográfico, social e familiar. Portanto, esse passa a ser um desafio que requer a integração de todos os agentes, públicos e privados, em prol de benefícios coletivos. As doenças causam impactos nas mais diversas esferas da sociedade. Na vida do paciente, nas famílias, nas empresas, nos planos de saúde, nos serviços públicos, etc. Dessa maneira, entende-se que a promoção da saúde é uma necessidade geral e fundamental para a sociedade.  Uma vez que a Saúde Comunitária considera esses fatores, e analisa os problemas de saúde de forma macro, ela passa a ser uma chave para resultados mais concretos e expressivos. Uma pessoa que cuida da própria saúde — se alimenta corretamente, pratica exercícios, etc. — tem menor probabilidade de ficar doente e, consequentemente, necessita de menos tratamentos e produz mais. Supondo que ela conviva em uma família, na qual os demais membros não tenham os mesmos hábitos, ou que more em um bairro sem saneamento básico. Dessa maneira, por mais que um indivíduo isolado cuide dos fatores pessoais, os agentes externos também impactam na saúde e bem-estar deles.

Responsabilidade das empresas

Para as corporações, a Saúde Comunitária é importante, porque, mesmo que a empresa esteja adotando sistemas de gestão da saúde, visando deixar o funcionário mais saudável, os agentes externos podem interferir no pleno funcionamento dessas ações. Dessa maneira, o escopo da empresa com saúde transcende o quadro de funcionário e passa a considerar, também, o contexto social desse indivíduo. Considere uma indústria, que a linha de produção não pode parar, em um caso de epidemia, que contamine muitas pessoas, o quanto isso gerará de prejuízos? 

Portanto, os dirigentes podem adotar iniciativas próprias, visando à melhora do quadro de colaboradores, englobando os familiares, e também campanhas destinadas à comunidade deles e entorno de onde as instalações da empresa ficam. Dependendo do porte e possibilidades da empresa, ela pode estabelecer parcerias com agentes de saúde, convênios, serviços públicos e demais iniciativas, por meio de parcerias, patrocínios, etc. Todavia, independente da abordagem, as estratégias de Saúde Comunitária devem, sempre, estar fundamentada na Atenção Primária de Saúde. Disponível em https://www.imtep.com.br/site/2018/06/08/o-que-e-e-qual-e-a-importancia-da-saude-comunitaria/

 

Texto III

Gestão e financiamento são alguns dos principais problemas do SUS, segundo especialistas. Saúde é uma das principais preocupações do brasileiro e também um dos maiores desafios dos governantes. O sistema de saúde pública que tem a pretensão de atender a todos os brasileiros, sem distinção, apresenta falhas em seus principais programas. Um exemplo é o Saúde da Família, que tem o objetivo de atuar na prevenção de doenças, alterando um modelo de saúde centrado nos hospitais. Em 20 anos, no entanto, nenhum estado alcançou cobertura completa. Apenas dois ultrapassaram os 90% de cobertura: Piauí e Paraíba. Na outra ponta, sete estados têm atendimento abaixo da metade: Amazonas, Rio de Janeiro, Paraná, Roraima, Rio Grande do Sul, São Paulo e Distrito Federal, com 20%. A consequência dessa e de outras falhas são hospitais lotados. Dados do Tribunal de Contas da União (TCU) indicam que 64% dos hospitais estão sempre com superlotação. Apenas 6% nunca estão cheios.  Outro problema nacional é a mão de obra. Não só faltam médicos no interior, mas também estrutura para o atendimento e oportunidades para a capacitação dos profissionais. A formação dos médicos também é questionada. “Os centros de formação formam profissionais para o mercado de saúde. O SUS é uma política pública de Estado, não é mercado. A saúde no SUS é vista como direito social, enquanto que no mercado é vista como mercadoria”, observa o consultor legislativo Geraldo Lucchese.
(Disponível em: http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/SAUDE/480185-SAUDE-PUBLICA-NO-BRASIL-AINDA-SOFRE-COM-RECURSOS-INSUFICIENTES.html - Acesso em: 17 ago. 2017).

 Texto IV

https://www.comciencia.br/sete-em-cada-dez-profissionais-de-saude-publica-nao-se-sente-preparado-para-lidar-com-a-pandemia/


Texto V




segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Tema 264: OS CUIDADOS COM A SAÚDE DOS ATLETAS

A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: OS CUIDADOS COM A  SAÚDE  DOS ATLETAS. Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Estudo publicado em 2016 no periódico Frontiers in Psychology aponta que a prevalência de depressão costuma ser maior em atletas que praticam esportes individuais do que naqueles que disputam competições em equipe. Outra análise, publicada em 2018 pelo European Journal of Sport Science, após acompanhamento pelo período de um ano de atletas de elite, indicou que transtornos de saúde mental ocorreram em 5% a 35% destes esportistas.  

