segunda-feira, 20 de setembro de 2021

Tema 264: OS CUIDADOS COM A SAÚDE DOS ATLETAS

A partir do material de apoio e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo, em norma padrão da língua portuguesa, sobre o tema: OS CUIDADOS COM A  SAÚDE  DOS ATLETAS. Apresente, ao final, uma proposta de intervenção social que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de maneira coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Estudo publicado em 2016 no periódico Frontiers in Psychology aponta que a prevalência de depressão costuma ser maior em atletas que praticam esportes individuais do que naqueles que disputam competições em equipe. Outra análise, publicada em 2018 pelo European Journal of Sport Science, após acompanhamento pelo período de um ano de atletas de elite, indicou que transtornos de saúde mental ocorreram em 5% a 35% destes esportistas.  

Quando a atleta estadunidense Simone Biles, considerada uma das maiores ginastas de todos os tempos, anunciou que não iria disputar algumas provas em que era a grande favorita nas Olimpíadas de Tóquio, alegando que precisava cuidar de sua saúde mental, abriu-se um grande debate: até que ponto esportistas de alto rendimento podem suportar a sobrecarga emocional imposta pela rotina de treinos, competições e busca por recordes e medalhas?

https://www.terra.com.br/noticias/transtornos-mentais-em-atletas-de-alto-rendimento-gera-debate-sobre-saude-mental,806e4766de9f7e0eeb25345311e8d8d2uf5lsn5c.html

O gesto da atleta a favor da saúde mental não é isolado, mas ataca um campo raramente explorado dentro do esporte, desde as categorias de base até os campeonatos mundiais.

“O atleta sempre foi visto como um super-humano e, portanto, levado a situações e condições extremas para ter um alto desempenho. Isso faz que com frequência potenciais atletas desistam de seus esportes por conta da saúde mental e da cobrança recorrente à performance”, aponta Leo Fukuda, preparador físico na Alice.

Outros esportistas levantaram essa bandeira nos últimos anos como Michael Phelps, Diego Hypólito e, recentemente, a tenista Naomi Osaka, primeira japonesa a conquistar um Grand Slam, quando o atleta ganha os quatro principais torneios de tênis. Em junho deste ano, ela decidiu não participar das coletivas de imprensa da edição 2021 de Roland Garros para evitar estresse. A organização a multou, e Osaka decidiu abandonar a competição. 

Medalhas, recordes, performance e evolução. Da superação ao fracasso no cotidiano, a vida de um atleta traz desafios desde o início suado até o complexo final da carreira. Chegar ao topo da sua modalidade pode deixar a marca na História, mas expõe também a vulnerabilidade do esportista na atual sociedade do desempenho. Ditada não apenas pela avaliação de técnicos e juízes, mas também pelos torcedores, que usam e abusam das redes sociais com suas palavras de apoio, mas também mensagens de ódio.

‍A Ciência já demonstra que os índices de transtornos mentais dos atletas de elite são equivalentes ou superiores aos da população geral. Uma meta-análise desenvolvida a partir da revisão de cinco bancos de dados e mais de 20 artigos científicos publicados até 2018 mostrou que há uma prevalência de sintomas e transtornos de saúde mental, sendo que 19% dos atletas podem apresentar uso indevido de álcool e 34% sintomas de  ansiedade ou depressão. 

https://www.timedesaude.com.br/artigo/simone-biles-atleta-sempre-foi-visto-como-super-humano


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