Escreve um texto dissertativo-argumentativo sobre o tema A importância das campanhas de
vacinação, evidenciadas ainda mais com o
lançamento da campanha de vacinação contra o HPV
terça-feira, 2 de junho de 2015
Tema 205: escassez de água
Sabemos que a água potável é um recurso cada vez mais escasso no planeta. Em 2007 a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou que cerca de 1,1 bilhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso a água potável e estima-se que dois milhões de crianças morrem todos os anos pela falta dela ou de saneamento básico.
Parece controverso que o planeta terra, que é constituído por dois terços de água, não possa abastecer sua população que já ultrapassou os 6 bilhões de indivíduos. Teoricamente, ela não deveria faltar. O problema que quase toda esta água encontra-se distribuída sob a forma de gelo ou água salgada, o que impede seu consumo imediato pelo homem. E para piorar, sua distribuição pela superfície do planeta é desigual.
Alguns lugares são naturalmente secos, o que exige que a água tenha que ser captada longe do local onde será consumida, tornando necessários investimentos em estruturas de captação e distribuição, além do tratamento. Isso encarece e, muitas vezes inviabiliza seu acesso às pessoas que não tem tantas (ou nenhuma) condições de pagar.
Alguns lugares são naturalmente secos, o que exige que a água tenha que ser captada longe do local onde será consumida, tornando necessários investimentos em estruturas de captação e distribuição, além do tratamento. Isso encarece e, muitas vezes inviabiliza seu acesso às pessoas que não tem tantas (ou nenhuma) condições de pagar.
Como se já não bastassem todas as dificuldades impostas pela natureza, junta-se a isso, as dificuldades impostas pelo homem. Em regiões como o Oriente Médio, por exemplo, a água virou objeto de disputa entre países e um dos motivos que fazem perpetrar um dos conflitos mais antigos da humanidade. Na África, a água já foi elemento de discriminação racial quando, na época doapartheid só os brancos podiam ter acesso a ela.
O grande problema, além dos já apontados, é que nos lugares onde há grande disponibilidade de água, há uma “cultura de desperdício” onde se prega, erroneamente, que a água é um bem que nunca faltará.
Felizmente, essa cultura vem sendo combatida e, aos poucos, a população do mundo todo têm se conscientizado da importância de economizar e encontrar meios de reutilizar a água de maneira mais racional.
Felizmente, essa cultura vem sendo combatida e, aos poucos, a população do mundo todo têm se conscientizado da importância de economizar e encontrar meios de reutilizar a água de maneira mais racional.
No Brasil, um tema bastante discutido é a questão da “cobrança pelo uso da água”. Em alguns países, como a França e a Alemanha, a prática de se cobrar pela captação e diluição de resíduos em corpos d’água já é bastante difundida, mas no Brasil, ainda são poucos os Estados que aderiram à idéia.
Na experiência brasileira os recursos conseguidos com esta cobrança não são suficientes para financiar todos os custos que envolvem a recuperação da bacia impactada. Contudo cobrar pela utilização da água faz com que haja o que podemos chamar de “conscientização forçada”: já que é difícil convencer pela razão, convence-se pelo bolso. Claro que, neste caso, a cobrança é feita apenas para a captação e dissolução de poluentes, ou seja, aplica-se apenas às indústrias, companhias de saneamento e abastecimento e uso agrícola, todas estas, atividades que lucram com este uso.
Já quando falamos na possibilidade de se cobrar pelo uso da água do consumidor final (pessoa física), a proposta, embora com boas intenções, esbarra em um dos direitos básicos do homem que é ter suas necessidades básicas de sobrevivência supridas; o que inclui acesso a água potável. Por isso, as propostas neste sentido, costumam englobar um limite mínimo de consumo dentro do qual o uso não é cobrado.
Parece demais dizer que se deve pagar pelo uso de um bem que deveria ser, por direito, de todos, para pessoas que vivem em um país com uma das maiores cargas tributárias do mundo. A questão é que tudo isso visa inibir o desperdício de um bem escasso e caro. Segundo estatísticas da Organização das Nações Unidas, nos locais de menor renda o acesso à água costuma ser mais caro. As populações que vivem em favelas na América do Sul, por exemplo, gastam em média 10% de sua renda com água, enquanto que na Inglaterra isso não ultrapassa os 3%.
