sexta-feira, 30 de julho de 2021

Tema 255: relacionamentos abusivos



A partir dos textos de apoio e de suas leituras de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema RELACIONAMENTOS ABUSIVOS.

Texto I

Três de cada cinco mulheres já foram vítimas de relacionamentos abusivos

Novela 'O Outro Lado do Paraíso' retrata estupro no casamento, um crime comum em relacionamentos abusivos e que precisa ser denunciado.

A nova novela das 21h, ‘O Outro Lado do Paraíso’, estreou esta semana falando de um tipo de crime contra a mulher que quase sempre fica escondido entre quatro paredes: o estupro no casamento. Mas esse crime é comum nos relacionamentos abusivos e precisa ser denunciado. “Existe uma ideia geral de que a mulher é obrigada a fazer tudo o que o homem quer, principalmente quando casada. Ela é obrigada a servir sexualmente o homem. Nós estamos em novos tempos. É hora da mulher se colocar, dizer ‘Eu não aceito isso’”, afirma o autor da novela, Walcyr Carrasco.

Segundo um estudo da ONU, três de cada cinco mulheres já foram vítimas de relacionamentos abusivos. O dado motivou a ONG Artemis a criar uma campanha em que mulheres expõem frases agressivas que já ouviram dos parceiros e que muitas vezes são banalizadas.

Fonte: G1. 

Texto II

#NãoéAmorQuando alerta para sinais de relacionamentos abusivos

A Secretaria de Políticas para as Mulheres aproveitará a proximidade do Dia dos Namorados (12) para lançar a campanha #NãoéAmorQuando. Divulgada nas redes sociais – Facebook, Twitter e YouTube – a ação destacará gestos e comportamentos que indicam que a relação caminha para violências.

“Muitas mulheres sofrem violência, e não se dão conta. Quando são xingadas, são expostas em grupos, têm sua autoestima ferida ou até mesmo perdem a autonomia sobre seu patrimônio”, explica a secretária especial de Políticas para as Mulheres, Fátima Pelaes.

De acordo com a Lei Maria da Penha, é considerado crime contra a mulher a violência psicológica, moral, sexual, patrimonial ou física. Há uma vasta literatura que aponta sinais clássicos de comportamentos abusivos e violência psicológica. As mulheres podem se identificar com algum ou alguns deles.

Alguns exemplos de atitudes consideradas abusivas:

- Humilhar e fazer piada a seu respeito quando vocês estão entre amigos;
- Discordar frequentemente das suas opiniões e desconsiderar suas ideias, sugestões e necessidades; 
- Fazer com que você se sinta mal a respeito de si mesma; 
- Dizer que você é “muito sensível” quando você reclama de algo;
- Quer controlar a maneira como você se comporta;  
- Quando você sente que precisa pedir permissão para sair sozinha;
- Controlar seus gastos financeiros; 
- Tentar diminuir seus sonhos, suas conquistas e esperanças; 
- Fazer com que você se sinta sempre errada.

Fonte: http://www.brasil.gov.br/cidadania-e-justica/2017/06/campanha-naoeamorquando-alerta-para-sinais-de-relacionamentos-abusivos 

Texto III


Ao escrever seu texto, lembre-se de apresentar seu ponto de vista e argumentos consistentes para defendê-lo. 

Redação na modalidade ENEM deve apresentar o problema e propostas de intervenção.



Tema 254: O movimento feminista e a luta pelos direitos das mulheres

A partir dos textos de apoio e de suas leituras de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O MOVIMENTO FEMINISTA E A LUTA PELOS DIREITOS DAS MULHERES.  