Quando a atleta estadunidense Simone Biles, considerada uma das maiores ginastas de todos os tempos, anunciou que não iria disputar algumas provas em que era a grande favorita nas Olimpíadas de Tóquio, alegando que precisava cuidar de sua saúde mental, abriu-se um grande debate: até que ponto esportistas de alto rendimento podem suportar a sobrecarga emocional imposta pela rotina de treinos, competições e busca por recordes e medalhas?

https://www.terra.com.br/noticias/transtornos-mentais-em-atletas-de-alto-rendimento-gera-debate-sobre-saude-mental,806e4766de9f7e0eeb25345311e8d8d2uf5lsn5c.html

O gesto da atleta a favor da saúde mental não é isolado, mas ataca um campo raramente explorado dentro do esporte, desde as categorias de base até os campeonatos mundiais.

“O atleta sempre foi visto como um super-humano e, portanto, levado a situações e condições extremas para ter um alto desempenho. Isso faz que com frequência potenciais atletas desistam de seus esportes por conta da saúde mental e da cobrança recorrente à performance”, aponta Leo Fukuda, preparador físico na Alice.

Outros esportistas levantaram essa bandeira nos últimos anos como Michael Phelps, Diego Hypólito e, recentemente, a tenista Naomi Osaka, primeira japonesa a conquistar um Grand Slam, quando o atleta ganha os quatro principais torneios de tênis. Em junho deste ano, ela decidiu não participar das coletivas de imprensa da edição 2021 de Roland Garros para evitar estresse. A organização a multou, e Osaka decidiu abandonar a competição. 

Medalhas, recordes, performance e evolução. Da superação ao fracasso no cotidiano, a vida de um atleta traz desafios desde o início suado até o complexo final da carreira. Chegar ao topo da sua modalidade pode deixar a marca na História, mas expõe também a vulnerabilidade do esportista na atual sociedade do desempenho. Ditada não apenas pela avaliação de técnicos e juízes, mas também pelos torcedores, que usam e abusam das redes sociais com suas palavras de apoio, mas também mensagens de ódio.

‍A Ciência já demonstra que os índices de transtornos mentais dos atletas de elite são equivalentes ou superiores aos da população geral. Uma meta-análise desenvolvida a partir da revisão de cinco bancos de dados e mais de 20 artigos científicos publicados até 2018 mostrou que há uma prevalência de sintomas e transtornos de saúde mental, sendo que 19% dos atletas podem apresentar uso indevido de álcool e 34% sintomas de  ansiedade ou depressão. 

https://www.timedesaude.com.br/artigo/simone-biles-atleta-sempre-foi-visto-como-super-humano


quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Tema 263: O PANORAMA DA DESCRENÇA NO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO

A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: O PANORAMA DA DESCRENÇA NO SISTEMA POLÍTICO BRASILEIRO. Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.


Texto 1

Apenas 33,6% dos brasileiros acreditam que o ano de 2021 trará melhora da situação política no país. Os dados são do instituto Paraná pesquisas . De acordo com o levantamento, 46,5% dos entrevistados acreditam que a política brasileira "seguirá a mesma história de sempre" em 2021.

Outros  16,1% dos questionados esperam um ano ainda pior. Somados aos 46,5% que acreditam na manutenção do cenário, o total de entrevistados que não veem perspectiva de melhora é de 62,6%.

Entre os pessimistas (aqueles que acreditam em um ano ainda pior em 2021), os percentuais são maiores entre os moradores do Sul do país (19,9%), os que possuem ensino superior completo  (19,5%) e maiores de 60 anos  (19,5%). https://ultimosegundo.ig.com.br/politica/2021-01-04/63-dos-brasileiros-nao-acreditam-em-melhora-do-cenario-politico-em-2021.html

Texto 2:   Segundo o site do Estadão, apenas 6% dos brasileiros confiam em  políticos.

Texto 3Uma pesquisa do Instituto Locomotiva mostra que a insatisfação dos brasileiros com a política não é apenas impressão: 96% dos entrevistados não se sentem representados pelos políticos em exercício.

94% das pessoas acreditam que os parlamentares estão mais preocupados em se manter no poder do que governar o país, enquanto 78% dizem que não reelegeriam nenhum político.