Enfim, há quem se preocupe com possíveis guerras futuras por causa da água. Estes talvez pensem que dois milhões de crianças mortas por ano ainda é pouco. A verdade é que muito mais que dificuldades geográficas e climatológicas, o que existe de fato é o que Kemal Dervis, administrador do PNUD, e Trevor Manuel, ministro de Finanças Públicas da África do Sul, chamaram de falta de vontade política (artigo publicado em novembro de 2006 no site da ONU Brasil) por parte de governos e instituições.
TEMA DE REDAÇÃO: escreve um texto dissertativo-argumentativo sobre A ESCASSEZ DE ÁGUA NO BRASIL. Lembra de apontar proposta de solução para o problema proposto.
Tema 204: discursos de ódio na internet
"A violência na internet não tem tamanho. Um simples comentário pode transformar e gerar traumas na vida de uma pessoa. Na última reportagem da série “Intolerância na Internet”, o@tech mostra as consequências de quem sofre esse tipo de violência, além do papel dos pais e da escola na hora de conscientizar e educar sobre qual comportamento seria o correto nas redes sociais. Ansiedade e depressão podem levar de problemas físicos a atitudes extremas, como o suicídio. Cabe aos responsáveis identificar esses comportamentos para evitar essas tragédias."
"Os traumas para quem sofre o cyberbullying podem ser permanentes. Sentir-se seguro fora das relações digitais torna-se um problema para as vítimas. “Isso sempre aconteceu, era restrito em ambientes como escola e casa, mas agora, com a internet, se tornou algo ilimitado”, explicou a sexóloga Silvana Melo. Ansiedade e depressão são alguns dos sintomas consequentes dessa violência. “Esses comentários de intolerância estimulam sentimentos de inferioridade e podem desenvolver outros problemas como bulimia, anorexia e até obesidade. Isso repercute sobre a auto estima da pessoa e pode permanecer até a vida adulta”, complementa.
Nas redes sociais, todos podem ser vítimas da cultura do ódio. Pessoas diferentes no comportamento, tipo físico, raça. A pernambucana Maria* namora com João* (nomes fictícios), funcionário público do Rio Grande do Sul. Ela é negra. Ele, branco. Após colocar no Facebook uma foto do casal relaxando em uma praia, ela recebeu comentários irônicos e insultos. “Sabia que as pessoas eram preconceituosas, principalmente por nossa diferença de cor. Mas ler aquelas frases me machucou”, relata. Hoje ela não deixa mais o perfil aberto para todos, apenas seus amigos podem ver as postagens. “Foi melhor para evitar conflitos sobre namorar uma pessoa branca”."
"
Filhos devem ser orientados
Pais e escolas têm papel fundamental na hora de ajudar os filhos a enfrentarem o cyberbullying, afirma a sexóloga Silvana Melo. Nem sempre é possível reconhecer os sintomas de alguém que sofre essa violência e, em boa parte dos casos, a supervisão do que é feito na internet acontece de forma errada. “É importante que eles tenham um espaço onde possam refletir e conversar sobre os perigos da internet, limitando a exposição nas redes sociais e as brincadeiras feitas dentro dessas páginas”, analisa. Manter mais relações sociais offline também pode evitar essa exposição nas redes. “Tem que envolver relacionamentos ao vivo e outras atividades como cinema, leitura”, explica a sexóloga. Quanto aos jovens, eles devem trabalhar a autoestima. “É importantíssimo trabalhar isso. Todos nós somos diferentes. Nenhum ser humano é igual e, mesmo que não acompanhe o ‘padrão’, cada pessoa tem sua beleza e qualidade. Ela tem que enxergar isso”, ressalta.
Dos padrões impostos pela sociedade, o importante é focar nas qualidades. “O que a ‘moda’ dita é muito variável. Já houve época em que o belo era o gordo. É importante deixar claro que tudo isso é mutável e focar nas qualidades”, finaliza Silvana Melo.
Cyberbullying: para ver e refletir
No filme Bullying Virtual (Cyberbully. EUA, 2011), a adolescente Taylor Hillridge (Emily Osment) ganha um computador em seu aniversário de 17 anos. Podendo acessar sem a supervisão constante da mãe Kris (Kelly Rowan), a garota se vê vítima de cyberbullying em uma rede social após usuários postarem comentários abusivos sobre ela.