Texto 1

O filme “As sufragistas”, contextualizado em 1912, retrata a verídica história de um grupo de mulheres britânicas que decidiram organizar um movimento para lutarem pelo direito ao voto. Analisando-se essa ficção, torna-se clara a importância do movimento feminista na luta pelos direitos das mulheres. No entanto, para conseguir compreender o significado dessa importância é necessário derrubar o preconceito que há com o feminismo, distinguindo-o do femismo, e, posteriormente, ressaltar seus impactos na sociedade. Nathalya Beatriz

 

Texto 2

Até o final do século XIX, não era permitido o estudo, voto, leitura e escrita pelas mulheres, isto é, as possibilidades de trabalho e entretenimento eram restritas, sobrando poucas atividades para serem realizadas no dia a dia. Além disso, não existia a possibilidade de conhecer o mundo da política e economia, tão presente na era industrial.

Um grande exemplo da diferenciação entre gêneros foi a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, divulgada durante a Revolução Francesa. Nela, afirmou-se que os direitos básicos dos cidadãos eram restritos aos homens.

Como uma forma de combatê-lo, Olympe de Gouges desenvolveu a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, trazendo à tona a importância das mulheres na política e economia, bem como revelando discussões sobre igualdade de direitos.

Foi, então, no final do século XIX e início do século XX que o movimento ganhou força mundial, sobretudo na Inglaterra e Estados Unidos. Nesse período, a luta girava em torno da igualdade de condições de trabalho nas indústrias, em prol da conquista de salários e cargas de trabalho idênticas.

Ainda, nos Estados Unidos, o movimento das trabalhadoras industriais ganhou forças e tomou outras proporções, evidenciando a necessidade da inclusão das mulheres na política por meio dos votos. Esse período ficou conhecido como sufragista, tendo como destaque as figuras Emmeline Pankhurst e Emily Davison.

Com o passar dos anos, as mulheres foram conquistando o seu espaço e trazendo para debate temas como igualdade salarial, direito à educação, à propriedade, ao divórcio e aos métodos contraceptivos. https://www.stoodi.com.br/blog/historia/feminismo-o-que-e/

Texto 3



Ao escrever seu texto, lembre-se de apresentar seu ponto de vista e argumentos consistentes para defendê-lo. 

Redação na modalidade ENEM deve apresentar o problema e propostas de intervenção.




segunda-feira, 26 de julho de 2021

Tema 253: o esporte como ferramenta de inclusão social

 O esporte brasileiro é repleto de histórias de talento e superação. Inclusive superação financeira neste país que possui acentuada desigualdade social. Nesse contexto, o esporte possui grande impacto e importância como  uma ferramenta de “inclusão social que ameniza as mazelas que assolam a nossa sociedade.” 

No Brasil, as práticas esportivas não eram acessíveis à maioria da população, e a Educação Física passou a ser lecionada em escolas públicas e privadas no século XIX. Desde então, o esporte vem conquistando um espaço importante na vida das pessoas e promovendo práticas mais saudáveis.

Além disso, não são raros os casos de  pessoas que tiveram suas vidas verdadeiramente transformadas pelo esporte. São atletas que sentiram na pele o poder do esporte como ferramenta de inclusão social.

Entre esses casos, podemos mencionar o de atletas com deficiência que encontraram nas práticas esportivas  fonte de recuperação e fortalecimento, com benefícios que vão desde desenvolvimento da autoestima e da autoconfiança, melhoria na qualidade de vida, prevenção de doenças, como ansiedade e depressão, até promoção de laços afetivos.

A inclusão social proporcionada pelo esporte contempla também as pessoas de baixa renda, que enxergam nas práticas esportivas um caminho para a melhoria de sua qualidade de vida. Entre tantas outras histórias de superação, a história de Isaquias Queiroz dos Santos, comoveu o Brasil e o mundo nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. Isaquias, atleta baiano filho de faxineira, teve um desempenho excepcional no evento e conquistou 3 medalhas na canoagem. A sua história, assim como a de milhares de brasileiros, nos ajudam a compreender melhor o papel do esporte no rompimento do ciclo de exclusão.

