domingo, 3 de outubro de 2021

Tema 267: OS DESAFIOS PARA ENFRENTAR A CRISE HÍDRICA NO BRASIL

     A     partir da leitura dos textos motivadores  e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo, em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema:  OS DESAFIOS PARA ENFRENTAR A CRISE HÍDRICA NO BRASIL. Lembre-se de apresentar  propostas de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.

tEXTO 1

CRISE HÍDRICA

     Crise hídrica é como tem sido chamada a falta de água para abastecimento humano em grandes cidades brasileiras, principalmente na Região Metropolitana de São Paulo, entre 2013 e 2015, e no Distrito Federal, desde o final de 2016 até o presente. Embora essas cidades situem-se em regiões de altos índices de pluviosidade anual, elas foram atingidas por secas extremas, que colapsaram seus reservatórios de abastecimento hídrico, e seus moradores foram submetidos a estratégias de racionamento de água.  As causas dessas crises não se resumem à falta irregular de chuvas. Elas são o resultado de um somatório de fatores, que incluem as anomalias meteorológicas, mas envolvem, também, má gestão dos recursos hídricos, falta de infraestrutura de abastecimento capaz de acompanhar o aumento da demanda, educação para um consumo racional de água, redução de desperdícios, uso de fontes alternativas aos reservatórios e controle de problemas ambientais, especialmente o desmatamento e a poluição.

    A escassez de água também atinge, de forma crônica, o semiárido nordestino, onde as secas são fenômenos naturais recorrentes. A seca que assola a região desde 2011 é considerada a mais forte dos últimos sessenta anos. Nessa região, a atuação governamental tem se pautado em ações emergenciais, de suprimento de água e assistência social. Os esforços no sentido de promover atividades econômicas adaptadas às condições climáticas regionais têm sido insuficientes.

   Eventos extremos vêm se acumulando no Brasil, nas últimas duas décadas. Além da crise hídrica no Sudeste e no DF e a forte seca que assola o Nordeste, acrescentem-se secas intensas em 2005 e 2010 e enchentes em 2009, 2012, 2014 e 2015 na Amazônia; chuvas extremas e consequentes deslizamentos de terra em 2011 e 2013, na Região Serrana do Rio de Janeiro, que deixaram centenas de mortos; tornado de Xanxerê (SC), em 2015; e inúmeros outros desastres registrados em todo território nacional pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil. Esses eventos enquadram-se nas projeções de aumento da frequência e da intensidade dos eventos extremos decorrentes das mudanças climáticas, do Intergovenmental Panel on Climate Change (IPCC). Portanto, não se pode negligenciar a possível correlação entre os desastres ocorridos nos últimos anos e as mudanças climáticas. Medidas adaptativas precisam ser adotadas, de forma a evitar que eventos extremos ocasionem desastres.  Fonte: https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/estudos-e-notas-tecnicas/fiquePorDentro/temas/crise-hidrica-mar-2018

Texto 2

A crise hídrica - e a consequente crise energética - têm um forte impacto no meio ambiente. Em nota técnica, o Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) explica que isso acontece porque com a falta de chuvas e o desabastecimento dos reservatórios hídricos utilizados para abastecer as usinas hidrelétricas, houve o acionamento das termelétricas movidas a combustíveis fósseis, como carvão, derivados do petróleo e gás.

Por cona disso, o IEMA espera um grande aumento das emissões de gases de efeito estufa provenientes do setor elétrico, com impactos na qualidade do ar, limitações para a ampliação das demais fontes renováveis e um potencial agravamento da crise hídrica no futuro, caso se mantenha a estratégia das termelétricas em detrimento das energias renováveveis.

“Para evitar quadros futuros de risco de abastecimento, indica-se que o planejamento reveja os critérios para a contratação de energia no médio e longo prazo, evitando o cancelamento de leilões do ambiente regulado, como foi o caso em 2020, ou a baixa contratação registrada nos últimos leilões de energia nova e existente”, explica Ricardo Baitelo, coordenador de projetos do IEMA.

Usinas termelétricas também demandam água

Apesar da utilização de água das usinas termelétricas serem menores, essa forma de gerar eletricidade também demanda água para o seus sistemas de resfriamento. Segundo o IEMA, 23 das 57 termelétricas cadastradas nos leilões propõem a utilização de água doce para tal, e pior, proveniente de bacias hidrológicas com balanço hídrico crítico ou muito crítico.

Além disso, apenas 18 dessas usinas ficam em municípios servidos por uma ou mais estações de monitoramento da qualidade do ar. Um instrumento fundamental para "saber a concentração de poluentes no ar respirado pela população local", conforme revela a nota técnica.

Energia eólica e solar são a solução ambiental mais correta, mas são desconsideradas no âmbito político

Nos últimos vinte anos, o Brasil o reduziu sua dependência de energia gerada por hidrelétricas. Porém, ainda em 2020, 65,2% da energia consumida pelo País foi gerada a partir da água. Um cenário que tende a ser cada vez mais raro em um contexto de mudanças climáticas em nível global.

A diversificação de matrizes energéticas é urgente, e a única possibilidade para sustentar o crescimento econômico que o País precisa para superar a pobreza e a desigualdade. Contudo, a energia gerada por termelétricas parece ser uma opção ruim no curto e, principalmente, no longo prazo, respectivamente pelo preço aos consumidores e pelo preço ambiental a se pagar.

“A segurança da oferta de eletricidade pode ser garantida pela contratação de fontes renováveis flexíveis e termelétricas à biomassa. O desenvolvimento das regras para a regulação de sistemas de armazenamento de eletricidade no sistema elétrico permitirá sua inserção ao longo desta década, apoiando a descarbonização da matriz", conclui Baitelo. 

Fonte: https://recontaai.com.br/crise-energetica-gera-forte-impacto-ambiental-no-brasil-alerta-iema

Texto 3



Texto 4

O Brasil vive a pior crise hídrica registrada nos últimos 91 anos, com escassez de chuvas, reservatórios em níveis baixos e maior demanda por energia em razão da reativação da economia para patamares pré-pandemia em vários setores. Fatores que, combinados, levaram o governo federal a tomar uma série de iniciativas.

Em entrevista ao programa Brasil em Pauta deste domingo (19), o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Christiano Vieira, lembrou que as crises hídricas se transformaram em um desafio global. “Quando pensamos em mudanças climáticas, olhamos e verificamos mudanças nos padrões de chuva por todo o mundo”.  Vieira se referiu ao período atual registrado no país como de “seca excepcional” e destacou que a governança do setor elétrico, desde 2003, conta com um comitê de monitoramento do setor que avalia de forma permanente as condições de oferta e demanda e faz recomendações.

“Dentre essas recomendações, inclui-se geração de usinas termelétricas mais caras de forma antecipada para preservar água nos reservatórios e a importação de energia elétrica de países vizinhos.”

O secretário também reforçou que a chamada estação úmida registrada no país em 2020 atrasou, começando somente no final de dezembro, e foi mais curta, terminando em março e não em abril. “Se revelou um dos piores períodos úmidos do histórico que temos”.

Sobre o risco de racionamento de energia no Brasil, Viera disse que todas as medidas que estão sendo adotadas são justamente para que não haja esse risco.

“Avaliamos como a carga está se comportando, como a oferta está se comportando em termos de incremento, como os recursos aportados pelo sistema como vento, sol e chuva estão se caracterizando. Com a evolução desses eventos, medidas adicionais são adotadas quando necessário. No momento, não há indicação de que sejam necessárias novas medidas.” Fonte: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2021-09/brasil-em-pauta-discute-os-desafios-da-crise-hidrica-no-pais

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