As coisas fogem do controle quando um garoto espalha na internet que os dois dormiram juntos. A adolescente acaba sem o apoio das amigas Samantha Caldone (Kay Panabaker) e Cheyenne Mortenson (Meaghan Rath) e também evita contar para sua mãe.
Com medo de encarar os amigos na escola e também de buscar ajuda para enfrentar o bullying, Taylor toma medidas drásticas e tenta o suicídio para acabar de vez com o problema. Bullying Virtual discute sobre os verdadeiros perigos que existem no mundo online ao trabalhar situações vividas por adolescentes e mostrar a pressão social dos jovens ao se verem forçados a entrarem em relacionamentos digitais, além dos riscos e consequências dessa violência para eles e as famílias das vítimas. "
um professor da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) escreveu em seu perfil no Facebook um texto com teor homofóbico. Instantes depois, vários usuários começaram a criticá-lo. O post do docente foi compartilhado e muitos estudantes e movimentos sociais abriram uma denúncia contra o funcionário e a instituição ficou de investigar o caso. “As redes sociais são um ambiente que possui uma autorregulamentação grande. Quando uma pessoa pratica um crime evidente, ele recebe uma punição mais eficiente que qualquer sistema penal do mundo pode trazer”, explicou o presidente da OAB Pernambuco, Pedro Henrique Alves, citando como exemplo comentários preconceituosos sobre o Nordeste de um piloto da Avianca.
Também no Facebook, o piloto publicou, em março, que tudo no Nordeste era “porco, nojento e medíocre”. O comentário gerou revolta e a companhia aérea informou, dias depois, que ele não fazia mais parte do quadro de funcionários da empresa. “Há uma reprovação social para esse tipo de conduta. O usuário sente os efeitos negativos desse comportamento virar contra si. O que ele escreveu está registrado, tem que pedir desculpas, sumir do mapa e esperar passar”, analisou Alves.
O presidente da OAB Pernambuco também atenta a esse novo tipo de “patrulhamento social”. “As pessoas são demitidas, ameaçadas quando postam comentários preconceituosos. A gente tem que aprender a conviver com essa nova realidade para que a intolerância não seja respondida com a intolerância”, afirmou. Na situação do professor da UFRPE, ele também recebeu comentários de ódio, o que o torna uma vítima. “Numa situação como essa, quem comenta retrucando pode ser punido”, disse Alves.
Mas nem todo caso pode ser resolvido dentro da própria internet. Como o exemplo da estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo. Após as eleições presidenciais em 2010, ela incitou o assassinato de pessoas do Nordeste em seu perfil do Twitter ao escrever “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado”. “Ela sofreu a sanção imediata do que fez pelos usuários das redes sociais. Foi moralmente atacada, mas o OAB também ingressou com uma ação e ela foi punida”, confirmou Pedro Henrique Alves. A garota foi condenada, em 2012, a cumprir um ano, cinco meses e 15 dias de prisão, mas a sentença foi convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.
Também no Facebook, o piloto publicou, em março, que tudo no Nordeste era “porco, nojento e medíocre”. O comentário gerou revolta e a companhia aérea informou, dias depois, que ele não fazia mais parte do quadro de funcionários da empresa. “Há uma reprovação social para esse tipo de conduta. O usuário sente os efeitos negativos desse comportamento virar contra si. O que ele escreveu está registrado, tem que pedir desculpas, sumir do mapa e esperar passar”, analisou Alves.
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Mas nem todo caso pode ser resolvido dentro da própria internet. Como o exemplo da estudante de Direito Mayara Petruso, de São Paulo. Após as eleições presidenciais em 2010, ela incitou o assassinato de pessoas do Nordeste em seu perfil do Twitter ao escrever “Nordestino não é gente. Faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado”. “Ela sofreu a sanção imediata do que fez pelos usuários das redes sociais. Foi moralmente atacada, mas o OAB também ingressou com uma ação e ela foi punida”, confirmou Pedro Henrique Alves. A garota foi condenada, em 2012, a cumprir um ano, cinco meses e 15 dias de prisão, mas a sentença foi convertida em prestação de serviços comunitários e pagamento de multa.