Políticas Públicas de incentivo ao esporte são fundamentais para estimular  a inserção de novos atletas e para mudar  suas vidas e a de seus familiares. De uma forma ou de outra, é certo que o poder do esporte na inclusão social é imensurável e deve se expandir cada vez mais.   https://atletasnow.com/o-esporte-como-ferramenta-de-inclusao-social/

Atletas como Daiane dos Santos e Rafaela Silva enfrentaram muitas dificuldades financeiras. Rafaela contou a ajuda de uma ONG. Daiane dos Santos, atualmente, desenvolve projetos sociais com crianças de periferia. A medalista de prata no skate, nas Olimpíadas de 2021,, Rayssa Leal, filha de vidraceiro, já precisou fazer vaquinha para poder participar de campeonatos. Esses são alguns entre milhares de casos que retratam a realidade brasileira. 

Atualmente, a delegação brasileira,  composta por 302 atletas, possui 242  bolsistas do benefício Bolsa Atleta, criado no governo do presidente Lula em 2005.


O esporte vai muito além do glamour das competições profissionais que vemos diariamente na televisão. O papel do esporte em uma sociedade é amplo e tem grande relevância para a inclusão social. Em um país onde nossas crianças e jovens têm pouco acesso à educação, cultura e lazer, muitas vezes acabamos os perdendo quando vão para caminhos reprováveis. Por isso, projetos sociais desempenham um importante papel ao retirar esses jovens das ruas e os colocarem na escola realizando atividades esportivas. Fonte: brasilcerto.com.br


Ao falar em inclusão, estamos de acordo com a Declaração Universal de Direitos Humanos e também com a Constituição Federal de 1988, que apresentam direitos que devem se estender a todas as pessoas, sem exceção. Vale dizer ainda que sociedades que apresentam altos índices de exclusão social enfrentam também inúmeros outros problemas, como o aumento da criminalidade e dos índices de pobreza. Fonte: brasilescola.com.br


Após a leitura dos textos de apoio e com base em tuas vivências, escreve um texto dissertativo-argumentativo, sobre o tema: O ESPORTE COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL. Para desenvolver seu texto, você poderá pensar na inclusão de mulheres, de negros, de pessoas com deficiência, de crianças e jovens de baixa renda no meio esportivo.
Para a modalidade ENEM, lembre-se de identificar o problema e de apresentar propostas de intervenção.

terça-feira, 20 de julho de 2021

Tema 252: o panorama da impunidade no Brasil

    A partir dos textos de apoio e de suas leituras de mundo, escreva um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema O PANORAMA DA IMPUNIDADE NO BRASIL. 

Texto 1



Texto 2
A análise é de Agnes Callamard, relatora da ONU sobre Execuções Sumárias. "Por meio de manifestações públicas e persistência, as vítimas tampouco serão esquecidas, e nem os autores. Nem aqueles que puxaram o gatilho nem quem ordenou a execução", disse. "Assassinatos vão continuar sempre que não houver manifestações, onde não houver denúncia ou apelo popular pelo fim de assassinatos sem sentido", apontou a especialista que também acumula o cargo de diretora da iniciativa Liberdade de Expressão Global da Universidade de Columbia.

A relatora está reunindo ainda informações e detalhes para enviar uma carta cobrando uma resposta do governo brasileiro e, portanto, preferiu ainda não comentar a morte específica da vereadora Marielle Franco. Mas deixou claro que o problema de execuções sumárias no Brasil preocupa a comunidade internacional.

Segundo ela, em apenas um ano, ela já denunciou 160 execuções no Brasil em comunicados mantidos com o governo.

"Todos os membros do governo e de partidos políticos devem lidar com a luta contra a impunidade como uma questão de interesse nacional. Trata-se de uma questão de segurança nacional. A impunidade mina e ameaça a segurança da democracia e as instituições democráticas", alertou.   [...]

E qual o papel da sociedade?

