sábado, 16 de outubro de 2010

Tema 31 - sustentabilidade

O termo "sustentável" provém do latim sustentare (sustentar; defender; favorecer, apoiar; conservar, cuidar). Segundo o Relatório de Brundtland (1987), o uso sustentável dos recursos naturais deve "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a possibilidade das gerações futuras de suprir as suas".

O conceito de sustentabilidade começou a ser delineado na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (United Nations Conference on the Human Environment - UNCHE), realizada em Estocolmo, 1972, a primeira conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e a primeira grande reunião internacional para discutir as atividades humanas em relação ao meio ambiente. A Conferência de Estocolmo lançou as bases das ações ambientais em nível internacional, chamando a atenção internacional especialmente para questões relacionadas com a degradação ambiental e a poluição que não se limita às fronteiras políticas, mas afeta países, regiões e povos, localizados muito além do seu ponto de origem. A Declaração de Estocolmo, que se traduziu em um Plano de Ação, define princípios de preservação e melhoria do ambiente natural, destacando a necessidade de apoio financeiro e assistência técnica a comunidades e países mais pobres. Embora a expressão "desenvolvimento sustentável" ainda não fosse usada, a declaração, no seu item 6, já abordava a necessidade imperativa de "defender e melhorar o ambiente humano para as atuais e futuras gerações" - um objetivo a ser alcançado juntamente com a paz e o desenvolvimento econômico e social.
A ECO-92 - oficialmente, Conferência sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento -, realizada em 1992, no Rio de Janeiro, consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável. A mais importante conquista da Conferência foi colocar esses dois termos, meio ambiente e desenvolvimento, juntos - concretizando a possibilidade apenas esboçada na Conferência de Estocolmo, em 1972, e consagrando o uso do conceito de desenvolvimento sustentável, defendido, em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Comissão Brundtland). O conceito de desenvolvimento sustentável - entendido como o desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das futuras gerações de atenderem às suas próprias necessidades - foi concebido de modo a conciliar as reivindicações dos defensores do desenvolvimento econômico como as preocupações de setores interessados na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade. Outra importante conquista da Conferência foi a Agenda 21, um amplo e abrangente programa de ação, visando a sustentabilidade global no século XXI. [5]
Em 2002, a Cimeira (ou Cúpula) da Terra sobre Desenvolvimento Sustentável de Joanesburgo reafirmou os compromissos da Agenda 21, propondo a maior integração das três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) através de programas e políticas centrados nas questões sociais e, particularmente, nos sistemas de proteção social.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sustentabilidade

O Brasil foi considerado o país mais sustentável do mundo em pesquisa realizada pela National Geographic, em 2008. Essa posição deve-se mais às condições de vida e aspectos naturais do Brasil do que a uma grande conscientização de sua população. Todavia, as conclusões da pesquisa mostram o grande potencial que o país tem de tornar-se efetivamente líder em sustentabilidade, já que as condições básicas são muito favoráveis, e que os brasileiros são os mais preocupados com as questões ambientais.
A pesquisa completa pode ser copiada no link abaixo (o arquivo tem 50 MB):
http://event.nationalgeographic.com/greendex/assets/GS_NGS_Full_Report_May08.pdf

BRASIL É O PAÍS MAIS SUSTENTÁVEL

A classe média brasileira é a mais atenta às atitudes e práticas sustentáveis - foi o que revelou a National Geographic Society. Foram avaliados os hábitos dos consumidores da classe média de 14 países: Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Hungria, Índia, Japão, México e Rússia, sendo que , juntos, esses países representam 55% da população mundial e incluem 11 nações mais populosas. Apenas em 2007, eles foram responsáveis pelo consumo de 75% da energia no planeta.
Para compor o índice verde, foram avaliados quatro itens: habitação, transportes, alimentação e bens de consumo, medidos de acordo com as escolhas feitas por nós, como reparar objetos quebrados ao invés de substituí-los por novos e optar por produtos considerados verdes, e escolhas feitas a partir das circunstâncias, como o clima e condições de transporte público.
Segundo a pesquisa (realizada apenas por meio da internet com a classe média), a alta pontuação do Brasil deve-se, em parte, ao modo de gerenciamento dos recursos nas residências. Apesar da boa avaliação, nos itens relacionados a transportes e bens de consumo, ao lado da Índia, o Brasil se mantém na média quando se trata de alimentação.

Habitação
A localização geográfica do Brasil contribui muito para a sustentabilidade do seu povo. Devido ao clima tropical, apenas 9% da população do país usam aquecimento doméstico. O tamanho das residências também ajuda na pontuação, 96% têm quatro ou menos cômodos, e os aquecedores de água são ativados apenas no momento do uso. Na Alemanha, país que ocupa a 7ª posição do Greendex, 40% das casas têm três cômodos ou menos e é um dos únicos membros do G7 que menos agridem o meio ambiente. A maior parte dos consumidores brasileiros, assim como os mexicanos e os australianos, lava as roupas apenas com água fria e está muito acima da média na economia de água doce, o que contribuiu para seu desempenho destacado.

Transportes
Como acontece em outros países em desenvolvimento, o uso de veículos próprios no Brasil está muito abaixo da média. Estamos mais dispostos a caminhar, andar de bicicleta, usar transportes coletivos e ter veículos eficientes, como os de tecnologia flex, e compactos. Esse cenário, porém pode mudar com o tempo. A facilidade de compra faz com que 800 novos veículos ganhem as ruas de São Paulo a cada dia. E quase um terço dos brasileiros afirma preferir sair sozinho de carro a ir de carona, número que cresce a cada ano.

Alimentação
No quesito alimentação, os brasileiros estão acima da média quando se trata do consumo de produtos locais. Mas o hábito de comer carne bovina, com freqüência, 62% da classe média brasileira, leva o país ao 10º lugar no ranking. A produção desse tipo de alimento exige mais água do que qualquer outro. Por outro lado, apenas 35% dos brasileiros bebem água engarrafada todos os dias, índice semelhante ao dos Estados Unidos. Já na Alemanha, esse número sobe para 72%.

Bens de consumo
A preocupação com o meio ambiente está cada vez mais presente no cotidiano da classe média do Brasil, da China e da Índia, onde o consumo de produtos ditos verdes é maior. Desde o ano passado, diversas campanhas a favor do uso de sacolas de pano foram veiculadas na mídia, com o objetivo de minimizar o impacto causado pelo excesso de sacolas de plástico, mas Brasil, o número de usuários ainda é tímido. Entre os pesquisados para o Greendex 2008, os brasileiros são os mais preocupados com as questões ambientais. O país conta com o maior índice de pessoas que se esforçam para reduzir a sua pegada ecológica. Para evitar que o aquecimento global se intensifique, o Greendex traz à tona um dado revelador. Somos uma das únicas nações dispostas a pagar mais caro por produtos que economizam energia e também a favor de preços que reflitam o seu verdadeiro custo ambiental.

Os textos acima devem servir de motivação para você escrever uma redação sobre SUSTENTABILIDADE. Lembre-se também que: sustentabilidade tem tudo a ver com ações práticas e individuais, tomadas para promover o equilíbrio consigo próprio, com o espaço, com a comunidade com que se interage diretamente, todos os dias. Você pode - e deve - pensar em sustentabilidade a partir da sua casa, da sua vizinhança. Mas não se esqueça de que a comunidade do Planeta vai além do seu bairro e também merece toda a sua atenção.

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