Renato Meirelles, presidente do instituto, explica que é fácil entender os motivos desse descontentamento: “Foi criada uma cultura de que os políticos são todos iguais e, quando se cria essa cultura, aumenta a demanda pela renovação da política”. https://www.ilocomotiva.com.br/single-post/96-da-populacao-nao-se-sente-representada-pelos-politicos
Texto 4

Entre 137 povos, o brasileiro é o que menos confia em seus políticos. É o que mostra estudo do Fórum Econômico Mundial, em parceria com Fundação Dom Cabral, divulgado nesta quarta-feira (27).

Em uma escala que vai de 1 a 7, a nota de confiança dos políticos brasileiros não passou de 1,3, segundo  o relatório de competitividade global. A título de comparação, Cingapura, que é o primeiro no ranking, marcou 6,4 pontos.

A avaliação é de 200 executivos que atuam no Brasil e foram questionados no ano passado sobre o padrão ético dos políticos do país. 

corrupção é apontada pelo estudo como um dos piores entraves para a competividade do Brasil. Esse item só perde para a (excessiva) carga tributária do país e para a rigidez de nossas leis trabalhistas.

Falhas éticas

No ranking de países mais corruptos, o Brasil está em quinto — atrás apenas de Venezuela, Paraguai, República Dominicana e Chade.

O relatório revela que os problemas éticos não estão restritos ao setor público — como  a Operação Lava Jato já evidenciou. No ranking que mede a ética corporativa, as empresas brasileiras ficaram em 126º de um total de 137 países. 


A expectativa de melhora na política brasileira é mais comum entre os homens (35,4%), entre pessoas que estudaram até apenas o ensino médio (35,4%), e os moradores das regiões Centro-Oeste e Norte. (35,5)Fonte: exame.com


Texto 5

Uma pesquisa do Instituto Locomotiva/Ideia Big Data aponta que 96% dos brasileiros não se sentem representados pelos políticos em exercício no país. O levantamento ainda aponta que 95% dos entrevistados afirmam que os atuais políticos não são transparentes, e 89% acreditam que os políticos não se preparam para desempenhar bem seu mandato.

De acordo com a pesquisa, em geral, a percepção dos brasileiros é que políticos pensam mais nos seus interesses do que nas necessidades da população: 94% afirmam que os políticos estão mais preocupados em se manter no poder do que governar, e 89% acreditam que os políticos não pensam na população para tomar decisões.

Ao mesmo tempo, 93% dos entrevistados afirmam que é preciso formar novas lideranças políticas para mudar o país, e 88% acham que deveria haver mais espaço para cidadãos comuns se candidatarem. Apesar disso, 80% das pessoas afirmam que nunca pensaram em se candidatar em uma eleição.

A pesquisa ainda aponta que a própria população acredita que tem mais condições de promover a renovação na política brasileira (74%). Nove em cada dez dizem que apoiariam um movimento para renovar e melhorar a política no Brasil, e 78% dizem que não votariam em um político que esteja exercendo mandato parlamentar.

A pesquisa foi feita com 1.500 pessoas, com 18 anos ou mais, de 24 a 28 de janeiro de 2018. Ela foi desenvolvida para o projeto RenovaBR, criado para capacitar cidadãos para ingressar na política.

Fonte: ilocomotiva.com.br

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Tema 262: Vazamento de nudes e intimidade compartilhada na internet.

A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: Vazamento de nudes e intimidade compartilhada na internet. Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.



Texto 1 

A divulgação de fotos, vídeos e outros materiais com teor sexual, sem o consentimento do dono, pode ser interpretada pela Justiça como crime (...). O ato pode ser classificado como difamação (imputar fato ofensivo à reputação) ou injúria (ofender a dignidade ou decoro), segundo os artigos 139 e 140 do Código Penal.

O artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) qualifica como crime grave a divulgação de fotos, gravações ou imagens de crianças ou adolescentes em situação de sexo explícito ou pornográfica. Prevê pena de 3 a 6 anos de reclusão e multa para quem publicar materiais que contenham essas cenas com menores de 18 anos.

A Lei 12.737 também criminaliza a invasão de dispositivo informático alheio para obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização do titular. Quem tiver essa conduta pode pagar multa e ser preso por 3 meses a 1 ano. A lei foi apelidada de "Carolina Dieckmann", após a atriz ter seu computador hackeado e suas fotos íntimas divulgadas.

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/04/vitimas-de-nude-selfie-e-sexting-na-internet-dobram-no-brasil-diz-ong.htm


Texto 2
Vítimas de 'nude selfie' e 'sexting' na internet dobram no Brasil

Por Klebet Tomaz


(...) Pesquisa de atendimentos feita pela Safernet revela que garotas de 13 a 15, as quais buscam ajuda psicológica, representam a maioria das vítimas de "nude selfie" e "sexting". A maior preocupação relacionada a essa prática de compartilhamento é que, uma vez on-line, perde-se completamente o controle da foto ou do vídeo íntimo publicado.

