Desde 2020, em meio à pandemia do
coronavírus, o número de pessoas que foram vítimas de golpes financeiros na
internet aumentou de forma alarmante no Brasil. O assunto é extremamente
recente e relevante para o debate sobre segurança e privacidade digital e, por
isso, merece a nossa atenção.
Leia os textos motivadores a seguir e, com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua
formação, redija um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema “Golpes financeiros na internet”.
TEXTO 1
No primeiro
semestre, Brasil registrou uma tentativa de golpe financeiro a cada seis
segundos
Você já recebeu uma mensagem dizendo
que seu cartão de crédito foi clonado? Ou ligações de supostos bancos para a confirmação
de seus dados? A maioria dessas investidas, na verdade, é golpe. É o que
registrou o último levantamento da empresa de segurança PSafe, por meio de seu
setor de inteligência de dados Dfndr Enterprise. No primeiro semestre deste
ano, o Brasil contabilizou uma tentativa de golpe financeiro a cada seis
segundos, totalizando 2,3 milhões ataques. Só no Paraná, o relatório
identificou mais de 88,3 mil atuações criminosas.
Os dados alarmantes corroboram também
com o levantamento da Febraban – Federação Brasileira de Bancos – que mostra
que os golpes da falsa central telefônica e falso funcionário de banco tiveram
crescimento de 340% apenas no primeiro bimestre deste ano. Se contabilizadas
todas as tentativas de fraudes, é possível que o volume seja de uma tentativa a
cada três segundos, na visão de Emilio Simoni, diretor do Dfndr Lab e líder do
levantamento.
A fraude mais comum registrada pelo
estudo da PSafe é a de golpes de SMS enviados em massa. Os golpistas enviam
notificações via mensagem alertando que as credenciais bancárias foram
clonadas, o cartão foi bloqueado ou foram realizadas compras indevidas. Ao
receber a notificação, o usuário é direcionado para um site fraudulento do
banco montado apenas para captar dados de login e senha de sistemas como
internet banking. O criminoso de posse destes dados pode fazer movimentações
bancárias se passando pela vítima.
Infelizmente, as investidas não param
por aí. Outra estratégia comum é a clonagem de WhatsApp. No primeiro semestre
de 2021, foram mais de 1,1 milhão de clonagens no Brasil. No Paraná, o valor é
de 51,6 mil detecções, apenas neste ano.
Outro dado preocupante é o número de
credenciais vazadas no mundo. Neste modelo, o hacker invade sistemas de
empresas e capta credenciais para acessar e-mails ou portais pessoais das
vítimas. Esta modalidade cresceu 726% de 2019 a 2020. Só nos primeiros meses de
2021, foram 4,6 bilhões de credenciais vazadas no mundo. A tendência é que o
número atinja 10 bilhões de vazamentos até o fim do ano.
Para Marco DeMello, CEO da PSafe, o
uso da inteligência artificial por criminosos cibernéticos torna a internet
mais perigosa a cada ano. “Os cibercriminosos conseguiram evoluir 10 anos em
apenas seis meses, com o uso da inteligência artificial. No passado, para que
uma invasão a um site ocorresse, era necessário que um hacker altamente
especializado estudasse as infraestruturas digitais, procurando brechas de
segurança. Hoje, costumamos dizer que os hackers já não invadem mais os
sistemas, eles apenas fazem login. De posse das credenciais de acesso,
normalmente informações de login e senha vazados, um cibercriminoso basicamente
encontra portas escancaradas para suas ações”, alerta.
Se a pandemia acelerou a velocidade
da digitalização no Brasil e no mundo, o número de oportunidades para
iniciativas criminosas cresceu na mesma proporção. Segundo Emílio, da PSafe, ao
transferir o espaço do trabalho para casa, as redes de empresas e pessoais
ficaram mais expostas, como o caso dos mega vazamentos registrados no início do
ano, onde informações como nome e CPF de 200 milhões de brasileiros foram
expostos na internet.
“Quando o criminoso tem estes dados
pode potencializar sua engenharia social. Eles ligam e tem seu nome completo,
endereço, filiação e pedem senhas para cancelar compras, que, na verdade, não
foram realizadas. Estes fatores combinados fazem com que o número de ataques
esteja em crescimento”. Emílio completa também que orçamentos limitados para
segurança cibernética, no caso de empresas, são uma das brechas encontradas por
cibercriminosos.
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/gazz-conecta/como-se-proteger-golpes-financeiros-crimes-online/
TEXTO 2
Fonte:
https://ndmais.com.br/tecnologia/infografico-entenda-o-que-e-o-pix-e-evite-cair-em-golpes-online/
TEXTO 3
A pandemia de
golpes digitais no Brasil
“Depois de ter problemas para receber
um celular que comprou em maio de 2020, a professora Silvana Martins, de 45
anos, entrou em contato por meio de uma rede social com o e-commerce onde havia
realizado a compra para reclamar da demora na entrega do produto. Após alguns
minutos, recebeu uma mensagem de um perfil com o nome da loja solicitando seu
número de telefone e nome completo. Sem desconfiar, Martins informou os dados
e, em instantes, chegou a seu celular um código, que havia sido solicitado pelo
suposto atendente da loja com quem estava em contato. A professora informou a
sequência de números e, então, notou que já não conseguia mais acessar seu
WhatsApp.
Os momentos seguintes foram
desesperadores para Martins, que percebeu que havia pessoas se passando por ela
no aplicativo de mensagens e pedindo dinheiro para seus contatos. 'Minha
cunhada me ligou, porque havia achado estranha a mensagem que eu tinha mandado
para ela no WhatsApp. Na mesma hora, percebi que havia sido vítima de um golpe
e comecei a avisar às pessoas que não era eu quem estava mandando as mensagens,
mas duas amigas minhas chegaram a enviar o dinheiro. Mais de R$ 900 cada uma',
contou a professora, que ficou acordada durante a madrugada daquele dia
tentando recuperar o controle do aplicativo. ‘Fiquei muito mal, chorei por dias
por minhas amigas terem dado o dinheiro. Devolvi o valor para uma delas, mas a
outra não quis aceitar’, disse.”
Fonte: https://oglobo.globo.com/epoca/sociedade/a-pandemia-de-golpes-digitais-no-brasil-1-25007188
-------------Fonte da proposta: redacaoonline.com.br
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