A pressão pública e uma demanda por Justiça e contra a impunidade são elementos críticos em lutar contra a impunidade. Assassinatos vão continuar sempre que não houver manifestações, onde não houver denúncia ou apelo popular pelo fim de assassinatos sem sentido. Ainda que denunciar e fazer apelos públicos não sejam suficientes para colocarem fim a práticas ilegais, elas são cruciais. Elas mostram que essas mortes não ocorrem na indiferença, que elas tem um custo, inclusive um custo político. E que esses assassinatos não serão esquecidos. Por meio de manifestações públicas e persistência, as vítimas tampouco serão esquecidas, e nem os autores. Nem aqueles que puxaram o gatilho e nem quem ordenou a execução.
Fonte: jornal Estado de Minas

Texto 3

A impunidade é um fermento para as injustiças.


Texto 4
Ao escrever seu texto, lembre-se de apresentar seu ponto de vista e argumentos consistentes para defendê-lo. 
Redação na modalidade ENEM deve apresentar o problema e propostas de intervenção.

sábado, 10 de julho de 2021

Tema 251: A IMPORTÂNCIA DA REPRESENTATIVIDADE


Texto 1

Minoria é um termo relacionado  à ideia de inferioridade numérica.  Essa palavra também é usada para fazer referência a grupos historicamente oprimidos  social, econômica, política e/ou culturalmente. Nesses casos, a chamada “minoria” não necessariamente é inferior numericamente. É por isso que mulheres e negros são frequentemente enquadrados como minorias, apesar de serem 51,4% e 54% da população brasileira, respectivamente (maiorias numéricas). Nesse sentido, a “maioria” é composta pelos grupos que dominam e oprimem social, econômica, política e/ou culturalmente as minorias. Alguns exemplos mais gritantes: homens, brancos, cisgêneros, heterossexuais (lembrando que na grande salada das relações sociais, as opressões se cruzam, se intensificam ou são amenizadas.  Como “maiorias”, esses grupos dominantes são consequentemente entendidos como a norma, como o padrão de ser humano. 

Como os grupos dominantes são entendidos como “padrão de humanidade”, e como esses grupos também dominam os meios de comunicação, o que  mais vimos  na mídia e no entretenimento são homens, brancos, cisgêneros e heterossexuais. Apenas para se ter uma noção:

– no período entre 2015-2016, apenas 4% dos personagens recorrentes das produções seriadas dos EUA foram gays, lésbicas, bissexuais ou transgêneros.

– Apenas 28% dos personagens com falas nos 100 maiores filmes de 2014 foram mulheres – um decréscimo do período entre 2007-2012, que teve 30,8% de personagens femininas com falas. (Lembrando que 28,8% delas usaram roupas provocativas, e 26,2% ficaram parcialmente nuas).

Autoestima e Empoderamento

De acordo com um estudo de 2012, assistir televisão aumenta a autoestima de meninos brancos ao mesmo tempo que diminui a de meninos negros e de meninas brancas e negras. As pesquisadoras identificaram que tanto a ausência desses grupos nas telas, como os estereótipos negativos com os quais eles são frequentemente representados são os responsáveis por esse resultado. Garotos brancos não enfrentam esse tipo de problema, já que tendem a aparecer em posições de poder e prestígio, com namoradas/esposas maravilhosas e/ou até como super-heróis.

De acordo com Michael Brody, do Comitê de Mídia da Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente: “Crianças são impressionáveis. Elas são impactadas quando não se veem representadas na televisão, e são impactadas quando o grupo de jovens que se parece com elas são representadas fazendo coisas erradas”. Se você quer uma prova maior, assista ao teste da boneca.

Quando eu tinha uns onze anos, fui assistir Star Wars: A Ameaça Fantasma no cinema. Foi o meu primeiro contato de verdade com a franquia e eu amei o filme na época (eu era criança, me deixem). Lembro de ter ficado muito empolgada principalmente na parte da corrida. Eu amava jogos de corrida e, nossa, como eu queria estar na pele do Anakin naquele filme. Durante um bom tempo eu fingi ser o Anakin nas minhas brincadeiras, assim como fingi ser outros protagonistas masculinos queridos ao longo da minha infância. No entanto, nunca fiz isso abertamente, porque mesmo pequena eu tinha uma noção muito forte de que estava me identificando com coisas que não foram feitas pra mim. E eu me sentia errada por isso. Esse Episódio Um de Star Wars me marcou muito porque foi a primeira vez que eu consegui identificar por que eu sentia esse misto de vergonha, ressentimento e inadequação. Eu era menina. E como menina, eu nunca poderia fazer o que o Anakin fazia. Simplesmente não havia precedentes pra isso. 