Crime de honra: hora de procurar advogado
Calúnia, injúria, difamação. Quando algum comentário de ódio atinge uma pessoa ou empresa, o aconselhável é buscar opiniões de algum advogado, informou o presidente da OAB Pernambuco, Pedro Henrique Alves. “Ele vai dizer se o caso vale uma ação pública, uma pública condicionada ou privada”, disse. Alves explica que em uma ação pública, o Ministério Público é acionado. Em uma pública condicionada, é preciso a representação do ofendido. Já a privada, a pessoa entra diretamente com uma queixa-crime na Justiça. “O advogado é importante para opinar no caso ou indicar alguém que saiba. Ele vai informar se é para entrar com uma ação indenizatória nas Pequenas Causas, por exemplo”.
Em agosto do ano passado, três mulheres foram condenadas pela Justiça de Piracicaba a pagarem R$ 100 mil à Habibs e se retratarem no Facebook por organizarem um protesto contra a rede na plataforma de Mark Zuckerberg. Após uma funcionária tirar um cachorro do estabelecimento, ele foi atropelado. As mulheres organizaram um boicote à loja na rede social, gerando repercussão. As três afirmaram que apenas reproduziram matérias veiculadas na imprensa. Nos casos de crime contra a honra, Alves diz que não é preciso seguir até uma delegacia. “Esses tipos de crimes são de ação privada. Às vezes, a pessoa precisa esperar o delegado olhar a queixa e quando ele observa que não é assunto da jurisdição, o caso é arquivado e só há perda de tempo”. Para ele, há necessidade de uma especializada somente em casos que um perfil fake é usado. “Esses crimes dependem de investigação, então dá para acionar a polícia”, informou.
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“Pessoas não têm mais receio em abrir queixa”
Entrevista / Joselito Kehrle (Chefe da Diresp)
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THULIO FALCÃO
thuliofalcao@folhape.com.brAs pessoas ainda têm receio de abrir alguma denúncia quando envolve internet?
Joselito Kehrle - Hoje eu não sinto mais esse receio das pessoas em abrir uma queixa com a divulgação da delegacia na mídia. No início, sim, porque as pessoas desconheciam a nossa forma de atuação. Elas achavam que elas seriam expostas ao procurarem a delegacia, mas a gente trabalha para que a vítima sinta-se segura. Eu sinto uma procura numa escala progressiva.
Qual o balanço que o senhor faz desde o começo do funcionamento da delegacia?
Joselito - O balanço que eu faço é muito positivo. A gente sabe da dificuldade de se identificar os autores do crime, mas os procedimentos estão sendo remetidos à Justiça com indiciamento e, quando há êxito na captura, essas prisões são realizadas.
Que tipo de crimes a delegacia atende?
Joselito - A delegacia atende crimes cibernéticos impróprios. Como por exemplo, compra em site de venda coletiva. Se o usuário compra um produto e não recebe exatamente como ele é, nós apuramos também.
A delegacia trabalha em parceria com outros órgãos?
Joselito - Sim. Em caso de pedofilia, por exemplo, a delegacia pode apurar a denúncia e repassar para a Polícia Federal, ou então auxiliar a Delegacia de Proteção à Criança e Adolescente.
Os agentes desta delegacia de crimes cibernéticos são especializados na área ou têm algum tipo de treinamento?
Joselito - Alguns já ingressaram na polícia com esse conhecimento e outros foram capacitados. Mas os agentes com conhecimento em informática também passam por uma reciclagem.
Qual é a demanda da delegacia?
Joselito - A delegacia começou com uma demanda razoável e hoje a gente faz uma triagem do que acontece nos distritos. Desde a abertura, temos 60 procedimentos - entre invasão de conteúdo ou estelionato.
A maioria das denúncias é feitas por homens ou mulheres?
Joselito - Quase 100% das queixas de estelionato são feitas por homens. Já de invasão de conteúdo, a totalidade é quase das mulheres.
Como o senhor vê o cenário da internet no Brasil e a criação de delegacias especializadas?
Joselito - Hoje não há como não investigar os crimes cibernéticos. Assim como a internet auxilia nas pesquisas científicas, favorece também as associações criminosas. Ela é usada para o bem e para o mal. Há especialização da polícia para o combate a essa má utilização da tecnologia.