"Queremos ajudar os adolescentes a fazerem boas escolhas na rede, para que saibam administrar suas publicações e compartilhamentos, a fim de evitar arrependimentos e situações de perigo - afinal, pessoas mal intencionadas podem se aproveitar dessas imagens", destaca o presidente da Safernet e coordenador da Central Nacional de Denúncias de Crimes Cibernéticos, Thiago Tavares.

http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2014/04/vitimas-de-nude-selfie-e-sexting-na-internet-dobram-no-brasil-diz-ong.html


sábado, 11 de setembro de 2021

Tema 261: POBREZA MENSTRUAL E COMO ELA AFETA AS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE

Proposta de Redação

Para desenvolver seu texto leia os textos motivadores e reflita sobre o tema.

Texto 1

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (26) o Projeto de Lei 4968/19, da deputada Marília Arraes (PT-PE) e outros 34 parlamentares, que prevê a distribuição gratuita de absorventes higiênicos para estudantes dos ensinos fundamental e médio, mulheres em situação de vulnerabilidade e detidas. A matéria será enviada ao Senado.

De acordo com o substitutivo aprovado, da deputada Jaqueline Cassol (PP-RO), por meio do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual serão beneficiadas principalmente as estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino, mas também receberão o produto as mulheres em situação de rua ou de vulnerabilidade social extrema, as mulheres presidiárias e as adolescentes internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa. A faixa etária varia de 12 a 51 anos.

Para atingir parte desse público, as cestas básicas entregues no âmbito do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan) deverão conter o absorvente higiênico feminino como item essencial.

A quantidade, a forma da oferta gratuita e outros detalhes serão estabelecidos em regulamento. Já a implantação do programa deverá ocorrer de forma integrada entre os entes federados, em especial pelas áreas de saúde, assistência social, educação e segurança pública.

Marília Arraes destacou que o tema é um tabu e, uma vez discutido, teve apoio da maior parte dos parlamentares. “A gente está fazendo uma reparação história, uma reparação de um estado, de um sistema de leis feito por homens e para homens e que não pensou nessa política pública essencial para as meninas e mulheres do Brasil”, disse.

A relatora da proposta, deputada Jaqueline Cassol (PP-RO), destacou que a falta de absorvente é causa da evasão escolar durante o período menstrual e também um problema de saúde pública.

“Infelizmente, existem desigualdades sociais, e muitas mulheres ainda recorrem a panos velhos, papel higiênico, miolo de pão e, pasmem, plástico, tornando isso um problema de saúde pública”, disse. Jaqueline Cassol destacou que o tema é um tabu, mas impacta a vida de pelo menos 5,8 milhões de brasileiras.

“Todas as mulheres ao menos uma vez na vida vão menstruar e, se temos meios de garantir a dignidade de brasileiras, esse é o nosso dever”, disse Cassol. 

Fonte CNN

Texto 2

pobreza menstrual afeta mulheres e meninas em todo o mundo. O acesso a produtos sanitários, espaços seguros e higiênicos para utilizá-los e o direito de administrar a menstruação sem vergonha ou estigma são essenciais para quem menstrua.

Mas para muitas, isso não é uma realidade. Este não é apenas um risco potencial para a saúde – também pode significar que a educação de mulheres e meninas, seu bem-estar e, às vezes, vidas inteiras são afetadas.

Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu o direito das mulheres à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. A própria ONU estima que uma em cada dez meninas perdem aula quando estão menstruadas.

No sistema prisional brasileiro, onde 62% das mulheres são negras e 74% são mães, a lei obriga o Estado a fornecer assistência material e de saúde às presas. Mas 60,9% delas entende que a quantidade de absorventes oferecidos é insuficiente. No Brasil, aproximadamente 1,5 milhão mulheres vivem em casas sem banheiros e cerca de 213 mil meninas que frequentam escolas não têm banheiros em condições ótimas de uso – 65% dessas garotas são negras.Fonte: Hypeness

Textos 3 e 4 - Fonte Instagram @_nosmulheres



A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema:  POBREZA MENSTRUAL E COMO ELA AFETA AS MULHERES EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE .


Se escrever na modalidade ENEM, lembre-se de  apresentar proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

PARA ESCREVER SEU TEXTO, PESQUISE, LEIA, ANOTE IDEIAS.