Acho que são experiências como essas que fazem com que muitas de nós acabemos por desenvolver uma espécie de “misoginia internalizada”. Milhares de pequenos “não podes” baseados em estereótipos de gênero que nos inferiorizam e objetificam vão se somando em nossas vidas até que desenvolvemos um profundo desprezo pelo gênero feminino e ressentimento pelo fato de termos nascido mulheres. O “ser mulher” se torna automaticamente algo ruim, pois significa, à primeira vista, uma existência incompleta e limitada. Aprendemos isso na vida real, e aprendemos isso no cinema e na televisão que, por meio de ausências e participações superficiais e estereotipadas, nos dizem que as experiências femininas não importam tanto quanto as masculinas. Hoje em dia, chego a me emocionar quando vejo filmes com personagens femininas que não são estereotipadas ou definidas tão exclusivamente pelo seu gênero (mães, namoradas, esposas de alguém). Mas é preciso notar que falo da minha própria experiência, de uma posição de privilégio como mulher branca, magra e heterossexual. Apesar de ainda ter pouca representatividade na mídia, ainda assim são mulheres como eu que eu vejo quando elas aparecem. Como eu disse lá em cima, o golpe na autoestima pela falta de representatividade varia dependendo dos grupos aos quais cada um pertence. Fonte: http://nodeoito.com/por-que-representatividade-importa/ 


TEXTO II


Fonte: http://mulheres-incriveis.blogspot.pt/2012/11/whoopi-goldberg.html 


PROPOSTA DE REDAÇÃO

    Com base nos textos de apoio e nas suas vivências, escreva um texto  dissertativo-argumentativo sobre o tema:  A IMPORTÂNCIA  DA REPRESENTATIVIDADE. 

    Para produzir seu texto, você poderá levar em consideração o quanto é importante se sentir representado; o que realmente queremos dizer quando buscamos representatividade em filmes, séries, novelas, quadrinhos, livros e todas as produções culturais que nós consumimos e fazemos parte; o quanto a representatividade influencia em nossa formação e nas nossas escolhas. Lembre-se também de levar em conta  a diversidade cultural brasileira. 

Tema 250: O SENSACIONALISMO E A ESPECULAÇÃO DE TRAGÉDIAS.

 Texto 1



Texto II

O povo é, desde os tempos mais remotos, deslumbrado por histórias em que há a constante luta entre o bem e o mal, por episódios em que o vilão sucumbe e o herói é vitorioso. Transpondo essas histórias para a atualidade, a mídia menciona o vilão como o criminoso, e a lei como o armamento à disposição do herói para, bravamente, derrotar o vilão. Assim, rádio, TV, outdoors, internet, jornais etc., por seus respectivos profissionais, têm a função de manter os cidadãos informados, que, por sua, vez, têm o direito à informação.

No entanto, a mídia vem abandonando sua função, pois se preocupa demasiadamente em obter maiores índices de audiência do que em, de fato, informar, de modo singelo e imparcial.

https://carolinewang94.jusbrasil.com.br/artigos/321502995/midia-sensacionalista-a-influencia-dos-veiculos-de-comunicacao-no-direito-penal, com ajustes

Texto III

Por que os brasileiros andamos com tanto medo ultimamente? (...) A insegurança no mundo moderno está cada vez mais ligada à ascensão da violência, que, por sua vez, promove a base e o fortalecimento de um imaginário do medo, que, por sua vez, desfigura e entorpece a realidade, agiganta e avoluma insignificâncias, e, ao final, produz fantasmas.

