Com base nos textos de apoio e em suas vivências, produza um texto dissertativo-argumentativo.
Texto 1
Tem se tornado cada vez mais comum políticos brasileiros divulgarem seus currículos Lattes turbinados com títulos falsos. Dessa vez, o alvo é o recém-nomeado ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli. Desde a última sexta-feira, informações colocaram em dúvida a veracidade de títulos acadêmicos divulgados em seu extenso currículo. No entanto, ele não é o primeiro a cair em contradição.
Neste caso de Witzel, ele teria feito um pedaço da pós-graduação em "judicialização da política" que, na época, cumpria na Universidade Federal Fluminense, desde 2015, e que teria feito no campus de Cambridge. No entanto, isso nunca aconteceu e o governador sequer manifestou interesse em participar da seleção. Assim como Decotelli, outros ministros do governo Jair Bolsonaro (sem partido) também turbinaram seus respectivos currículos. A ministra da Família, Damares Alves; do Meio Ambiente, Ricardo Salles; e os ex-ministros da Educação Ricardo Vélez Rodriguez e Abraham Weintraub, estão na lista.
Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo mostrou que a ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, não era "mestre em educação" e "em direito constitucional e direito da família", como a ministra afirmava em seus discursos. No entanto, ela afirmou que seu título tem a ver com o ensino bíblico e que "diferentemente do mestre secular que precisa ir a uma universidade para fazer mestrado, nas igrejas cristãs é chamado mestre todo aquele que é dedicado ao ensino bíblico".
Já o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, afirmou em seu currículo que é mestre em direito público pela Universidade Yale. No entanto, a universidade negou a existência de registro de frequência do ministro. Em relação ao ex-ministro da Educação Abraham Weitraub, foram encontrados dois artigos idênticos publicados em períodos diferentes que exigem ineditismo do material, ou seja, também foi acusado de plágio. Por fim, teve o caso do também ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodriguez que errou 22 vezes em seu currículo Lattes. As inconsistências ocorreram inúmeras vezes, como “esquecer” de acrescentar coautores de seus textos. Fonte: Folha de Pernambuco
Texto 2
O currículo acadêmico apresentado pelo desembargador Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF), traz um curso de pós-graduação que não é confirmado pela Universidad de La Coruña, na Espanha. Nos últimos dias, o Estadão consultou universidades citadas no currículo apresentado por Marques sobre os cursos que ele afirma ter feito.
No documento que enviou ao Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF-1), e publicado no site da Corte, Marques menciona que concluiu pós-graduação em "Contratación Pública", pela Universidad de La Coruña. A instituição, porém, informou que não oferece nenhuma pós-graduação deste curso.
Questionada pela reportagem, a universidade afirmou que as informações públicas de alunos estão disponíveis no site da instituição. O doutorado aparece, de fato, na página da universidade - com um detalhe: a tese foi defendida há apenas 11 dias, em 25 de setembro. O pós-doutorado em Direitos Humanos, no entanto, não consta no banco de dados públicos da Universidade de Salamanca.
Mais um curso de pós-doutorado consta no currículo de Kassio Marques, o de Direito Constitucional, pela Universidade de Messina (Universitá Degli Studi di Messina), na Itália. Questionada pela reportagem há quatro dias, a universidade ainda não respondeu sobre a atuação do desembargador neste curso.
Chama ainda a atenção o fato de Kassio Marques, com 48 anos de idade, ter concluído o doutorado apenas 11 dias atrás e já possuir dois pós-doutorados consumados em sua carreira acadêmica. O desembargador também não faz uso de um instrumento regularmente utilizado para comprovar a experiência acadêmica, o currículo Lattes, ferramenta básica usada para atestar, com detalhes, a formação e vida acadêmica.
No Brasil, Kassio Marques informou, em seu currículo, que possui mais uma pós-graduação, dessa vez em Ciências Jurídicas, pela Faculdade Maranhense - MA. A reportagem não localizou nenhuma instituição de ensino superior com esse nome que ofereça essa pós-graduação. A Faculdade Maranhense (FAM), contatada pela reportagem, informou que não tem cursos relacionados ao Direito. Fonte: Notícias Uol
Texto 3
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