sábado, 10 de julho de 2021

Tema 250: O SENSACIONALISMO E A ESPECULAÇÃO DE TRAGÉDIAS.

 Texto 1



Texto II

O povo é, desde os tempos mais remotos, deslumbrado por histórias em que há a constante luta entre o bem e o mal, por episódios em que o vilão sucumbe e o herói é vitorioso. Transpondo essas histórias para a atualidade, a mídia menciona o vilão como o criminoso, e a lei como o armamento à disposição do herói para, bravamente, derrotar o vilão. Assim, rádio, TV, outdoors, internet, jornais etc., por seus respectivos profissionais, têm a função de manter os cidadãos informados, que, por sua, vez, têm o direito à informação.

No entanto, a mídia vem abandonando sua função, pois se preocupa demasiadamente em obter maiores índices de audiência do que em, de fato, informar, de modo singelo e imparcial.

https://carolinewang94.jusbrasil.com.br/artigos/321502995/midia-sensacionalista-a-influencia-dos-veiculos-de-comunicacao-no-direito-penal, com ajustes

Texto III

Por que os brasileiros andamos com tanto medo ultimamente? (...) A insegurança no mundo moderno está cada vez mais ligada à ascensão da violência, que, por sua vez, promove a base e o fortalecimento de um imaginário do medo, que, por sua vez, desfigura e entorpece a realidade, agiganta e avoluma insignificâncias, e, ao final, produz fantasmas.

Sentimos tantos medos, e a maioria deles é infundado – provavelmente porque boa parte da mídia nos bombardeia com histórias sensacionalistas publicadas para aumentar os índices de audiência. Os estudiosos chamam essa tese de “teoria dos efeitos da mídia”. De fato, a cobertura jornalística sensacionalista tem efeitos marcantes no emocional dos leitores/ espectadores: “deu no jornal” tem a força de uma parábola evangélica. É o imaginário do medo.

Alguns telejornais sobrevivem com base em manchetes alarmistas; já existem até programas em que policiais fardados atuam como se fossem “atores”, com a câmera dentro da viatura, e os “suspeitos” são entrevistados como pessoas famosas. Para competir por índices de audiência, os programas de reportagens policialescas apresentam enredos que estarreceriam os melhores roteiristas de seriados de terror.

Estou convicto de que os produtores de programas policiais, geralmente, deixam que os relatos emotivos se sobressaiam à informação objetiva. Sabem que isso garante não só a audiência, como também os anúncios.

http://www.folhavitoria.com.br/economia/blogs/gestaoeresultados/2013/06/01/a-midia-e-o-medo-a-inseguranca-real-e-a-imaginaria/, com ajustes

Texto IV

A opção por uma prática jornalística centrada prioritariamente na (...) cobertura alarmante de casos de violência e escândalos (...) produz, quase sempre, avaliação crítica (...). Caracterizado como sensacionalista, o jornalismo daí proveniente é rapidamente identificado como de péssima qualidade, de mau gosto (...), em clara oposição não só à chamada imprensa de referência, com também aos pressupostos normativos do jornalismo. Para além de seu conteúdo, a prática da cobertura sensacionalista está fundada, em princípio, em outras bases: uma delas é a forma de expressão, que se utiliza de uma linguagem oralizada, carregada de exagero e com grande peso nas imagens, o que estimula o apelo e às sensações; outra é condição funcional – explica-se: esse tipo de jornalismo está inserido numa lógica empresarial, como um elemento importante de uma estratégia mercadológica que transforma a notícia num produto espetacular, barato, rápido e de fácil consumo (...). A organização jornalística, para atender objetivos econômicos, levaria o jornalista envolvido na produção sensacionalista a compreender que ele precisa descobrir os pormenores das histórias humanas, e extrair cargas apelativas capazes de chocar a audiência, o que, consequentemente, aumentaria a circulação do jornal.

http://www.ufrgs.br/alcar/encontros-nacionais-1/9o-encontro-2013/artigos/gt-historia-do-jornalismo/marcos-na-historia-do-jornalismo-sensacionalista-a-construcao-de-uma-estrategia-mercadologica-na-imprensa, com
ajustes

Texto V

Sensacionalismo é o nome que se dá para uma certa postura na comunicação em massa, em que os eventos e assuntos das histórias são exibidos de maneiras muito exageradas, para aumentar a audiência dos telespectadores ou dos leitores. Pode incluir notícias sobre assuntos insignificantes e eventos que não influenciam a sociedade em geral, além de envolver apresentações tendenciosas de temas populares de uma maneira trivial, em formas de tabloide. Algumas táticas conhecidas incluem abordagens insensíveis, apelações emotivas, criação de polêmicas, notícias com fatos intencionalmente omitidos. Basicamente, quaisquer formas de se obter forte atenção popular.

Toques do sensacionalismo já poderiam ser notados na Roma Antiga com sua Acta Diurna: que eram relatos e anúncios oficiais que eram produzidos e exibidos diariamente em murais públicos, que serviam para espalhar as notícias para as populações não alfabetizadas. O sensacionalismo também pode ser encontrado em livros do século XVI, no entanto, os historiadores afirmam que essa era apenas uma forma de ensinar lições de moral para as pessoas. O sensacionalismo surgiu como uma forma de trazer um novo nicho de audiência para as notícias. Esse método de jornalismo foi fortemente usado sobre as classes sociais inferiores, classes essas que tinham menos interesse em obter informações s sobre outros assuntos como política e economia. Assim, o público se sentia mais interessado nos jornais.   

PROPOSTA DE REDAÇÃO: a partir da leitura dos textos motivadores  e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema: O SENSACIONALISMO E A ESPECULAÇÃO DE TRAGÉDIAS.  Apresente proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

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