Sentimos tantos medos, e a maioria deles é infundado – provavelmente porque boa parte da mídia nos bombardeia com histórias sensacionalistas publicadas para aumentar os índices de audiência. Os estudiosos chamam essa tese de “teoria dos efeitos da mídia”. De fato, a cobertura jornalística sensacionalista tem efeitos marcantes no emocional dos leitores/ espectadores: “deu no jornal” tem a força de uma parábola evangélica. É o imaginário do medo.

Alguns telejornais sobrevivem com base em manchetes alarmistas; já existem até programas em que policiais fardados atuam como se fossem “atores”, com a câmera dentro da viatura, e os “suspeitos” são entrevistados como pessoas famosas. Para competir por índices de audiência, os programas de reportagens policialescas apresentam enredos que estarreceriam os melhores roteiristas de seriados de terror.

Estou convicto de que os produtores de programas policiais, geralmente, deixam que os relatos emotivos se sobressaiam à informação objetiva. Sabem que isso garante não só a audiência, como também os anúncios.

http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/2013/06/01/a-midia-e-o-medo-a-inseguranca-real-e-a-imaginaria/, com ajustes

Texto IV

A opção por uma prática jornalística centrada prioritariamente na (...) cobertura alarmante de casos de violência e escândalos (...) produz, quase sempre, avaliação crítica (...). Caracterizado como sensacionalista, o jornalismo daí proveniente é rapidamente identificado como de péssima qualidade, de mau gosto (...), em clara oposição não só à chamada imprensa de referência, com também aos pressupostos normativos do jornalismo. Para além de seu conteúdo, a prática da cobertura sensacionalista está fundada, em princípio, em outras bases: uma delas é a forma de expressão, que se utiliza de uma linguagem oralizada, carregada de exagero e com grande peso nas imagens, o que estimula o apelo e às sensações; outra é condição funcional – explica-se: esse tipo de jornalismo está inserido numa lógica empresarial, como um elemento importante de uma estratégia mercadológica que transforma a notícia num produto espetacular, barato, rápido e de fácil consumo (...). A organização jornalística, para atender objetivos econômicos, levaria o jornalista envolvido na produção sensacionalista a compreender que ele precisa descobrir os pormenores das histórias humanas, e extrair cargas apelativas capazes de chocar a audiência, o que, consequentemente, aumentaria a circulação do jornal.

http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/marcos-na-historia-do-jornalismo-sensacionalista-a-construcao-de-uma-estrategia-mercadologica-na-imprensa, com
ajustes

Texto V

Sensacionalismo é o nome que se dá para uma certa postura na comunicação em massa, em que os eventos e assuntos das histórias são exibidos de maneiras muito exageradas, para aumentar a audiência dos telespectadores ou dos leitores. Pode incluir notícias sobre assuntos insignificantes e eventos que não influenciam a sociedade em geral, além de envolver apresentações tendenciosas de temas populares de uma maneira trivial, em formas de tabloide. Algumas táticas conhecidas incluem abordagens insensíveis, apelações emotivas, criação de polêmicas, notícias com fatos intencionalmente omitidos. Basicamente, quaisquer formas de se obter forte atenção popular.

Toques do sensacionalismo já poderiam ser notados na Roma Antiga com sua Acta Diurna: que eram relatos e anúncios oficiais que eram produzidos e exibidos diariamente em murais públicos, que serviam para espalhar as notícias para as populações não alfabetizadas. O sensacionalismo também pode ser encontrado em livros do século XVI, no entanto, os historiadores afirmam que essa era apenas uma forma de ensinar lições de moral para as pessoas. O sensacionalismo surgiu como uma forma de trazer um novo nicho de audiência para as notícias. Esse método de jornalismo foi fortemente usado sobre as classes sociais inferiores, classes essas que tinham menos interesse em obter informações s sobre outros assuntos como política e economia. Assim, o público se sentia mais interessado nos jornais.   

PROPOSTA DE REDAÇÃO: a partir da leitura dos textos motivadores  e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: O SENSACIONALISMO E A ESPECULAÇÃO DE TRAGÉDIAS.  Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.