terça-feira, 1 de novembro de 2016

Tema 221: Mosquito Aedes Aegypti

Após  a leitura do    TEXTO INFORMATIVO – MOSQUITO  AEDES  AEGYPTI  e dos trechos abaixo, tu deverás produzir um texto cujas instruções estão no final desta folha.
           
            O Ministério da Saúde adverte
            O ministro da Saúde, Marcelo Castro, admitiu nesta no fim de 2015 que o Brasil não combateu o mosquito Aedes aegypti, "para vencer" - o que teria levado o país a enfrentar uma epidemia de Zika, febre chikungunya e dengue, com mais de 1,5 milhão de casos. Castro participou de uma reunião com prefeitos de Pernambuco em Gravatá (a 80 km do Recife), Estado com maior número de casos de microcefalia.  […] O ministro ainda deu um puxão de orelha nos gestores pernambucanos por cobrarem mais recursos. "Não é só falta de dinheiro, é também má gestão, desvio de recursos, gente inescrupulosa fazendo miséria com dinheiro público. Nós temos que ser o máximo eficiente possível para ter moral, para ir à opinião pública de maneira enfática pedir mais recurso. Mas para isso a sociedade precisa saber que o seu dinheiro será bem aplicado", afirmou.  [UOL Ciência e Saúde]
            Derrota por 7 X 1
            Como podemos destacar o papel do poder público no combate ao mosquito, já que essa epidemia não é uma coisa nova? Onde está o erro?  O erro está no modelo de desenvolvimento econômico que o Brasil adotou há 500 anos. Não é um erro do gestor atual, mas deste processo de desenvolvimento econômico, que privilegia o crescimento urbano acelerado e desorganizado sem o devido suporte dos instrumentos necessários para atender a população, como, por exemplo, coleta regular de resíduos sólidos, fornecimento de água de modo regular para consumo doméstico.
            No combate ao Aedes aegypti, a educação da população também é um fator a ser explorado?
            Sim, mas não a educação de ensino regular. Veja só, se você andar pela rua, vai cansar de ver gente jogando latinha fora do lixo. Enquanto persistir isso, não tem solução. A gente tem que se conscientizar.  Sabe o jogo do Brasil com a seleção alemã, o 7 a 1? Então... Há trinta anos  tem dengue no Brasil, e nós estamos perdendo de 7 a 1 na luta contra esse mosquito. Nós estamos usando uma estratégia que não está dando certo. [Entrevista do Dr. Rivaldo V. Cunha, diretor da Fiocruz em MS]
                                                          Dificuldades do combate
            O que é feito para eliminar o mosquito?
            A maior parte dos criadouros são encontrados em residências. Por isso, campanhas de conscientização da população costumam ser feitas. Além disso, agentes sanitários visitam imóveis para encontrar focos de larvas do inseto e exterminá-las com larvicidas e inseticidas mais potentes do que os vendidos no mercado. Entrar em imóveis particulares é um complicador, segundo o infectologista Kleber Luz, professor do Instituto de Medicina Tropical do Rio Grande do Norte. Muitos moradores não permitem a entrada dos funcionários públicos com medo de serem falsos agentes prontos para um assalto.
            É possível erradicar o Aedes aegypti do país?
            "Hoje consideramos impossível erradicar o Aedes aegypti. O programa de erradicação se tornou inviável. A ideia agora é manter a quantidade de mosquitos a níveis seguros para impedir a transmissão de doenças", afirma Valle. A bióloga diz que a adoção de fumacês, por exemplo, gera mosquitos mais resistentes. "Hoje, levamos de 20 a 30 anos para desenvolver um inseticida e, em dois anos, ele perde sua eficácia por causa do uso abusivo."
            O que pode ser feito para reduzir o número de mosquitos?
            O país vem buscando usar as novas tecnologias para combater o mosquito. A maior aposta é o uso de mosquitos Aedes aegypti transgênicos, ou seja, cujo genoma é modificado em laboratório e "pode promover uma população de mosquitos estéreis", ressalta Arruda, da Sociedade Brasileira de Infectologia. [UOL Ciência e Saúde]

             Proposta de redação
            A partir das tuas leituras de mundo e dos textos informativos, escreve  um texto  dissertativo-argumentativo, na norma culta da língua portuguesa, respondendo a esta pergunta:
             Por que o Brasil não consegue vencer o Aedes aegypti?
            A redação deve ter no mínimo 15 e no máximo 30 linhas escritas;
            De preferência, dê um título à sua redação.


O adolescente e as drogas

O adolescente e as Drogas

      A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano em que ocorrem muitas mudanças, é uma fase conflituosa da vida devido às transformações físicas e emocionais vividas. Surge a curiosidade, os questionamentos, a vontade de conhecer, de experimentar o novo mesmo sabendo dos riscos, e um sentimento de ser capaz de tomar as próprias decisões. É o momento que o adolescente procura sua identidade, não mais se baseando nas orientações dos pais, mas  também nas relações que constrói principalmente com o grupo de amigos.      Para a grande maioria dos jovens, ter experiências novas (lugares, músicas, amigos e também drogas) não necessariamente trará problemas permanentes, e muitos se tornarão adultos saudáveis. Mas há jovens que passam a ter problemas a partir dessas experiências,e por conta disso a adolescência é um período de risco para o envolvimento com as drogas. Ao menos em parte, os riscos podem ser atribuídos às próprias características da adolescência tais como:

  • necessidade de aceitação pelo grupo de amigos
  • desejo de experimentar comportamentos visto como "de adultos"
  • sensação de onipotência "comigo isso não acontece"
  • grandes mudanças comportamentais gerando insegurança
  • aumento da impulsividade
A curiosidade natural dos adolescentes é um dos fatores de maior influência na experimentação de álcool e outras drogas, assim como a opinião dos amigos. Essa curiosidade o faz buscar novas sensações e prazeres, o adolescente vive o presente e na sua busca por realizações imediatas  o efeito das drogas vai  de encontro a isto, proporcionando prazer  imediato. O modismo é outro aspecto importante relacionado ao uso de substâncias entre adolescentes, pois reflete a tendência do momento, e os adolescentes são particularmente vulneráveis a estas influências. Afinal estão saindo da infância e começando a sentir o prazer da liberdade nas pequenas coisas, desde a escolha de suas próprias roupas, e atividades de lazer, até a definição de qual será seu estilo.  A pressão da turma, o modelo dos ídolos e os exemplos que os jovens tiveram dentro de casa.

O papel da família na formação do adolescente

         A família, por sua vez, pode atuar com o um fator de risco ou protetor para o uso de substância psicoativas. Filhos de dependentes de álcool e drogas apresentam risco quatro vezes maior de também se tornarem dependentes. Mas o desenvolvimento da dependência irá depender da interação de:
  • aspectos genéticos
  • características de personalidade
  • fatores ambientais, que poderão ser protetores ou até mesmo de risco para o uso de drogas
         É de fundamental importância o papel da família na formação do adolescente. é função da família fazer com que a criança aprenda a lidar com limites e frustrações.
Crianças que crescem em um ambiente com limites e regras claras, geralmente são mais seguras e sabem o que podem e o que não podem fazer. Quando se deparam com um limite, sabem lidar com a  frustração. Crianças criadas sem regras claras, buscam testar os limites dentro de casa, adotando um comportamento desafiador com os pais e, posteriormente, ao entrar na adolescência, repetem esse mesmo comportamento  desafiador fora de casa. Além disso por não estarem acostumados a regras e limites, não aceitam quando estes lhe são impostos. Alguns estudiosos afirmam que adolescentes desafiadores e que não sabem lidar com frustrações, apresentam maior risco para o uso de drogas. Por outro lado, o monitoramento por parte dos pais  e um bom relacionamento entre eles, é um importante fator de proteção em relação ao uso de drogas.

Fatores internos

Dentre os  fatores internos que podem facilitar o uso de álcool e drogas pelos adolescentes se destacam:

  • insatisfação
  • insegurança
  • sintomas depressivos
         Os jovens precisam sentir que são bons em alguma atividade, sendo que este destaque representará sua identidade e sua função dentro do grupo. O adolescente que não consegue se destacar, seja nos esportes, estudos, relacionamentos sociais, dentre outros, ou que se sente inseguro quanto ao seu desempenho, pode buscar nas drogas a sua identificação, além de empurrá-lo para experimentar atividades nas quais ele se sinta mais seguro.
         Os sintomas depressivos na adolescência,  são por um lado normais, em virtude das grandes mudanças biológicas e psíquicas, mas  muitas vezes podem apresentar fator de risco. O jovem que está triste ansioso ou desanimado, pode buscar atividades ou coisas que o ajudem a se sentir melhor. Neste sentido as drogas podem proporcionar, de forma imediata, uma melhora ou alívio a esses sintomas. Quanto mais impulsivo e menos tolerante  à frustração for o adolescente, maior será esse risco.
         Alguns estudos mostram que adolescentes que apresentam sintomas depressivos (se isolam da família e amigos, sentem-se infelizes, descontentes e incompreendidos, com baixa autoestima) passam mais rápido da fase de experimentação para o abuso e, consequentemente, para a dependência.

Outros aspectos importantes em relação os uso de drogas na adolescência


  1. É no período entre a adolescência e o início da idade adulta que ocorrem os maiores níveis de experimentação e problemas  relacionados ao uso de álcool e outras drogas.
  2. Muitos jovens, apesar do pouco tempo de uso de substâncias, passam muito rapidamente de um estágio de consumo para outro, além de fazerem o uso de várias substâncias ao mesmo tempo. Por outro lado, uma grande parcela deles diminui significativamente o consumo no início da fase adulta, para adequar-se às obrigações da maturidade, (trabalho, casamento e filhos).
  3. Vários estudos demonstram que quanto mais cedo se inicia o uso de drogas, maior a chance de desenvolvimento de dependência.
Principais fatores de risco no período da adolescência
  • grande disponibilidade de drogas
  • maior tolerância em relação ao consumo de algumas substâncias
  • Estresse gerado por conflitos familiares e falta de estrutura familiar como: pais distantes, dificuldade dos pais estabelecerem limites para o adolescente, mudanças significativas (de cidade, perda de um dos pais)
  • características de personalidade: baixa autoestima, baixa autoconfiança, agressividade, impulsividade, rebeldia, dificuldade de aceitar ser contrariado
  • transtornos psiquiátricos: de conduta, de hiperatividade e déficit de atenção, depressão, ansiedade e outros transtornos de personalidade.
Fonte: http://www.vidasemdrogas.org/adolecencia.html