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Etarismo, idadismo e ageísmo: novos nomes para um antigo
preconceito
No mês Setembro Amarelo, é essencial abordarmos um
preconceito que pode afetar a saúde mental de pessoas que são discriminadas
pela idade que têm.
Devemos entender que envelhecer é um efeito natural do tempo, que acontece com
pessoas, objetos e animais. E, sim, você vai envelhecer, se o tempo permitir.
Mas enquanto isso não acontece, cuidado com o preconceito.
Você sabe o que é etarismo, idadismo e ageísmo?
Esses termos se referem a estereótipos, preconceitos e discriminações
direcionados às pessoas apenas com base na idade delas, desconsiderando que em
todas as fases da vida há uma mescla de dores e prazeres.
Discriminação etária e geracional é qualquer tipo de preconceito baseado na
idade cronológica e pode ser manifestada de diversas formas em situações do
cotidiano, como na desvalorização da experiência dos mais velhos e na falta de
oportunidades para os mais jovens. O etarismo e o idadismo englobam atitudes
discriminatórias contra pessoas ou grupos de qualquer idade, enquanto o ageísmo
afeta especialmente indivíduos de idade mais avançada.
No mercado de trabalho, por exemplo, o ageísmo pode levar à dificuldade de
encontrar emprego ou de conseguir promoções e mudanças de carreira, o que afeta
a qualidade de vida das pessoas.
A American Psychological Association afirma que o
preconceito de idade é uma questão séria, que deve ser tratada da mesma forma
que a discriminação baseada em gênero, etnia ou orientação sexual, por exemplo,
visto que pode acarretar sentimentos de exclusão, baixa autoestima e
isolamento, afetando diretamente a saúde mental.
Para ajudar a combater esse preconceito, devemos aumentar a consciência pública
sobre os problemas que a discriminação de idade cria, sensibilizando a todos de
que o envelhecimento é um processo natural que não impede necessariamente o
indivíduo de realizar atividades físicas ou cognitivas de maneira satisfatória.
Precisamos rever conceitos desatualizados que colocam pessoas mais velhas na
posição de fardos sociais e pessoas novas como inexperientes, e disponibilizar
à sociedade um debate mais assertivo sobre o assunto.
Algumas ações que podem ajudar a combater o preconceito etário são:
- •
realizar campanhas de comunicação para aumentar o conhecimento e a
compreensão do processo natural da vida na mídia, entre o público em
geral, os legisladores, os empregadores e os prestadores de serviços;
- •
legislar para não haver discriminação contra pessoas mais velhas (ou
muito jovens);
- •
garantir que uma visão equilibrada do envelhecimento seja
apresentada na mídia;
- •
conscientizar e dialogar sobre o etarismo e suas consequências nas
escolas e na sociedade em geral; e
- •
valorizar a experiência e os conhecimentos dos mais velhos,
aceitando a contribuição com a sua sabedoria e vivências.
Fonte: https://www.tjsc.jus.br/web/servidor/dicas-de-saude/-/asset_publisher/0rjJEBzj2Oes/content/etarismo-idadismo-e-ageismo-novos-nomes-para-um-antigo-preconceito
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