Publicações embasadas no preconceito tomam conta da rede
Pesquisa do Ipea abriu discussão sobre cultura do ódio na internet
“Ser no tempo é ser em via de já não ser”. A frase do filósofo francês André Comte-Sponville explica, talvez perfeitamente, o atual comportamento de usuários da internet que fazem apologia ao preconceito, seja de caráter religioso, sexual, ou até mesmo ao estupro - dada à repercussão da pesquisa mal interpretada do Ipea. O anonimato em sites, blogs e redes sociais é usado pelas pessoas para transformar comentários em armas para fomentar a cultura do ódio. A partir desta quarta-feira, a Folha de Pernambuco começa uma série de reportagens sobre a intolerância na rede, o porque desse comportamento, as questões jurídicas desses discursos e as consequências para quem já foi vítima desse tipo de atitude.
THULIO FALCÃO
thuliofalcao@folhape.com.brA cultura do ódio não é nova. A década de 1980 foi um momento de perseguição aos homossexuais, quando os primeiros casos de Aids chegavam ao país e a associação da doença aos gays e travestis era automática. Em caso mais recente, no fim de março deste ano, sentimentos de raiva e fúria invadiram a internet após uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgar que 65% das pessoas afirmavam que mulheres com roupas curtas merecem ser estupradas. À época, a jornalista brasiliense Nana Queiroz começou uma campanha #EuNãoMereçoSerEsturada, que teve a adesão de mulheres do Brasil que registraram fotos repudiando as agressões.
O movimento chegou a sair até na mídia internacional e desencadeou inúmeros comentários machistas e preconceituosos. Na sexta-feira passada, o Ipea revelou que houve um erro na pesquisa e que 26% dos entrevistados concordavam com o ataque às mulheres com roupas curtas, enquanto 70% discordavam total ou parcialmente da questão. Mas os discursos de ódio já estavam registrados em sites, fóruns e redes sociais. Essa intolerância, para o sociólogo e professor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Nadilson Manoel da Silva, é reforçada pela internet.
“A rede potencializa essas tendências (preconceituosas) que existem na sociedade. Outra questão é o anonimato permitido”, revela o sociólogo. Nadilson explica que o usuário sente-se mais livre quando ele se “esconde” atrás do computador e imagina não haver punição às publicações de caráter agressivo. “Isso dá segurança para ele ser extremista, já que não está encarando a pessoa que ele ataca”.
Por ser mais visível que outros meios de comunicação, a internet possibilita o encontro de usuários que compartilhem de opiniões preconceituosas e da difusão dessas ideias. “Sempre houve pessoas assim. Antes era difícil encontrá-las num ambiente real, mas hoje a internet permite a aproximação delas, a criação de grupos que partilhem de pensamentos preconceituosos, machistas, discriminatórios”, avalia Nadilson.
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Ele também enxerga um lado positivo sobre a expressão desenfreada de pensamentos. “Quando se coloca preconceitos na rede, há também quem se posiciona contra, e isso fica visível. Ela potencializa uma situação já existente, mas abre espaço para a discussão sobre situações públicas e crimes cibernéticos, leis específicas que não existem ainda e da vulnerabilidade que a internet traz”, conclui o sociólogo.
Folha resume
A campanha #EuNãoMereçoSerEstuprada trouxe à tona a discussão sobre a cultura do ódio. Comentários carregados de preconceito e intolerância em fóruns, sites e redes sociais mostram uma sociedade que usa o anonimato da rede para expor opiniões extremistas sem o medo de responder por essas publicações.Tumblr denuncia comentários agressivos
Na internet, a página ‘Eu não mereço ser estuprada [Denuncia]’ (bit.ly/1qkNlCc) disponibiliza prints com comentários preconceituosos postados nas redes sociais. O tumblr colaborativo, que foi criado dia 30 de março, possui mais de 500 seguidores e recebe diariamente cerca de 40 e-mails, alguns com mais de uma denúncia anexa. As fotos podem ser enviadas para o endereço eunmse@gmail.com. Um membro da equipe, que preferiu não se identificar, informou que a ideia é dar “visibilidade às pessoas que acreditam que a internet é um mundo paralelo, onde elas podem publicar suas opiniões (violentas, preconceituosas, etc), sem serem responsabilizadas”. A página também pretende levar essas denúncias ao Ministério Público. “Ainda não tivemos a oportunidade de falar sobre isso, mas não descartamos a possibilidade”, disse.
![]() Postagens com conteúdo de ódio são listadas na página |
Criar polêmica parece ser a intenção de alguns usuários. “Alguns não exitam em fazer uso desses recursos em troca de alguns minutos de atenção. A internet parece ter virado um espaço de proselitismo irracional, onde tudo é permitido. O distanciamento entre o ‘espaço virtual’ e o ‘real’ faz com que o debate seja esvaziado e todo o lugar, que permita o mínimo de expressão, se torne um palanque”, opinou um dos membros do tumblr.
Fonte: http://www.folhape.com.br/cms/opencms/folhape/pt/Projetos/INT_NET/index.html
A PARTIR DOS TEXTOS DE APOIO E DE TUAS VIVÊNCIAS, ESCREVE UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO SOBRE O TEMA: DISCURSOS DE ÓDIO NA INTERNET.
Lembra de elaborar proposta de intervenção para o problema.
domingo, 14 de dezembro de 2014
Tema 203: Direitos Humanos e educação: uma relação indissociável
Todas as pessoas nascem livres
e iguais em dignidade e direitos.São dotadas de razão e consciência e devem agir
em relação umas às outras com espírito de fraternidade.(Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
e iguais em dignidade e direitos.São dotadas de razão e consciência e devem agir
em relação umas às outras com espírito de fraternidade.(Artigo I da Declaração Universal dos Direitos Humanos)
Igualdade entre as pessoas, fim da opressão e discriminação, justiça, garantia da dignidade, proteção e liberdade. Estes são alguns dos princípios e valores que regem a Declaração Universal dos Direitos Humanos, em vigor há 66 anos, desde 10 de dezembro de 1948. O documento surge no contexto pós 2ª Guerra Mundial a partir de um esforço da Organização das Nações Unidas (ONU) em promover a paz.

Ainda que a Declaração exista há 66 anos e, no Brasil, a Constituição de 1988 contemple o tema há 26 anos, muitos direitos seguem desconhecidos ou incompreendidos. “Há mais de 20 anos, há esforços por difundir a agenda dos direitos humanos no Brasil, onde há dificuldades nesse sentido pois é um país onde não há prática de direitos”, explica a professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo, Flávia Schilling. A consequência deste panorama, segundo a pesquisadora, é a inexistência de uma cultura de respeito aos direitos humanos.
Toda pessoa tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal. (Artigo III)
Para romper com esta situação é que surge a educação em direitos humanos. “Ela é importante por sensibilizar e difundir a ideia do que são os direitos, conjunto indivisível de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais.” Para a socióloga e diretora da Associação Cidade Escola Aprendiz, Helena Singer, “a educação em direitos humanos educa para as pessoas se sentirem cidadãs responsáveis e com direito a seus direitos”.
Direitos humanos na sala de aula
A escola, como instituição de referência na educação e central na formação dos indivíduos, não pode abrir mão do debate, prática, promoção e garantia dos direitos humanos. A instituição só conseguirá cumprir seu papel se olhar para este tema. “Não dá para educar sem garantir as condições básicas da existência como saúde, moradia e proteção”, argumenta Helena.
Uma das primeiras tarefas da escola é a oferta de uma educação de qualidade, prevista no artigo 26. A Declaração afirma que “a instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana”, dialogando com o pressuposto central da educação integral que busca estimular as várias dimensões do indivíduo.
Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião. Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão. (Artigos XVIII e IX)
A Declaração afirma ainda que a instrução deve atuar no sentido do “fortalecimento do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades fundamentais”. Os caminhos pelos quais as instituições de ensino podem fazer isso são vários, mas para Helena, não basta apenas incluir uma disciplina sobre o assunto. “É completamente insuficiente para garantir a escola como espaço de valorização e promoção dos direitos humanos”, explica a socióloga.
Flávia destaca ainda que quando se aborda o tema em apenas uma disciplina corre-se o risco de dissociá-lo das outras. “Os direitos humanos dizem respeito a todos nós em nossa vida atual e cotidiana. Falar de direitos, nas diferentes disciplinas curriculares, é importante para mostrar essa atualidade.”
Como exemplo, a docente mostra como o direito ao casamento poderia ser trabalhado em sala de aula. “É possível estudar esse tema no Brasil, se sempre foi assim, como se dá hoje, quais são os direitos envolvidos no casamento, o casamento igualitário, o divórcio, os direitos dos pais e das mães e as relações de gênero.” Os debates poderiam se dar em diferentes disciplinas, apenas mudando o enfoque. “As possibilidades são muito grandes”, defende.
Conheça três escolas que incorporaram os direitos humanos na sua agenda e dia a dia:
Direitos humanos na prática
Além de trazer o tema para a sala de aula, a escola também pode promover os direitos humanos em suas práticas e vivência cotidianas. Para isto, a instituição deve repensar seus posicionamentos e modos de atuação. “Está muito incorporado na cultura institucional a ausência dos direitos das crianças. Elas não são vistas como cidadãos e, portanto, vários dos direitos listados na Declaração não costumam ser atribuídos às crianças”, defende Helena.
Para a socióloga, direitos como de expressão, locomoção e associação são comumente desrespeitados dentro do ambiente escolar. “É tão incorporado na cultura escolar de que o melhor aluno é o que fica quieto enquanto o professor fala, que a pauta do direito de se expressar pelo aluno não é colocado”, exemplifica.
Helena considera prioritário romper com estas práticas. “Uma cultura institucional que desrespeita dos direitos humanos e que não atribui direitos às crianças e adolescentes se torna um celeiro para violações mais graves, como violência e abuso”, explica. “Onde não há direitos, há violência.”
PROPOSTA: ESCREVE UM ARTIGO DE OPINIÃO, ENTRE 20 E 30 LINHAS, QUE SERÁ PUBLICADO NAS REDES SOCIAIS, COM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR AS PESSOAS SOBRE Direitos Humanos e educação: uma relação indissociável.
sexta-feira, 12 de dezembro de 2014
Tema 202: carta sobre forma de ingresso aos cursos superiores da UFSM
Escreva uma carta aberta, entre 20 e 30 linhas, aos candidatos a uma vaga da UFSM com o objetivo de defender uma forma de ingresso aos cursos superiores dessa universidade. Lembre-se de que a UFSM havia decidido adotar a nota do ENEM em 2014, mas a justiça determinou que fosse realizado o processo vestibular.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2014
Tema 201: 3 Rs da sustentabilidade
Reduzir, Reutilizar e Reciclar -
3 Rs da SustentabilidadeSignificado, práticas para o desenvolvimento sustentável, os 3 Rs da sustentabilidade e sua importância

Reduzir, Reutilizar e Reciclar: ações para um desenvolvimento sustentável do planeta
Significado
Também conhecido como os 3 Rs da sustentabilidade (Reduzir, Reutilizar e Reciclar), são ações práticas que visam estabelecer uma relação mais harmônica entre consumidor e Meio Ambiente. Adotando estas práticas, é possível diminuir o custo de vida (reduzir gastos, economizar), além de favorecer o desenvolvimento sustentável (desenvolvimento econômico com respeito e proteção ao meio ambiente).
Reduzir
Se prestarmos atenção nas compras que realizamos no cotidiano e nos serviços que contratamos, perceberemos que adquirimos muitas coisas que não precisamos ou que usamos poucas vezes. Portanto, reduzir significa comprar bens e serviços de acordo com nossas necessidades para evitar desperdícios. O consumo consciente é importante não só para o bom funcionamento das finanças domésticas como também para o Meio Ambiente.
Ações práticas para reduzir:
- Uso racional da água: não desperdiçar, tomar banhos curtos, não usar água para lavar a calçada, fechar a torneira quando estiver escovando os dentes, não deixar que ocorra vazamentos na rede de águas, etc.
- Economia de energia: usar aquecimento solar nas casas, apagar as lâmpadas de cômodos desocupados, usar lâmpadas fluorescentes, usar o chuveiro elétrico para banhos curtos, etc.
- Economia de combustíveis: fazer percursos curtos a pé ou de bicicleta. Gera economia, faz bem para a saúde e ajuda e diminuir a poluição do ar.
Reutilizar
Jogamos muitas coisas no lixo que poderiam ser reutilizadas para outros fins. Reutilizando, geramos uma boa economia doméstica, além de estarmos colaborando para o desenvolvimento sustentável do planeta. Isto ocorre, pois tudo que é fabricado necessita do uso de energia e matéria-prima. Ao jogarmos algo no lixo, estamos também desperdiçando a energia que foi usada na fabricação, o combustível usado no transporte e a matéria prima empregada. Sem contar que, se este objeto não for descartado de forma correta, ele poderá poluir o meio ambiente.
Vale lembrar que a doação também pode ser uma boa alternativa, pois outra pessoa que necessita pode utilizar aquele objetivo que você não quer mais.
Ações práticas para reutilizar:
- Uma roupa rasgada pode ser costurada ou ser transformada em outra peça (uma calça pode virar uma bermuda, por exemplo).
- Computadores, impressoras e monitores podem ser doados para entidades sociais que vão utilizá-los com pessoas carentes.
- Potes e garrafas de plástico podem ser transformados em vasos de plantas.
- Folhas de papel com impressão em apenas um lado podem ser transformados em papel de rascunho, ao usar o lado em branco.
- Um móvel (armário, sofá, guarda-roupa, estante, escrivaninha, mesa, cadeira, etc) quebrado não precisa ir parar no lixo. Eles podem ser concertados ou doados.
- A água usada para lavar roupa pode ser reutilizada para lavar o quintal.
- Com criatividade e embalagens, palitos e potes de plástico é possível criar vários brinquedos interessantes.
Reciclar
A reciclagem é quase uma obrigação nos dias de hoje. O primeiro passo é separar o lixo reciclável (plástico, metais, vidro, papel) do lixo orgânico. O reciclável deve ser encaminhado para empresas ou cooperativas de trabalhadores de reciclagem, pois serão transformados novamente em matéria-prima para voltar ao ciclo produtivo. Além de gerar renda e emprego para pessoas que trabalham com reciclagem, é uma atitude que alivia o Meio Ambiente de resíduos que vão levar anos ou séculos para serem decompostos.
Ações práticas para reciclar:
- Separar em casa o lixo orgânico do lixo reciclável. Este último deve ser encaminhado para pessoas que trabalham com reciclagem ou empresas recicladoras.
PROPOSTA CARTA ABERTA:
ESCREVE UMA CARTA ABERTA À POPULAÇÃO DE SUA CIDADE COM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZÁ-LOS SOBRE OS 3 Rs da sustentabilidade. Lembre-se de apontar possíveis alternativas para as questões relacionadas aos desperdícios em geral. Sua carta será publicada em um jornal local. Assine sua carta como "Cidadão Consciente". ENTRE 20 E 30 LINHAS.
PROPOSTA ARTIGO DE OPINIÃO:
ESCREVE UM ARTIGO DE OPINIÃO COM O OBJETIVO DE CONSCIENTIZAR AS PESSOAS SOBRE OS 3 Rs DA SUSTENTABILIDADE. Lembre-se de apontar possíveis alternativas para as questões relacionadas aos desperdícios em geral. SEU ARTIGO será publicada em um jornal local. ENTRE 20 E 30 LINHAS.
PROPOSTA REDAÇÃO CONVENCIONAL
ESCREVE UM TEXTO DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVO SOBRE ESTE TEMA: OS 3 Rs DA SUSTENTABILIDADE. Lembre-se de apontar possíveis alternativas para as questões relacionadas aos desperdícios em geral. ENTRE 20 E LINHAS.
terça-feira, 9 de dezembro de 2014
Tema 200: espírito natalino
CARTA
Escreve uma carta aberta à população de sua cidade com o objetivo de chamar a atenção de todos para o espírito natalino, lembrando que Natal não é somente troca de presentes e consumismo. Natal representa amor, solidariedade, fraternidade... Sua carta será publicada nas redes sociais e nos jornais de sua cidade. Lembra de apresentar proposta de solução... Assine como: Papai ou Mamãe Noel.
ARTIGO
Escreve um ARTIGO DE OPINIÃO com o objetivo de chamar a atenção de todos para o espírito natalino, lembrando que Natal não é somente troca de presentes e consumismo. Natal representa amor, solidariedade, fraternidade... Seu será publicada nas redes sociais e nos jornais de sua cidade. Lembra de apresentar proposta de solução...
Escreve uma carta aberta à população de sua cidade com o objetivo de chamar a atenção de todos para o espírito natalino, lembrando que Natal não é somente troca de presentes e consumismo. Natal representa amor, solidariedade, fraternidade... Sua carta será publicada nas redes sociais e nos jornais de sua cidade. Lembra de apresentar proposta de solução... Assine como: Papai ou Mamãe Noel.
ARTIGO
Escreve um ARTIGO DE OPINIÃO com o objetivo de chamar a atenção de todos para o espírito natalino, lembrando que Natal não é somente troca de presentes e consumismo. Natal representa amor, solidariedade, fraternidade... Seu será publicada nas redes sociais e nos jornais de sua cidade. Lembra de apresentar proposta de solução...
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